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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Das coisas menos boas que ultrapassamos, mas que deixam marca...

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No outro dia, dizia-me o meu marido, que ainda lhe custava aceitar a morte da minha mãe, e perguntava-me se eu também me sentia assim.

Penso que, a partir de uma determinada idade, comecei a ultrapassar melhor as coisas menos boas.

A passar à frente.

A não andar a remoer as feridas.

A perdoar.

A aceitar o que não pode ser mudado, e para o qual não há volta a dar.

 

Por isso, sim, aceitei a morte da minha mãe. 

Não penso nos "se's". 

Não há culpas para apontar.

Era inevitável, dada a doença dela e, se assim se pode dizer, "ainda bem que não esteve cá muito tempo a sofrer".

 

Agora, o que é, igualmente, inevitável, é a marca que a perda dela deixou em mim.

Segui em frente.

Não ando por aí a chorar pelos cantos.

Não entrei em depressão, em negação, em luto permanente.

Não me tornei uma pessoa revoltada, amarga ou inconformada.

 

Continuo a viver a minha vida.

Brinco. Rio.

Superficialmente, sou a mesma pessoa de antes.

Mas, quando se vai mais fundo, nota-se que, algures, uma pequenina parte de mim se desligou. Escureceu. Morreu, também...

 

É apenas um pequeno pedacinho.

Como uma peça que não afecta, em nada, o funcionamento geral do equipamento, porque não depende apenas dela. 

Mas nota-se que esse pedacinho de mim que, felizmente, é apenas isso porque ainda não tive grandes perdas que, em alguns momentos, fica mais visível.

Como uma nuvem que anda por aí a passear pelo céu e, só quando passa pelo sol, e o tapa, se dá por ela. 

 

Desde que a minha mãe morreu, em determinadas ocasiões, não sempre, e nem sempre por algum motivo específico, dou por mim mais cabisbaixa. 

Noto que tenho mais dificuldade em sorrir. Em sentir ânimo. Noto que, algumas vezes, estou em esforço. 

Não que esteja propriamente triste. 

Mas estou ali como que num plano intermédio, de onde saio, e volto a entrar, quase sem me aperceber.

 

Não é por se apagar uma luz, entre tantas que permanecem acesas, que se fica na escuridão.

Mas, de vez em quando, há ali uma sombra que paira...

 

 

 

A dúvida corrói mais que uma verdade dolorosa

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A dúvida, a incerteza e o desconhecimento, corroem mais que uma verdade dolorosa.

Com a verdade, é como se levássemos com uma onda que nos atira ao chão e nos encharca mas, depois, volta ao mar, e nós levantamo-nos e recuperamos.

Com a dúvida e a incerteza, a nossa mente perde o rumo, ficamos sem reacção, e deixamo-nos enrolar pela onda, que tanto nos pode trazer de volta, como levar-nos de vez mar dentro.

Com a verdade, sabemos com o que contamos, e quando chega a altura de seguir o caminho apoiados somente nos nossos pés.  

Com o desconhecimento, não recebemos aviso prévio, e foge-nos o chão por debaixo dos pés, sem perceber muito bem como nos erguer de novo, e onde nos apoiar.

Com a verdade, sabemos que nos podemos atirar, que vão lá estar para nos segurar, ou que não o podemos fazer, porque nos vamos, com toda a certeza, magoar.

Com uma crescente confiança, acreditamos que aqueles braços irão segurar-nos para sempre, tal como os nossos o fazem.

De repente, quando pensamos que estamos seguros, e que o perigo já passou eis que, simplesmente, nos atiram ao chão, como se atira para o lixo algo que se usou quando era mais conveniente, mas já não faz falta, ou já não serve mais. Só não sabemos o porquê...

 

E a dúvida, a incerteza e o desconhecimento, perseguir-nos-ão sempre, não deixando a ferida cicatrizar como gostaríamos, achando que haverá, quem sabe, alguma explicação lógica que não estamos a conseguir ver no momento.

