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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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"Team Strada" - quantas mais haverá por aí?

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Algo alheia a estas modernices da actualidade, foi com total surpresa que ouvi falar, no sábado, na "Team Strada" e de Hugo Strada.

Não fazia a mínima ideia de quem eram, ou do que faziam, até a minha filha me explicar, e falar da polémica em que estavam envolvidos.

Fiquei curiosa, e estivemos as duas a ver as notícias sobre o caso, e as acusações contra este senhor, que já colocaram em acção a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens.

 

 

Ao que parece, Hugo Strada, um Youtuber português, de 36 anos, que se diz gestor de artistas e influencers, e mentor do grupo de Youtubers "Team Strada",  recrutou/ contratou jovens, menores de idade, para formarem a "Team Strada", e participarem no canal do Youtube, agora encerrado por violação das regras da comunidade e também pelo facto do caso estar já a ser investigado pelo Ministério Público (embora se pense que, entretanto, criaram um novo), bem como torná-los famosos youtubers.

 

O projeto destacou-se, no YouTube, através de vídeos publicados quase diariamente no canal “Team Strada”, no qual eram mostradas partidas, desafios e atividades radicais realizadas pelo grupo.

 

A "Team Strada", desde o seu lançamento, tem sido presença em diversos programas de televisão, festas e eventos públicos, incluindo colaborações com algumas marcas, como a JD Sports e McDonald's, e artistas, como Mastiksoul, David Carreira e outros. Estas participações constituíam a grande fonte de receita da "Team Strada".

Prometendo oferecer-lhes 80% dos lucros que obtivessem, segundo afirmam os jovens que, agora, denunciam o seu mentor, nunca lhes foi pago um único cêntimo, acusando-o também de prometer coisas que nunca se chegaram a concretizar.

 

 

 

(Minuto 4.21)

 

Mas a grande polémica começou no passado dia 19 de julho, quando o grupo foi ao programa Curto Circuito, da SIC Radical.  Com o objetivo de promover uma escola para influenciadores digitais, durante a emissão, Douglas Dias jovem de 17 anos mais conhecido por "Dumbástico", aluno da "Team Strada", apareceu no programa e beijou na boca o seu mentor.

Num outro vídeo, surgem imagens de Hugo Strada, em interação com os jovens que fazem parte do projeto, alguns deles menores de idade, incluindo um momento em que o mentor entra numa casa de banho onde se encontra uma jovem do grupo.

Em algumas imagens, divulgadas pela comunicação social, é possível ver-se Hugo Strada com comportamentos impróprios para com estes jovens.

 

 

Após a polémica, vários youtuberes, que já tinham saído do projecto, como João Sousa, Luana Santos e Melanie Vicente, utilizaram também as redes sociais para denunciar o ex-agente e partilhar a sua história.

Ao que parece, há, inclusive, ameaças aos jovens caso denunciassem o seu mentor ou o acusassem de alguma coisa. É o que se ouve num audio, gravado por um dos jovens, em que ele diz que pega no carro, e passa por cima da pessoa/ pessoas que mancharem o seu nome.

Terão sido estas ameaças que levaram os jovens a recear o que Hugo lhes pudesse fazer, a optar por permanecerem calados, e a ocultar o que se passava.

 

 

 

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De acordo com as noticias, Hugo Strada está, assim, a ser acusado pelos menores de burla, ameaças e assédio sexual. 

Hugo afirma que as imagens dos vídeos foram manipuladas. Até poderia ser... Mas não acredito!

Mas o beijo dado em pleno programa não terá, por certo, sido manipulado e, por mais que o jovem em questão e Hugo tentem desvalorizar, afirmando que é uma espécie de relação de pai/ filho, não há como negar que algo está mal, e que poderá, eventualmente, haver muito mais por detrás.

 

 

No meio de toda esta polémica, à qual eu estava totalmente alheia, até este fim de semana, houve algo que me chocou.

Num relato de um dos jovens, quando a jornalista lhe pergunta se os pais deles sabiam o que se estava a passar, e como reagiram ou estavam a encarar esta situação, foi esta a resposta: "Alguns sabiam, outros não, e outros provavelmente sabiam, mas não se importavam, porque queriam que os filhos fossem bem sucedidos!".

 

 

Bem sucedidos?

O que é ter um filho "bem sucedido"?

Um filho que ganhe dinheiro à custa de abusos físicos e psicológicos?

Um filho que se submeta a tudo isso, ainda que não receba nada, mas que tem muitas visualizações, seguidores e aparece ao lado de artistas conhecidos?

Um filho a quem lhes seja incutido que vale tudo em nome de 5 minutos de fama?

Isso não é um filho bem sucedido! Isso será um filho, mais cedo ou mais tarde, fracassado e destruído. E que, um dia, se revoltarão contra os pais que não só não os souberam defender, como ainda os encorajaram a ser vítimas de um abusador.

Mais preocupante do que quantas mais "Team Strada" haverá por aí, é quantos pais como estes, haverá a serem coniventes com os abusos. 

 

 

Por isso, pais, não "vendam" os vossos filhos. Não "prostituam" os vossos filhos. 

Nada vale mais do que a sua integridade.

E para aqueles que até não sabem, acham que é tudo muito inocente e profissional, dêem abertura aos vossos filhos para que confiem e possam contar o que se passa, desconfiem, sejam cautelosos, meçam os riscos e perigos e, acima de tudo, expliquem e passem aos vossos filhos que eles não precisam de ser famosos youtuberes ou influencers, de fazer cenas maradas e radicais, e ser conhecido, para fazer deles jovens e futuros adultos bem sucedidos, e melhores pessoas do que aqueles que vivem longe da ribalta e das redes sociais.

