Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada...
Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!
Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada...
Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!
... se tivesse que eleger apenas um, penso que seria este:
"Conseguir um equilíbrio entre os nossos receios (alguns, infundados) enquanto mães protectoras, e a liberdade que os nossos filhos precisam para voar por si próprios."
Também conhecida como "Laços Maternos", esta é uma série sobre maternidade.
Em todos os seus sentidos, mostrando o que de melhor, e de pior, há, quando falamos de mães (e pais) e filhos, ou de avós e netos, sejam eles de sangue, ou de criação.
É uma história de amor, em todas as suas vertentes. Amor de amigos, amor de família, amor de irmãos.
E de perdão. Porque todos cometemos erros. Mas, de igual forma, todos podemos tentar corrigi-los. Tornarmo-nos pessoas melhores. Aprender com eles.
Quando percebi que a série tinha 24 episódios pensei: "Não dá, é muito!"
Gosto de séries pequenas.
Ainda assim, estava com muita curiosidade, e após ver o primeiro episódio, soube que a iria ver até ao fim.
Yeni é uma mulher indígena que, juntamente com o seu pai, deixaram a sua terra natal à procura de uma vida melhor.
Têm, como amigos, Cuca e a neta, Sónia, que são como família.
Carlos e Júlia são um casal que desespera por ter filhos, sendo que Júlia não consegue engravidar. Então, apostam todas as fichas no último embrião, contratando uma barriga de aluguer.
Só que Júlia não a escolheu da forma que seria de esperar.
Aproveitando-se da pobreza e dificuldades de Yeni, e ainda piorando a situação, simulando um rapto no qual o pai de Yeni acaba por tirar a arma ao raptor e disparar contra ele, Júlia força Yeni a ser mãe de aluguer, em troca de tirar o seu pai da prisão.
O que Júlia não contava, era que o seu marido se apaixonasse por Yeni.
No dia do parto, Yeni dá à luz gémeos.
A menina, saudável, é entregue aos pais - Júlia e Carlos. Já o menino, é rejeitado por Nora, mãe de Carlos, por ter nascido com pé torto congénito, sendo abandonado, junto com Yeni, num banco de jardim.
A partir daí, começa tudo.
Dois irmãos separados.
Quem é a verdadeira mãe.
Quais as consequências de serem criados em ambientes familiares e condições diferentes.
E sem saberem da existência um do outro.
Após a rejeição, Yeni decide criar o menino, e será "obrigada" a esconder-se para impedir que o pior aconteça a ambos, constantemente em perigo e ameaçados.
Mas há muitos esquemas, muitas armadilhas, muita corrupção, e muitos interesses em jogo, engendrados por Elena e a sua família, que provocam danos irreparáveis não só a Yeni, como a um grupo de mulheres que se sujeitou ao tratamento da sua farmacêutica.
Muito sofrimento, muita chantagem, e muitas mortes.
Passada no México, "Mãe de Aluguer" aborda temas como a discriminação racial, em que as mulheres indígenas (e todo o povo indígena em geral), nomeadamente, as totonacas, como é o caso da personagem principal, são vistas como inferiores, meras empregadas, sem quaisquer direitos, nem mesmo a nível de saúde.
E de quem, gente poderosa, é capaz de se aproveitar, dadas as dificuldades que enfrentam nas suas vidas, para conseguir os seus intentos, sem olhar a meios, para atingir os fins.
Mas também nos dá a conhecer as tradições e culturado povo Totonaca, como a dança dos "Voladores", as cerimónias fúnebres, ou os rituais para apresentação de um bebé, uma espécie de batizado.
"Mãe de Aluguer" acompanha Yeni, e todas as restantes personagens, desde o nascimento dos gémeos, até à sua adolescência, momento em que toda a verdade vem à tona, e muda o rumo daquelas vidas.
É uma história sobre justiça, ainda que não da forma, e no tempo, em que gostaríamos.
Mas mais vale tarde que nunca.
Fala de solidão, da falta de amor, de atenção, de presença.
De prioridades, muitas vezes, invertidas, distorcidas.
De querer agradar, ser aceite, numa constante competição sem sentido.
E mostra-nos que os laços que criamos, e a família que escolhemos ter, são o mais importante.
Não querer ter filhos, implica uma escolha. Uma escolha feita livremente, que naquele momento é válida mas que, a qualquer momento, pode ser revertida.
Quantas mulheres não dizem, durante anos, que não querem ter filhos. Que ser mãe não faz parte dos planos. Que não estão reunidas condições para tal. Ou não sentem esse apelo da maternidade. Ou acham que não serão boas mães.
Ainda assim, de um momento para o outro, tudo pode mudar, e dar lugar ao desejo de ter um filho.
