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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Grandes perdas levam a grandes mudanças?

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Será?

A vida ensina-nos, ou tenta mostrar, em diversas ocasiões, que não nos devemos prender ao que quer que seja.

Porque nada é eterno. 

Nada permanece para sempre.

 

E, ao longo da vida, são várias a perdas que vamos tendo.

Umas, maiores.

Outras, mais insignificantes.

Em qualquer uma delas, a vida tenta fazer-nos ver que, até nas grandes perdas, podemos ter a oportunidade para grandes mudanças. 

 

Sim, há perdas que nunca se poderão "compensar". 

O que perdemos, nem sempre é substituível.

Por vezes, era mesmo único.

 

E sim, nem sempre dá para recuperar o que perdemos.

Mas dá para recomeçar, recriar, inovar, actualizar, seguir em frente, e ver as coisas de uma nova perspectiva.

Quem sabe aquilo que tínhamos não nos prendia e, ao perder-se, liberta-nos para algo diferente, e melhor?

Quem sabe não era, exactamente isso, o que precisávamos?

Os "clientes de última hora"!

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Há clientes, e clientes.

Entre eles, os que vão em horário normal de expediente. E os que vão em cima da hora de fechar.

Visto pelo lado do cliente sabemos que, por vezes, a pessoa precisa mesmo daquele bem/ serviço, naquele momento, pelas mais diversas razões, e fica grata quando ainda é atendida, mesmo ali no limite, sem que a mandem voltar no dia seguinte.

Depois, há os que, simplesmente, não têm noção, nem bom senso, e acham que os funcionários devem estar sempre ali disponíveis, mesmo que já esteja na hora de encerrar.

 

Do outro lado, confesso que é extremamente irritante quando os clientes o fazem porque, na sua maioria (e muitas vezes conseguimos perceber isso), são pessoas que tinham tempo para ir antes, mas deixam para aquele momento só porque sim.

 

No outro dia, vi uma pessoa sentada à mesa, no café de um hipermercado, depois da hora deste encerrar as portas.

É certo que quem já está lá dentro, tem algum tempo para sair. Mas a pessoa podia ter pegado na garrafa de sumo, e no pão, e levado para comer noutro sítio qualquer.

Noutra ocasião, um conhecido meu lembrou-se que tinha que ir ao hipermercado e entrou quando faltavam 3 minutos para fechar.

Ontem, um cliente apareceu na loja onde a minha filha trabalha, faltava 1 minuto para ela fechar a porta. Tinha ido fazer as compras primeiro, porque ela diz que o dito vinha da zona do hipermercado (a loja fica no mesmo espaço).

 

É uma falta de respeito por quem trabalha. 

Por quem também quer dar o dia por terminado.

Por quem esteve ali a cumprir o seu horário, e quer ir para casa.

Por quem também tem vida, e família, para além do trabalho.

 

Haja consciência.

Uma coisa é uma necessidade, uma situação esporádica, uma urgência.

Outra, é fazê-lo por capricho, constantemente, sem pensar em quem está do outro lado.

 

 

 

Das pessoas a quem nos juntamos...

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Nem sempre as pessoas a quem nos juntamos, são as melhores para o fazermos.

Mas são, em determinadas circunstâncias, aquelas que de precisamos.

Aquelas que, naquele momento, nos fazem sentir bem.

 

Por vezes, é difícil compreender porque é que determinada pessoa se junta, ou se dá bem com outra.

Porque é que não percebe que aqueles, de quem está próxima, não são a melhor escolha para amizade.

Que são diferentes de si, com valores que nada têm a ver com os seus. 

Que pode haver ali interesse, segundas intenções.

Que seria melhor afastar-se.

 

A verdade é que essa pessoa até pode vir, mais cedo ou mais tarde, a percebê-lo.

Mas, em determinado momento, aqueles que os outros julgam ser nocivos para si, o "grupo dos maus", são aqueles que estão lá. 

São um apoio.

Ainda que falso.

Ainda que temporário.  

Mas que mais ninguém ofereceu. 

A primeira mão que foi estendida e que a pessoa, com receio de cair, agarrou.

 

Submersa...

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Longe vão os tempos em que nadava e boiava, livremente, à superfície.

E que, livremente, mergulhava.

Quando lhe apetecia. Ou quando, por algum motivo, precisava de ir ao fundo.

Mas logo voltava à superfície. Até porque a maré nunca estava muito alta.

