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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Viver pela metade...

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Porque é que as pessoas se acomodam?

Porque é que as pessoas se deixam estar com o mesmo "sapato" calçado, ainda que esse sapato já não seja bem o que o seu pé está a pedir?

Porque é que as pessoas se contentam com o "copo meio cheio", ainda que tivessem vontade de beber muito mais?

Porque é que as pessoas preferem não se sentir totalmente felizes e realizadas, a lutar por aquilo que, verdadeiramente, sonham e anseiam?

 

Por receio?

Por hábito?

Por vergonha?

Por puro comodismo ou conveniência?

Por falta de coragem?

 

O que leva tantas pessoas a viver pela metade, quando poderiam (e deveriam) viver por inteiro?

 

Talvez por preferirem saber com o que contam, em vez de se aventurarem num desconhecido incerto.

Ou por considerarem que não merecem. Que isso não é para elas. 

Ou por recearem o julgamento público.

 

O julgamento de quem se admira por algumas pessoas, mais destemidas, terem a ousadia de querer uma vida plena, como se fosse um pecado, ou um crime.

Quando, no fundo, também elas queriam ter essa audácia.

 

E, assim, se levam vidas, e anos, num mesmo marasmo. Por vezes, até à morte.

E para quê?

Se, depois, já não podemos viver mais?

No fim, terá, realmente, valido a pena?

 

 

Meias verdades

 

Diz-se que "esperto é o homem que acredita em apenas metade daquilo que lhe é dito", e "genial é aquele que sabe em qual das metades acreditar"!

E eu pergunto-me: será que todos nós falamos apenas meias verdades? Não me parece.

É verdade que, muitas vezes, como diz o ditado popular “ quem conta um conto, acrescenta um ponto”.

Uma pequena frase ou texto acabadinho de sair, na sua forma original, depressa se pode deformar, adquirir novos contornos, novas características, e chegar aos próximos ouvintes completamente diferente.

Não são raras as vezes que os intermediários da mensagem a adulteram, a modificam, inventam e acrescentam umas mentiras que a tornam mais apelativa ou interessante. Como tal, é verdade que não devemos acreditar em tudo aquilo que nos dizem.

Mas desconfiar sempre que, de tudo o que nos foi dito, apenas uma parte será verdadeira, é o mesmo que considerar que, neste mundo, não existem pessoas totalmente honestas e verdadeiras, e que todas têm a sua quota-parte de falsidade.

Estamos a julgar o todo pela parte, e não me parece uma visão muito justa.

Eu acrescentaria que “sábio é o homem que, num primeiro momento, acredita naquilo que lhe é dito, mesmo que depois a sua esperteza o faça desconfiar que apenas metade é verdade, e a sua genialidade lhe mostre qual das metades escolher para acreditar”!