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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Mas ainda há covid?!

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Pois, parece que veio para ficar.

Embora já ninguém queira saber.

Embora já quase nem se fale de covid.

Até porque, neste inverno, a Gripe A veio tirar-lhe todo o protagonismo.

E, ainda que assim não fosse, actualmente tudo é considerado, como antigamente, uma simples constipação ou gripe, e tratado como tal.

 

Mas ainda há covid.

A prova disso foi o teste positivo do meu marido, o da minha filha e, agora, o do meu pai.

E eu?

Até agora, os 3 testes que fiz deram negativo, mas acreditem que me sinto com covid psicológica: não tenho, mas de tanto ver positivos à minha volta, até parece que já estou com sintomas!

À boleia da (má) fama dos outros

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Por cada participante ou concorrente de um reality show, concurso, ou experiência social, ou até mesmo um qualquer convidado de um programa de televisão, surgem sempre aqueles "amigos", que gostam de apanhar boleia da situação.

 

Por cada pessoa que se atreve a conquistar o seu momento de fama, aparece logo quem também queira usufruir da fama dos outros, quem tenha sempre algo para dizer, quem se queira fazer notar, à custa dos outros.

 

A forma como o fazem, tanto pode ser pela positiva, como pela negativa.

Ou têm sempre algo de bom para dizer, que são melhores amigos, que conhecem melhor que ninguém. E defendem essas pessoas.

Ou, pelo contrário, falam para descredibilizar, para negar, para denegrir a imagem dos outros.

 

Enquanto andam ali no "lavar da roupa suja", no desvendar dos segredos mais secretos, ou no desfile dos maiores elogios, já a comunicação social lhes prestou a atenção que desejavam. 

Em alguns casos, acabam mesmo por conseguir mais fama, que aquela que alcançaram as pessoas de quem falam. 

 

Somos apenas um número

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Um número que dá jeito ter à mão, quando tem utilidade e serve os interesses de quem dele precisa, mas também, noutras ocasiões, um número a mais, que se pode facilmente dispensar. 

 

Um número que, num dia, faz a diferença, e contribui para um resultado extremamente positivo. Um número que faz todo o sentido manter, um número importante. E, no entanto, noutro dia, apesar de tudo, um número do qual é necessário abdicar. Porque não é indispensável à equação. Porque a conta faz-se na mesma, sem ele.

 

Por muito que, em determinados momentos, nos convençam, e nos convençamos, do nosso valor, visível quando tudo corre bem, a verdade é que seremos apenas um número, quando as situações assim o exigirem.

 

E o meu sobrinho, até aqui sempre elogiado pelo bom trabalho desempenhado, que a determinado momento esteve em vias se ser promovido, foi agora informado de que o seu contrato não irá ser renovado.

Não é que não seja bom no que faz. 

Simplesmente, revonar o contrato significaria tornar-se efectivo na empresa.

E, neste momento, com o sector parado, sem grandes perspectivas de que a receita venha a aumentar significativamente, a ordem é para trabalhar com o que é mais difícil dispensar, e dispensar todos aqueles que podem, enquanto podem.

 

É a Covid-19, a fazer a primeira "vítima" na família e a mostrar, como se nos pudessemos esquecer que, no fundo, somos apenas um número.

E, no entanto, somos tão mais que isso...

 

 

As "ervas daninhas" da nossa vida

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Há pouco tempo, andaram por ali na zona uns homens a arrancar as ervas da rua, que teimam em nascer junto aos muros, nas valetas e por entre as pedras da calçada.

Hoje, reparei que estão lá de novo, crescidas, verdes, viçosas, como se nunca tivessem sido arrancadas.

E na verdade, não o terão sido, mas apenas cortadas. E como todos os “males” que não são eliminados pela raiz, acabam por voltar, muitas vezes mais fortes e mais nocivos.

 

Mas é incrível ver como algo que nunca foi semeado, e que certamente não é tratado nem cuidado, surge sem ninguém estar à espera, e cresce e se desenvolve sem darmos conta. Assim, com a maior facilidade.

Já aquilo que semeamos por nossa autoria, que queremos que dê flor, e fruto, que cuidamos com todos os cuidados, e vigiamos constantemente, na ânsia de ver a nascer e crescer, muitas vezes demora, não vem da forma como gostaríamos que viesse ou, por vezes, nem sequer chega a nascer, morrendo e apodrecendo debaixo da terra.

