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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Vivo ou Morto", de Michael Robotham

 

 

Audie sobreviveu, apesar de todas as tentativas para o eliminar, a dez anos de prisão, onde foi parar por um crime que confessou, mas que não cometeu.

Agora, cumprida a pena, está a um dia de sair. De recuperar a liberdade. Mas, na véspera da sua libertação, foge.

Porquê?

 

Poder-se-ia pensar que Audie acreditava correr perigo, mal saísse da prisão. Que seria um alvo a abater.

No entanto a sinopse sugere que ele o fez para salvar uma vida, e não é a sua.

Quem, então, estará ele a tentar salvar?

 

À medida que fui avançando na história, percebi que a sinopse é enganadora.

Não me pareceu que Audie estivesse a salvar a vida de ninguém, porque a pessoa, cuja vida ele deveria salvar, não parecia correr perigo.

Pareceu-me, sim, que ele queria que essa pessoa soubesse a verdade e, a partir desse momento, acabaria por correr perigo, por saber demasiado.

 

Audie era uma ponta solta que conseguiram atar.

Mas as acções de Audie, agora que fugiu, levantam mais pontas soltas, que terão que ser eliminadas de vez, e danos colaterais, não abonam a seu favor, e o tornam mais culpado, levando-o a questionar se o seu plano se justifica, ou se é um erro.

 

Audie foi acusado de participar num assalto, que acabou por resultar na morte de várias pessoas.

Ele mesmo foi baleado na cabeça, e quase não sobreviveu. 

O dinheiro do assalto nunca apareceu, e toda a gente acha que é ele que o tem escondido.

Também toda a gente acha que o seu irmão, Carl, era o quarto elemento do grupo, e o único a escapar sem que a polícia o tenha conseguido apanhar.

 

Mas a verdade está muito longe de ser essa.

Guardada num dossier, reunida ao longo dos anos, está toda a informação necessária para se descobrir os verdadeiros culpados, e o que aconteceu ao dinheiro roubado.

É a irmã de Audie que a possui, e deverá entregar no momento certo, a quem ele indicar.

A questão é, em quem deverão confiar essa informação, se todos parecem, de alguma forma, envolvidos e corrompidos?

 

A cada dia que passa, foragido, Audie torna-se mais procurado.

Há muita gente que o quer eliminar.

As acusações contra si vão aumentando.

Mais mortes pesam na sua consciência, ainda que nada tenha feito de mal a essas pessoas mas, antes, ajudado.

Parece ser esse o seu carma: trazer sorte e, ao mesmo tempo, má sorte aos que com ele contactam.

A verdade é que Audie acaba por colocar mais pessoas em perigo, que aquela que queria salvar.

Sendo que ele próprio consegue ser o homem mais azarado e mais sortudo.

 

Ao leitor, a história vai sendo revelada, a cada página, ficando a perceber como Audie foi parar ao local do crime, e porque o relacionaram com o mesmo, ignorando tudo o resto.

Agora, cabe a Audie, Moss e Desiree, numa corrida contra o tempo, impedir o que está prestes a acontecer, e denunciar todo o esquema, que envolve políticos, chefias e muita corrupção.

E descobrir de Audie, vivo ou morto, será bem sucedido.