Não poder ter filhos, significa que essa liberdade e poder de escolha nos foi vetado. Que algo decidiu por nós, e só nos resta aceitar uma decisão que não temos qualquer forma de reverter.
Quando era mais nova, meti na cabeça que nunca iria ter filhos. Não era nada muito pensado. Era apenas aquela ideia de que não teria paciência para aturar bebés e crianças birrentas.
Depois, tive a minha filha, e jurei que nunca mais voltaria a ter filhos.
Primeiro, porque não queria passar novamente pela experiência do parto. Depois, porque à medida que a minha filha ia crescendo, achei que não queria passar por todos os receios, angústias e preocupações outra vez. Nem mudar fraldas, nem passar noites sem dormir e todas essas coisas que um bebé implica. Sobretudo agora, que a minha filha já vai para os 16 anos.
E, porque até hoje, não têm existido condições para voltar a ser mãe, tanto a nível financeiro, como psicológico.
Um filho implica disponibilidade, tempo, atenção, que estejamos lá para eles, e isso é, cada vez mais, algo difícil hoje em dia.
Por isso, não ter mais filhos tem sido, até à data, uma decisão minha.
Mas a idade vai avançando, os anos vão passando e sinto que, a qualquer momento, essa deixará de ser uma decisão minha, que posso mudar, se assim o desejar, e passará a ser uma realidade irreversível, de quem está a entrar na menopausa e, como tal, não poderá mais ter filhos, nem opção de escolha quanto a esse assunto.
Por muito que queiramos, ou não, ter filhos, é sempre difícil aceitar que estamos condenadas a um prazo de validade, que nunca sabemos quando chegará - para umas chega mais cedo que para outras - e que nos vai limitar em algo que deveria sempre ser uma hipótese a não descartar, até assim o entendermos.
E se, de repente, nos deixassem um bebé à porta, com uma carta a expressar o desejo de que assumamos essa criança, e com toda a documentação legal tratada para que assim seja?
E se, de repente, essa mãe que abandonou o seu filho à nossa porta, nos conhecesse e soubesse segredos nossos, dos quais não deveria ter conhecimento?
E se essa mesma mãe, dali a uns tempos, se arrepender, e vier reivindicar o bebé de volta?
Quando alguém deixa um bebé à porta de uma mulher, que viu a sua vida destruída pelo facto de nunca poder ter filhos, para que ela possa ser mãe, o que deve essa mulher fazer?
Ficar com a criança, ou entregá-la às entidades competentes?
Tentar descobrir a mãe? E os motivos que a levaram a abandonar a criança e a escolher quem deveria ficar com ela? Ou ignorar?
E o pai da criança? Não terá uma palavra a dizer sobre tudo isto?
Katie está no hotel com a irmã da cunhada, quando batem à porta do quarto. Ao abrir, depara-se com um ovo, e um bebé lá dentro, junto com uma carta.
Nela, a mãe revela que não está preparada para ser mãe, e que sabe que Katie será a melhor mãe que a filha poderia desejar. Dá também a entender que o pai da criança não sabe da sua existência mas que esperava, um dia, vê-los aos dois, juntos, a cuidar da filha.
Katie não é uma mulher qualquer. É filha de um rico empresário. Está num dos hotéis do seu pai, com segurança apertada, que não deixaria qualquer um subir até à suite onde se encontrava.
E é, também, uma mulher que abdicou do único homem que amou, porque nunca lhe poderia dar os filhos que tanto desejava, tendo-o sabido após o aborto que sofreu, do filho de ambos.
Agora, numa fase de mudança, é-lhe dada a oportunidade de ser mãe. Mas a que preço?
Será uma brincadeira de mau gosto? Uma partida? Uma decisão tomada a quente, que a qualquer momento pode ser mudada?
Deve Katie apegar-se a Savannah, para depois sofrer ainda mais?
Enquanto tenta resolver a questão e fazer o que acha melhor, Katie terá que levar uma vida dupla, e esconder de todos o bebé, o que não será fácil, com a imprensa sempre à espera do seu próximo escândalo, o irmão prestes a regressar da lua de mel, e Dean, que não a tem debaixo de olho e não a deixará escapar com qualquer desculpa.
Até quando conseguirá ela esconder o segredo, enquanto tenta descobrir o segredo por detrás dele?