Irónico, não?!

 

Também nós, ao longo da nossa vida, nos vamos deparando com algumas ervas daninhas. Como já percebemos, elas não pedem licença, nem precisam de muito para surgir. E são tão manhosas que, muitas vezes, se misturam disfarçadamente, para que ninguém se aperceba delas.

Vão convivendo connosco, camufladas, fazendo-nos mal mesmo sem darmos conta disso. Roubando-nos espaço, sugando aquilo que ambicionamos para nós, tornando a nossa vida e existência mais negativa, sem grande esforço.

As coisas já não são fáceis de conquistar por nós mesmos, sem intromissões. Se tivermos inimigos invisíveis, a dificuldade aumenta ainda mais.

 

E, tal como acima referia, não adianta, quando nos apercebemos dessas ervas daninhas, apenas cortá-las, para que consigamos temporariamente, viver em paz.

Porque, mais cedo ou mais tarde (por norma mais cedo do que imaginamos) elas voltam, mais resistentes, mais perigosas, para ficar com tudo o que é nosso, nem que para isso tenhamos que ser sacrificados.

Por isso, há que arrancá-las de vez da nossa vida, e ficar atentos, ao mínimo sinal, para que outras não surjam no seu lugar, com o mesmo objectivo ou intenção e, caso se atrevam, para combatê-las enquanto ainda não têm força suficiente para nos derrubar.

"Criminal", a série da Netflix que não resultou da melhor forma

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Uma série, quatro países, 12 suspeitos.

A premissa é a mesma: numa sala de interrogatórios, três suspeitos, de cada um dos países - Inglaterra, Espanha, França e Alemanha - serão confrontados com provas, hipóteses, suposições, factos, num jogo psicológico entre os inspectores e os interrogados, para ver quem leva a melhor.

 

 

Os inspectores:

Os inspectores, muitas vezes em guerra entre eles, numa disputa para ver quem consegue sacar a verdade mais rapidamente ou da melhor forma, e quem é mais eficiente ou não no seu trabalho, conhecem muitas das manhas dos suspeitos que lhes aparecem pela frente, sabem quando começam a ficar nervosos, quando estão a esconder alguma coisa, quando mentem, e de que forma os pôr a falar, quando se negam a fazê-lo.

Mas também é verdade que, na ânsia de conseguir um culpado, e uma condenação, por vezes só conseguem ver o lado negativo, só conseguem ver a sua versão dos factos, que nem sempre é a verdadeira.

O que é certo é que, como em tudo na vida, há aqueles que têm jeito, um dom para utilizar o tom certo, fazer as perguntas certas, e manipular de forma a obter o que quer, sem que o suspeito se dê conta, levando-o a sentir vontade de se abrir e falar, e os que entram a matar, de forma brusca, e nada conseguem.

 

 

Os suspeitos:

Também os suspeitos têm as suas técnicas, ou instruções dos respectivos advogados, para evitarem responder às questões, ou falar aquilo que não querem.

Muitas vezes, nem se estão a defender a si próprios, mas a proteger terceiros.

Muitas vezes, é difícil tirar a máscara, despir a capa protectora, e expôr aquilo que não queriam que ninguém visse, ou soubesse.

Muitas vezes, a verdade é mais cruel do que aquilo que se supunha, e nem sempre os inspectores estão preparados para lidar com ela.

 

 

Pontos negativos:

1.º Sendo toda a série passada num único ambiente alternando, esporadicamente, a sala de interrogatórios pelos corredores do edifício, e com as mesmas pessoas de sempre, à excepção do suspeito, seria preciso criar algo que cativasse o público e o prendesse durante todo o interrogatório, sem desanimar ou ter vontade de mudar de programa. E, na maioria dos episódios, isso não foi conseguido.

 

2.º Sendo a série de cada país composta por apenas 3 episódios, acabamos por não criar uma ligação com as personagens principais. Por não conhecê-las. Por não saber o que havia antes, nem o que acontecerá depois.

É como se tivessem caído ali de paraquedas, para cumprir a sua missão e, de repente, desligassem as câmaras, e não víssemos mais nada.

