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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Nas Garras do Destino, de António Gomes

 

O destino…

Esse, a quem muitos de nós atribuem a vida que nos calhou…

A quem muitos acusam dos males que nos acontecem, ou das coisas boas com que somos brindados…

Esse, a quem muitos desafiam…

Que muitos negam, rejeitam, abominam, e no qual muitos outros creem veemente…

Esse, que muitas vezes nos serve de desculpa para a nossa resignação, inação, conformismo…

O destino…

Esse, que ninguém vê, mas que muitos temem…

Que parece pairar sempre sobre nós, para o bem e para o mal…

Que, para muitos, parece estar algures, a controlar todos os nossos passos, todas as nossas decisões, como se fossemos meras marionetas…

Que, mesmo para aqueles que lutam contra ele, se parece como um boomerang – quanto mais tentamos afastar-nos dele, mais vamos de encontro a ele…

O destino…

Esse enigma que ainda ninguém conseguiu desvendar…

Terá ele a nossa vida nas suas garras, ou cabe-nos a nós a garra de traçar o nosso próprio destino?

 

 

Nas Garras do Destino acompanha a vida de uma família goesa, e de cada um dos seus membros, ao longo de vários anos.

A história começa quando Roberto, que vive em Nova Iorque, regressa a Goa, depois de ter recebido em sua casa, enviados por Carmina, os diários da mãe e da irmã, juntamente com outros documentos, cuja leitura o leva a querer saber tudo o que aconteceu, há muitos anos, e que culminou com um dia fatídico para toda a sua família.

 

Da relação entre D. Isabella e seu marido, um casamento arranjado pelas famílias de ambos, em que o amor foi substituído pelo respeito e amizade, resultaram três filhos.

 

Paulo, o preferido da mãe que, a determinado momento, foi estudar Direito para Coimbra, de onde teve que partir de forma inesperada, regressando um homem diferente daquele que outrora deixara Goa.

Paulo representa o vício, a decadência, a vergonha, a boémia, a libertinagem. Sem trabalho ou dinheiro, Paulo segue por caminhos que não devia, o que irá repercutir em todos aqueles que com ele convivem, ou com ele se cruzaram.

Haverá redenção para Paulo? Irá ele a tempo de mudar a sua história? E como irá ele lidar com a descoberta da sua verdadeira paternidade?

 

 

Amanda representa a irreverência, a modernidade.

Desde pequena que ela luta por aquilo em que acredita e que, muitas vezes, vai contra tudo o que sempre lhe ensinaram, contra as tradições e, a determinado momento, contra a própria família.

Apaixonada por alguém que a família considera de “classe inferior”, ela vai até ao último limite, para viver o seu amor, mesmo quando esse amor for ensombrado pelas mais negras nuvens.

Conseguirá Amanda voltar a ver o sol a brilhar? Voltará ela própria, a recuperar o seu próprio brilho de outrora?  

 

 

Roberto é aquele que passa despercebido aos que o rodeiam, que parece não ter nada que o destaque.

No entanto, é inteligente, apaixonado, responsável.

Acabará por ser o único filho que não contribuirá para a vergonha da família, nem lhe dará desgostos. 

Ainda assim, ele tem as suas próprias opiniões, e planos para o futuro, de que não abdicará. 

E, nesses planos, está Maria, a mulher que sempre amou, mas que nem sempre o viu como mais que um mero amigo.

Ainda assim, nem sempre o amor é suficiente para uma relação resultar, sobretudo, se for unilateral. Se não souberem como lidar com os problemas que lhes vão surgindo. Se não conseguirem dialogar, ser honestos, mostrar o que lhes vai na alma.

Conseguirão eles perceber, a tempo, o abismo para o qual o seu casamento está a caminhar, ou será tarde demais?

 

 

Numa época em que Goa, depois de séculos sob administração portuguesa, é invadida pelas forças armadas da Índia e por esta tomada, também a família Albuquerque parece estar a desmoronar-se por completo. 

Haverá força e vontade suficiente para se reerguer, perante todas as adversidades que enfrentam?

 

 

Leiam "Nas Garras do Destino", e descubram tudo todas as respostas!

 

 

Sinopse

"As inesperadas revelações no diário de sua mãe levam Roberto a deixar Nova Iorque e voltar à sua casa ancestral em Goa. Aí, com a ajuda de Ayah Carmina, ele desvenda o mistério em torno da tragédia que atingira os seus irmãos 21 anos antes, afetando-o profundamente e arruinando o seu relacionamento com Maria, sua esposa.

Corre o mês de Maio de 1961, na aldeia de Loutolim, em Goa, Índia Portuguesa. A mãe de Roberto, Dona Isabella, aguarda ansiosamente a volta de seu filho mais velho e favorito, Paulo, que estudava Direito em Coimbra, Portugal. No mesmo dia do seu regresso, ele escapa à execução por guerrilheiros mascarados que querem derrubar o regime colonial.

A tomada de Goa pelos militares indianos em Dezembro desse ano abala a fundação socioeconómica da tradicional família goesa de Roberto. Sua irmã Amanda apaixona-se por um homem de casta inferior, enquanto Dona Isabella lamenta a perda de sua cultura. Assombrado por pesadelos, Paulo começa a beber, a usar drogas e a participar em orgias sexuais com os hippies americanos na praia de Baga.

As revelações de Ayah Carmina incitam Roberto e Maria a compensar o tempo perdido.

Esta história brilhantemente trabalhada desdobra-se como uma tela carregada de uma sensibilidade profunda e uma sensação de mau presságio. Em Nas Garras do Destino, Gomes assume a história, o amor, a morte, os conflitos de assimilação e os costumes culturais do povo de sua terra natal, Goa."

 

 

Autor: António Gomes

Data de publicação: Maio de 2019

Número de páginas: 296

ISBN: 978-989-52-4473-7

Colecção: Viagens na Ficção

Género: Romance

Idioma: PT

 

 

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