A dúvida, coloca a nossa vida em "banho-maria", enquanto que a verdade, por mais dolorosa que seja, nos leva a seguir com a nossa vida...Ainda que o golpe seja mais fundo, e continue a deixar a sua marca... 

 

Professores que marcam e deixam saudades

 

Ao longo destes últimos dois anos lectivos, a minha filha teve os mesmos professores, embora tenha havido, em algum período de cada ano, algumas substituições temporárias.

A única excepção foi o professor de educação física e ética e cidadania, e director de turma, que se reformou no final do 5º ano e deu lugar a outro professor.

As disciplinas foram 10, mas havia professores que leccionavam mais que uma disciplina.

Foram dois anos que deram para os professores conhecerem bem os alunos, e vice-versa. E, deu também para eleger aqueles que deixarão mais saudades e que, de alguma forma, marcaram os alunos.

No outro dia perguntei à minha filha quem, de entre todos os professores, tinha gostado mais de ter.

 

A resposta recaiu no professor de português e história! Sim, o professor exigente que descontava cada erro e cada falta de um ponto ou uma vírgula, que fazia testes muito complicados que, de vez em quando, os tramavam. Mas o professor Jorge Martins era muito mais que isso. Era um professor divertido também, que sabia chegar aos alunos e impôr respeito, sem com isso deixar de brincar com eles quando a ocasião assim o proporcionava. Por vários episódios que a minha filha me ia contando, e pelo que pude ver numa das reuniões de turma, faz sentido que ele tenha sido elegido como um dos melhores professores que ela teve!

 

Outro professor que a marcou, e a nós como pais, foi o director de turma do 5º ano - o professor Leonel Martins!

Todos tiveram pena que ele não estivesse lá este ano como professor. É uma pessoa muito humana, que tenta sempre incentivar os alunos, e extrair deles o melhor que têm para dar. Como já aqui contei, na noite de final de ano, a minha filha vi-o e foi a correr cumprimentá-lo. E o professor Leonel, sempre que nos vê, pergunta pela Inês. Sim, apesar de só ter estado com eles um ano, conhece bem cada um dos seus antigos alunos e pais!

 

Não poderia também deixar de destacar a professora de educação tecnológica - Alice Roma - que só este ano viemos a descobrir, é a fundadora do grupo Mafra a Correr, do qual o meu marido faz parte! Aliás, foi ela que disse ao meu marido que era professora da Inês. Há cada coincidência :)

 

Por último, a professora de inglês - Isabel Lula - de quem ela sempre me disse que gostava muito.

 

A todos eles, agradeço por terem feito parte deste percurso na vida da minha filha!

 

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Do lado oposto, uma professora que não deixa saudades é, sem dúvida, a professora deles de matemática e ciências naturais que, felizmente para os alunos, foi substituída no terceiro período deste ano.

Medicamentos genéricos versus medicamentos de marca

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Estamos a optar cada vez mais pela compra de medicamentos genéricos que, como afirmam, fazem o mesmo efeito que os de marca e custam muito menos.

Esta tem sido, de facto, a regra, e eu confirmo. Mas, como em tudo na vida, também há a excepção à regra. 

E a prova é que, ao tomar um medicamento genérico (porque na farmácia onde fui não tinham, naquele dia, o da marca que sempre utilizei), sofri efeitos secundários, efeitos que nunca tinha sentido com o medicamento de marca.

Por isso, podem até ser mais baratos, e actuarem da mesma forma mas, neste caso, alguma diferença deve existir para isto ter acontecido.

Pelo sim, pelo não, da próxima vez que precisar, ou compro os que já estou habituada, ou prefiro não tomar e aguentar as dores! 

 

O nosso recorde de 2015

 

Este ano tínhamos como meta ultrapassar o recorde do ano passado de toques de raquetes de praia. E foi alcançada! O problema é que agora, duvido que mais alguma vez consigamos ultrapassar a nova marca, ou sequer repeti-la: depois dos 535 toques de 3ª feira, chegámos aos 653 toques ontem à tarde.

E, da minha parte, uma valente dor no braço!