 

3.º Também no que se refere ao interrogatório em si, apenas nos são mostradas imagens correspondentes a factos comprovados e possíveis provas, a par com a versão dos inspectores, e a versão dos suspeitos.

Senti falta de mostrarem, em retrospectiva, as cenas do crime em si, do que o originou, e de como tudo aconteceu.

Seria meio caminho para nos entusiamar, do lado de cá, e dar alguma vida a uma série algo parada. 

 

4.º Em todas as versões colocaram mulheres a chefiar, em detrimento dos homens, e os seus métodos a serem constantemente colocados em causa, nem sempre por motivos relacionados com o trabalho em si, mas com inveja, ressentimento, e alguma dor de cotovelo.

 

 

 

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Gostei dos dois primeiros episódios, muito mais emotivos que os do Reino Unido.

No primeiro, uma mulher é suspeita de matar ou, pelo menos, ser cúmplice de homicídio, de um homem que conheceu através da internet. Com acusações de tentativas de extorsão anteriores, ela terá que explicar o que se passou, e onde está o seu irmão, principal suspeito, se quiser reaver o passaporte e viajar. O que ela mais ama, é a sua cadela Luna. Até que ponto irão os inspectores utilizá-la para apurar a verdade?

Vista por todos como uma mulher louca mas, ao mesmo tempo, manipuladora, que supresas reservará ela no final?

 

Já no segundo episódio, uma jovem é acusada de matar a sua irmã mais nova. Ela diz que não se lembra de nada.

A determinado momento, começa a falar, mas logo desmente tudo. Até que confessa o crime. Mas, terá sido mesmo ela a cometê-lo? E, se sim, que razões teria ela para matar a irmã que amava mais que tudo na vida?

 

O terceiro aborda uma espécie de vingança pessoal e a forma como, por vezes, é difícil separar o lado pessoal, do profissional.

 

 

 

 

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Depois de um primeiro episódio enfadonho e sem graça, que quase me fez parar por ali (comecei por ver esta, a achar que era a única e só depois percebi que havia outras), e de um segundo um pouco mais eficaz, o mérito vai mesmo para o último episódio, em que estará em causa o próprio investigador, os seus vícios, as suas fraquezas, e como a descoberta e admissão dessa má conduta poderá influenciar o interrogado a se rever naquela pessoa e história, e falar aquilo que todos querem saber, mas ninguém conseguiu fazê-lo falar, sendo que o tempo está a esgotar-se para salvar ou não as vidas que, dessa confissão, dependem. 

 

 

 

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Da parte da França, começamos com uma realidade não muito longínqua: o atentado ao Bataclan, em Paris.

O interrogatório é feito a uma suposta vítima/ sobrevivente, que é acusada de ter mentido sobre a sua presença no local, com o objectivo de ganhar a indemnização dada a cada uma das vítimas.

Mas conseguirá ela fingir assim tão bem todos os sentimentos que ela demonstra?

 

Do atentado, passamos para um suposto acidente de trabalho, ou possível homicídio, tendo por base alguns conflitos entre o empregado e a patroa, que é acusada de o ter assassinado.

 

E terminamos com um ataque homofóbico, e um suspeito que pode ter muito a perder com a revelação da verdade.

 

 

 

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Um homem é suspeito de um homicídio ocorrido há cerca de 30 anos, mas esta irá verificar-se uma suspeita totalmente impossível de ser verídica, porque o homem que têm à sua frente nem é quem eles pensam ser.

 

De um episódio que só se mostra mais cativante no final, passamos para outro que aborda uma realidade ainda pouco divulgada, pela vergonha que tal situação representa. Mas, mais do que determinar inocentes e culpados, outros valores falarão mais alto, e os fins justificarão os meios, para quem está na linha de fogo. 

 

O terceiro episódio é o mais forte dos três. Uma mãe à beira da morte, tem como único desejo saber onde o assassino da filha a enterrou. A única pessoa que o pode dizer, é uma mãe a quem lhe foi tirada a filha, mal esta nasceu. E a única pessoa que talvez lhe consiga sacar a informação, é uma mulher grávida, que se está a colocar, e ao seu bebé, em risco, num interrogatório ilegal, que não deveria estar a acontecer.