 

Regras estranhas do facebook

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No passado domingo, a minha filha teve uma apresentação de dança na Casa do Povo de Mafra, no âmbito da celebração do aniversário desta.

O meu marido gravou o vídeo da apresentação, claro!

A turma é composta por várias crianças, entre os 6 e os 12 anos, que se inscreveram nas aulas do Criactiv Dance.

Na apresentação, foram utilizadas diversas músicas, de artistas como Diogo Piçarra, Calvin Harris e Rihanna, Anselmo Ralph e Bruno Mars.

 

No momento em que vamos publicar o vídeo no facebook, recebemos uma mensagem de alerta, de que o vídeo não tinha sido publicado, porque um único e simples motivo. Conseguem adivinhar?

 

 

a) O vídeo tem menores que podem não querer ser identificados, ou não devem ser identificados sem autorização dos pais

 

b) O vídeo contém uma coreografia, propriedade de um estúdio de dança, que não deve ser reproduzida

 

c) O vídeo contém uma música "24K Magic" de Bruno Mars da qual não detém os direitos de autor

 

 

O que é que vos parece mais lógico?

 

 

Pois foi mesmo a última opção! 

Ou seja, nenhuma das outras músicas nem artistas detém, ao que parece, direitos de autor. O único entrave era a música do Bruno Mars. Logo daquele que até já foi, ele próprio, acusado de plágio.

 

Mas, mais grave que isso, é não ter sido sequer um alerta para preservação dos menores que participaram no vídeo.

Realmente, o facebook tem regras um pouco estranhas no que respeita ao que permite ou não que se publique na sua rede.

Estivessem quem de direito mais atento a tudo o que lá se publica, e todos ganharíamos mais com isso.

Proibir ou não o álcool a menores de 18 anos

 

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"Não é proibindo que se mudam hábitos, principalmente entre os adolescentes, que, já se sabe, têm ainda uma maior vontade de transgredir se o fruto for proibido", afirmou ao Expresso Luís Menezes, a propósito da proposta de revisãoda lei do álcool.

Afirmação com a qual não concordo, de todo.

Se pensássemos sempre assim, não valeria a pena fazer leis nem impôr regras, porque todos iriam ter uma maior vontade de as quebrar, de as transgredir, e seria pura perda de tempo para quem as criasse!

Agora, se todos irão seguir à risca esta proibição, é outra conversa. É óbvio que os adolescentes que se virem privados da compra ou consumo de álcool por terem menos de 18 anos, e fizerem muita questão de o fazer, vão encontrar uma forma de contornar a situação.

Mas isso, já fazem agora!

Quantos adultos não pedem álcool em determinados locais, para ser consumido por menores? Pior, quantos adultos não dão a provar a menores, muitas vezes crianças pequenas, álcool? É aquela mentalidade de que "é só um bocadinho para provar, não faz mal a ninguém". Há pais que têm atitudes do género com os próprios filhos!

E pode ser aí que tudo começa. Do uso, ao abuso. E do abuso, à dependência. Ou talvez não. Não é por um jovem de 15 ou 16 anos beber uma cerveja ou duas que tem, necessariamente, de ficar viciado. Mas também não lhe faz falta beber álcool. E quanto mais cedo começar, pior.

Aqui na zona, todos os dias estão estudantes (sejam de cá ou provenientes de excursões) nas esplanadas a comer e a beber cerveja. O mesmo acontece nas festas.

E quem diz cerveja, ou vinho, diz todas as outras bebidas que se servem nos ditos locais. Há muitos adolescentes viciados em shots, por exemplo.

Com a proibição (que deve ser para todo o tipo de bebidas alcoólicas), pode não se erradicar o problema pela raiz mas, tenho a certeza, podem-se minimizar, para muitos jovens, os malefícios de um consumo precoce! 

Senha para validar facturas dos filhos

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Actualmente, para terem direito ao benefício fiscal na declaração de IRS, todos os contribuintes necessitam de validar as facturas que pediram em seu nome, ao longo do ano anterior, com a sua senha de acesso ao Portal das Finanças.

A partir de 2015, e para confirmar e validar todas as facturas emitidas em nome dos filhos, os pais terão que requerer, também, uma senha de acesso para os mesmos, podendo fazê-lo no respectivo site do Portal das Finanças ou em qualquer repartição de finanças.

Eu vou já tratar de pedir uma para a minha filha!

 

Verdades escondidas

 

Quando se esgotam as várias respostas de intervenção às crianças em risco, surge a institucionalização.

Por norma, só se internam menores, quando não existem outras possibilidades de intervenção.

Alguns dos objectivos destas estruturas são promover cuidados essenciais ao bem-estar físico e emocional das crianças e/ou jovens, estabilidade emocional, auto-confiança e segurança.

São enviadas para estas estruturas, por acordo com os pais ou responsáveis pelos menores, ou por intervenção judicial, para que sejam retiradas da situação de risco.

E a verdade é que grande parte destas instituições desempenham um papel fundamental na intervenção com estes menores. 

No entanto, em alguns casos, como todos nós sabemos, o que acontece é que estamos a transferir uma criança/ jovem de uma situação de risco, para uma outra muito mais grave, originada dentro da própria instituição que o deveria proteger!

É algo que se tenta esconder, que se tenta manter dentro de portas, abafar mas, por vezes, chegam ao conhecimento público casos de maus tratos físicos ou abusos sexuais. São crianças/ jovens que acabam por estar permanentemente em risco.

E, nesses casos, quem as poderá socorrer?...