Lá fora, divertia-se com tudo o que via. Com todos os seres que consigo conviviam, e partilhavam o espaço.

 

Depois, um dia, começou a ter que ir mais vezes ao fundo.

Não por sua vontade, mas por necessidade. Havia responsabilidades. Obrigações, que era necessário cumprir, e que dependiam de si.

E o mar, inesperamente, encheu-se de mais água, vinda não se sabe bem de onde. 

A cada dia que passava, água e mais água.

As vindas à superfície foram diminuindo, até que deixaram de acontecer.

Agora, a vida era passada de forma submersa.

 

E, bem vistas as coisas, talvez o hábito e a resiliência sejam tão grandes que se tornou mais fácil viver assim.

Sabe-se lá como, e se, ainda conseguiria ir à superfície, e sentir-se da mesma forma que antes. Divertir-se, da mesma forma que antes.

Quando já nada é como antes.

Quando, ao fim de tanto tempo, se movimenta e orienta melhor lá em baixo.

 

Até poderia tentar.

Mas a sensação é a de que, à semelhança de quem está soterrado e tenta escavar para sair do buraco, mas só lhe cai mais e mais areia em cima, soterrando ainda mais, sempre que pensa sequer em experimentar vir à tona, mais o mar se enche, mais água lhe cai em cima, mais difícil se torna, e menos vontade tem.

 

Além disso, há amarras a prender.

Como quem vai criando raízes, por estar muito tempo no mesmo sítio.

Como quem fica enredado na teia e, mesmo quando parece que está a soltar-se, há sempre um fio que impede. Ou que só solta, se tiver outro alguém a quem possa agarrar temporariamente.

E há todo um mundo que depende de si. Há todo um peso nas suas costas que, para que possa tentar sair dali, ainda que por instantes, alguém tem que estar disposto a carregar ou, pelo menos, partilhar.

Também isso não é fácil.

Porque há sempre quem desafie, quem chame para a superfície, mas poucos são os que querem aceitar a contrapartida.

 

E é por isso que, até lá, continuará a ser uma vida submersa...

Mais de 3 horas para lavar roupa?!

Ilustração Dos Desenhos Animados De Máquina De Lavar Roupa | Máquinas de lavar  roupa, Máquina de lavar, Serviço de lavanderia

 

Em 2015 comprei uma máquina de lavar roupa.

Da marca Samsung. E foi amor à primeira vista.

Desde então, estou habituada a roupa lavada em menos de hora e meia, o que era óptimo porque, por exemplo, pondo roupa a lavar quando me levanto, poderia ainda estendê-la antes de ir trabalhar.

E ao fim de semana, sobretudo agora que os dias começam a ser mais curtos, poderia lavar 2 ou 3 máquinas de roupa, no período da manhã.

Não sei se estava mal habituada, ou se isto é coisa de outros tempos.

 

Ontem estreámos a máquina nova.

O meu marido pô-la a lavar e, quando eu cheguei a casa, ainda estava. Mais de duas horas.

Eu andei a ver os vários programas no manual. 

Tirando o programa rápido, de 30 minutos, todos os outros passam das 2 horas, sendo que, no que costumamos utilizar, aparece uma duração de mais de 3 horas e, um deles, ultrapassa as 4 horas.

Será que isto é normal?

Será que as máquinas novas são mesmo assim, mais lentas?

 

O mais engraçado é que o meu marido diz que conhecia estas máquinas, porque onde trabalhava havia umas parecidas, e que o tempo de duração do programa era 40-60 minutos.

E, quando questionei a funcionária da Worten, ela reafirmou o mesmo.

Deve perceber tanto de máquinas como eu. Ou pior. Porque a mim mais me parecia que aquele 40-60 se referia a temperatura. E assim era.

 

A necessidade leva-nos a tomar decisões imediatas e, por vezes, precipitadas. Se não precisássemos mesmo da máquina, se tivéssemos como nos desenrascar temporariamente, mais valia termos mandado arranjar a que já tínhamos.

Não gosto desta máquina. 

Minha rica Samsung, que ainda ontem se foi, e já sinto falta dela!

 

Pontanto, agora é gerir o tempo.

Do género, se quiser estender roupa às 8.30h, tenho que a pôr a lavar lá para as 5h da manhã!

E ao fim de semana só dará para um máximo de 2 máquinas diárias, se quiser estender a roupa na rua.

Vai ser bonito, vai!