A subida
"Parar é morrer", dizem.
Mas, por vezes, para não morrer, é preciso parar.
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"Parar é morrer", dizem.
Mas, por vezes, para não morrer, é preciso parar.
E como, apesar de mínimas, adquirem proporções gigantes no contexto em que foram alcançadas!
A minha filha tem um problema com a História, que é só a disciplina base do curso que escolheu, com direito a 3 anos e exame final. Um mero pormenor.
No primeiro período, teve 9,7 no primeiro teste, e 9,5 no segundo. A partir de 9,5, é considerado nota positiva mas, para mim, apesar de tudo, era uma nota negativa, e muito frágil que, a qualquer momento, poderia descambar.
E a prova disso é que a professora ainda ponderou dar-lhe um 9, em vez do 10 (o que acaba por ser contraditório). Felizmente, deu-lhe 10.
Este período já fez o primeiro teste.
A professora tinha avisado, há dias, que estes testes estavam "tristes". E que era normal os alunos descerem nesta matéria (mas ela diz isso a cada teste que faz).
Hoje, era o dia D.
Estávamos ambas à espera da negativa, ainda que com uma leve (muito leve) esperança de que se pudesse safar com uma positiva.
A nota mais alta da turma, foi um 14.
E a minha filha, teve 10!
Sim, foi apenas uma pequena diferença de 0,5 mas que, aqui, fez uma grande diferença. A diferença entre uma negativa que, puxada, dá positiva, e uma positiva certa, sem dúvidas. A diferença entre seguir a tendência e baixar a nota num teste com esta matéria, e não se limitar a manter, mas até conseguir contrariar, e subir a nota.
Claro que ainda tem um longo caminho a percorrer na história da História, até ao 12º ano, e vai ter que se esforçar ainda mais, para conseguir manter ou melhorar esta nota, até porque cada ano será mais puxado que o outro e, no fim, tem que ter média positiva, mas é bom perceber que o esforço pode compensar, porque isso, certamente, a motivará para continuar a fazer mais e melhor.
...e há pessoas que são pagas para dar aulas.
O professor de educação física da minha filha inclui-se nesta segunda categoria.
Que a minha filha não gosta de educação física já é sabido. E que para a maior parte das actividades que se fazem nas aulas não tem grande jeito, também é certo. Sai à mãe!
Ela própria já disse ao professor, quando este lhe perguntou o quanto gostava de educação física, que de o a 5, era 0.
Mas é missão do professor incentivar os alunos, motivá-los, encontrar alternativas que os façam ver a educação física com outros olhos. E encontrar formas de avaliar distintas, o que não é o caso.
Para este professor, há metas mínimas a atingir e, caso não atinjam, têm negativa. Essas metas baseiam-se unicamente em aulas práticas.
Portanto, a minha filha sabe que a negativa está sempre garantida, enquanto tiver este professor.
Todos nós sabemos que as aulas tanto podem ser feitas no interior, como no exterior. Sendo que o exterior é, por norma, usado para a parte do atletismo, e jogos que podem ser feitos ao ar livre.
O professor lembrou-se de os pôr a fazer prancha sobre uma bola de basquete, em pleno alcatrão.
Correu mal à minha filha que, quando ia a levantar-se, desequilibrou-se e bateu com o cotovelo no chão, arrancando a pele.
Tudo bem, são acidentes que acontecem, e ela não é nenhuma flor de estufa. Mas estava a sangrar, e o professor lá lhe disse para ir lavar o braço.
A auxiliar que ali estava, para além de lavar-lhe a ferida, achou por bem pôr um pouco de betadine.
Ela voltou para a aula.
E o professor? O professor reclamou por ela estar com betadine, porque só tinha mandado lavar!
A sério?!
O ideal tinha sido ir à enfermaria, limpar a ferida, pôr betadine e tapar aquela zona, pelo menos enquanto estivesse na aula, para evitar outro acidente, no mesmo sítio, protegendo assim a ferida.
E ele estava preocupado com o facto de ter betadine? Estaria com medo que manchasse o alcatrão?!
Sem comentários...
- Novos horários, com o último tempo a terminar às 18.30h quando, no ano passado, tinham conseguido evitar isso e se gabavam desse feito
- As aulas passam dos habituais 45 minutos para 50 minutos
- A turma recebeu alunos de outras turmas, e viu partir os colegas que vinham desde o 7º ano, para outras turmas, quando a directora de turma tinha antes dito que, à partida, a turma se iria manter
- Mantêm-se alguns professores que ela não se importava nada que mudassem, voltam alguns professores de quem já achava que já se tinha visto livre
- Chegam professores novos para o lugar daqueles que mais queria que ficassem
Ainda há poucos dias a minha filha me dizia: mãe, este ano estou motivada, e vou-me aplicar ainda mais.
Depois disto, bem pode munir-se de motivação extra, que bem vai precisar!
...por parte de quem está de férias!
Nos dias em que o sol não aparece:
Deixa lá, pelo menos não estás a perder grande coisa.
Nos dias de calor:
Deixa lá, com este calor, estás melhor a trabalhar, ao fresco!