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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Um mural diferente no México

Nancy Iveth Navarro é filha de Lucy Munoz e também está desaparecida. Muitas vezes, estas jovens não voltam a ser vistas, ou são encontradas mortas, com marcas de extrema violência, segundo o blogue Nuestras Hijas de Regreso a Casa.

Imagens Cofina Media/ Revista Sábadohttp://www.sabado.pt/

 

Em Ciudad Juárez, no México, foi criado um mural onde estão pintadas as caras de mulheres desaparecidas, um fenómeno que atinge proporções cada vez maiores, sendo usualmente raptadas, sem nunca mais serem vistas, ou então encontradas mortas, com marcas de grande violência. São, normalmente, mulheres jovens e pobres, as vítimas deste flagelo que se tem agravado desde 1993 nesta cidade fronteiriça.
As famílias das mulheres desaparecidas formaram um grupo para chamar a atenção para o governo e os media e, no âmbito da iniciativa intitulada, em português, "a lutar até as encontrar", foi criado o mural onde posam, nestas fotos, familiares dessas mulheres, neste caso, mães.
"Foram-nos tiradas vivas, queremo-las de volta vivas. Procurem-nas!", pode ler-se no mural.

A Ditadura da Beleza

 

 

Esta é uma história sobre a luta das mulheres (e de alguns homens) contra aquilo a que apelidaram de "ditadura da beleza". 

Uma ditadura que impõe padrões inatingíveis de beleza, que escraviza psicologicamente quem por ela é dominado, que destrói e mata a um ritmo alucinante.

Distúrbios alimentares como a anorexia e bulimia, baixa auto-estima, insatisfação, discriminação e até suicídio, fazem parte deste livro de Augusto Cury.

Não será uma luta fácil porque, como é dito no livro, aqueles que se propõem a fazê-lo são como peixes a nadar no meio dos tubarões. Há muitos interesses e, principalmente, muito dinheiro envolvido. E os poderosos, que fazem mover esta máquina, que gera insatisfação constante, consumismo e lucro, não vão querer perder nem um centavo, recorrendo aos meios necessários (até os mais baixos), para que a máquina não pare.

Aqui ficam algumas das frases mais interessantes do livro: 

 

 

"Como não ficar perplexo ao descobrir que há dezenas de milhões de pessoas nas sociedades abastadas que, apesar de terem uma mesa farta, estão a morrer de fome, pois bloquearam o apetite devido à intensa rejeição pela sua auto-imagem?"

 

"A cada segundo se destrói a infância de uma criança no mundo e se assassinam os sonhos de um adolescente."

 

"O culto ao corpo super magro difundido pela mídia está a gerar uma psicose social coletiva que assassina a auto-estima e a auto-imagem de crianças e adultos, inclusive os homens."

 

 "Os meus sonhos? Queria ter tido infância, brincado mais, corrido atrás das borboletas, me preocupado menos com o meu corpo, com roupas, com a moda."

 

"Numa sociedade que desenvolve uma necessidade psicótica pela magreza, a obesidade tornou-se o símbolo dos defeitos."

 

"A pior ditadura é aquela que nos controla por dentro, que distorce a nossa crítica e a percepção da realidade."

 

"O objetivo da ditadura da beleza é promover inconscientemente a insatisfação."

 

A influência dos media na violência infantil

Será possível apontar os meios de comunicação social como um agente que incentiva ou constrange os comportamentos de violência infantil?

 

Tudo o que nos rodeia pode, de alguma forma, influenciar o nosso comportamento, quer de forma positiva, quer de forma negativa.

Da mesma forma, também as informações e imagens divulgadas pelos meios de comunicação social, tal como a imensa variedade de programas que nos são oferecidos, podem influenciar e, em alguns casos, originar comportamentos de violência infantil.

Enquanto pais, podemos e devemos sempre estar atentos e controlar aquilo a que os nossos filhos poderão visualizar ou ter acesso. Como adultos, e possíveis agressores, podemos de facto "aprender" muito com o que nos chega através dos media.

Mas se não tivermos "predisposição" para esse tipo de comportamentos, e se a nossa conduta for correcta, se aceitarmos e agirmos de acordo com as normas da sociedade, é pouco provável que soframos qualquer tipo de influência, seja ela dos media ou outra qualquer.

Por outro lado, os meios de comunicação social são também a melhor forma de  sensibilizar crianças e adultos para os vários tipos de violência, como a violência infantil, através de campanhas em que sejam mostrados os efeitos e as consequências, tanto para agressores como para vítimas, em que sejam mostradas estratégias de prevenção e/ ou intervenção, e em que sejam indicadas (e, principalmente, postas em prática) as sanções que podem ser aplicadas, constrangendo assim esse tipo de comportamento.