SINOPSE
"A deslumbrante Katelyn Morrison, também conhecida como «Katie», herdeira da cadeia de hotéis Morrison, parece ter tudo para ser feliz. Mas quando no casamento do irmão se confronta com Dean Prescott - o único homem que realmente amou - Katie percebe que alguma coisa falta na sua vida. Então, o destino traça o seu caminho quando alguém abandona à porta de sua casa, envolvida num cobertor, uma bebé adorável. Uma carta comovente da mãe acompanha a menina, chamada Savannah, e perturba Katie, que decide ficar com ela até descobrir a identidade dos pais. Katie está ocupada com a criança e a última coisa de que precisa é de Dean... sobretudo quando a sua presença vem acordar sentimentos ela pensava já estarem esquecidos. Dean sabe que Katie lhe está a mentir acerca da bebé e que não deve continuar a sofrer, mas não consegue ignorar a sua necessidade de proteger Katelyn, ou o seu desejo de estar perto dela. Com o mistério que envolve a criança-surpresa em vias de resolução, Katie e Dean ainda terão uma segunda oportunidade para serem felizes?"
Parecia-nos que seria um daqueles filmes habituais de adolescentes desaparecidas, em que estamos sempre à espera do pior: sequestro, violações, mortes...
Mas é muito mais do que isso.
Desaparecida apresenta-nos duas mães, com atitudes totalmente opostas: a permissiva demais, e a repressiva de mais.
Cada uma tens as suas razões para agir dessa forma, sem que isso signifique que uma pouco se importa com o que a filha faz, e que a outra se preocupa sem necessidade.
A primeira dá total liberdade, sem qualquer limite ou travão. A segunda quer manter, o quanto puder, a filha numa bolha, livre de qualquer perigo.
De que forma é que o comportamento destas duas mães, em relação às respectivas filhas, as faz tomar as decisões que resultaram no seu desaparecimento?
Por outro lado, temos duas amigas.
Uma que está habituada a fazer tudo o que lhe apetece, sem regras ou imposições, sem castigos, sem stress.
Que aparenta gostar da forma como a mãe lida com ela mas, no fundo, talvez a incomode tanta indiferença.
E outra que é responsável e tenta fazer as coisas certas, mas gostava que a mãe confiasse mais nela, e não a "sufocasse" tanto, como se ela fosse ainda uma criança.
Ambas têm 18 anos.
Outra questão que o filme aborda é a amizade na adolescência, e a forma como essa amizade pode ajudar ou colocar em perigo. Até que ponto, em nome da amizade, devemos abrir excepções, quebrar as regras? Até que ponto devemos ficar junto aos nossos amigos, ou abandoná-los à sua sorte, quando não veem o perigo em que se estão a colocar?
Até que ponto os amigos nos podem influenciar negativamente?
E, no meio de tudo isto, onde andam os pais?
Ao que parecem, seja pelo trabalho que exercem, ou por mero descomprometimento, deixaram a educação e criação das filhas (e filhos) a cargo das mães, recaindo assim, sobre elas, a responsabilidade sobre o que lhes venha a acontecer.
Durante todo o filme, nunca apareceram.
Mas, afinal, como é que tudo começa?
Kaitlin e Matty vão passar as férias da Páscoa num resort, juntamente com as respectivas mães e o irmão de Kaitlin.
Enquanto Lisa tenta que Rene descontraia e deixa a filha aproveitar as férias, Rene tenta controlar ao máximo a filha, com quem conversa, o que bebe, o que veste. As férias começam assim, com uma discussão entre rene e Kaitlin, que fica de castigo no quarto, sem permissão para sair.
No dia seguinte, tanto Kaitlin como Matty são dadas como desaparecidas, sem que ninguém saiba o que lhes aconteceu,ou para onde terão ido.
Depois de algumas buscas, as mães são informadas de que apenas uma adolescente foi encontrada. Qual delas terá sido? E o que aconteceu com a outra?
Terá sofrido às mãos daquele homem que tem aspecto de pervertido? Ou terá sido atacada pelo namorado, que entretanto tenta fugir do hotel?
A determinado momento, no filme, as mães trocam acusações entre si. Terá sido culpa de Lisa, por dar demasiada liberdade à filha que, por sua vez, leva a amiga para maus caminhos? Terá sido culpa de Rene, que por querer proteger tanto a filha, acabou por a empurrar para o perigo? Será culpa de Matty, que acha que está sempre tudo bem e nada lhes pode acontecer? Ou de Kaitlin, que sabia bem no que se estava a meter, e que a sua mãe não iria gostar e, ainda assim, não disse que não?
A haver alguma culpa, penso que terá que ser dividida por todos.
Mas haverá mesmo culpados? A verdade é que, como vimos, independentemente da liberdade e responsabilidade, ou falta dela, o que aconteceu poderia ter acontecido a qualquer um.
E no fundo, só se espera que todos saiam desta terrível experiência sãos e salvos, e unidos, como quando ali chegaram, seja nos momentos de dor e aflição, ou nos mais felizes.
Sinopse:
"Durante as férias, as amigas Kaitlin e Matty desaparecem num resort em San Diego. Determinada a descobrir o que aconteceu com a filha, a mãe de Kaitlin inicia sua própria investigação, ultrapassando todas as barreiras."