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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Como ficar com a boca destruída em pouco tempo

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Sobre os advogados que são atribuídos às pessoas que pedem apoio judiciário à Segurança Social, há aquela ideia generalizada de que, como são mal pagos, não querem saber dos clientes e nada fazem para defender os seus interesses como fariam se, em vez de serem pagos pelo instituto competente, a baixo custo, fosse o cliente a pagar o valor justo pelo serviço.

A verdade é que os advogados só trabalham nesta modalidade se se inscreverem para tal. Ninguém os obriga. E nem todos são iguais.

 

No entanto, e no que diz respeito aos dentistas, começo a concordar com essa opinião generalizada. Ninguém os obriga a aderir a programas de saúde dentária, como é o caso do "cheque dentista". Mas, se aderiram, só têm que fazer o mesmo trabalho que fariam se fosse eu a pagar do meu bolso.

Em Agosto marquei consulta na clínica para a minha filha, supostamente, para a mesma médica onde tinha ido antes. Afinal era outra, com o mesmo nome.

Estávamos na sala de espera quando sai de lá uma adolescente a queixar-se da boca. Chamaram a minha filha.

Ia apenas fazer uma destartarização, e pôr selante em alguns dentes.

Saiu de lá com os lábios todos feridos e inchados, e assim continuaram por uns 3 ou 4 dias, gretados, a sangrar.

O meu marido está farto de fazer destartarizações, numa outra clínica, e nunca ficou assim.

 

Tanto a outra adolescente, como a minha filha, tinham lá ido no âmbito do "cheque dentista".

Não sei se é a médica que não tem mesmo jeito nenhum, ou nem se preocupou em ter cuidado porque não está a ser bem paga para isso.

Tinha que marcar mais duas consultas, uma para setembro e outra para outubro, para completar os tratamentos, porque senão não tenho direito aos próximos.

Mas se ela, com uma simples destartarização, já ficou com os lábios naquele estado, nem quero imaginar o que poderá acontecer quando for lá novamente. Ainda por cima a médica falou que se calhar teria que usar a broca...

 

Acho que me vou esquecer dos cheques dentista e, quando precisar, pago do meu bolso. Pode ser que seja melhor tratada! 

 

Vem aí a 2ª edição de Terror na Maternidade

Foto de Rosana Antonio.

 

Rosana Antonio, autora do livro "Terror na Maternidade", do qual já aqui falei em algumas ocasiões, tem um desafio a fazer.

 

 

"Um desafio para as grandes Mulheres, aquelas com "M" MAIÚSCULO."

 

Com a primeira edição do livro esgotada, Rosana irá avançar brevemente com a 2ª edição do livro. Nele serão relatadas, para além das histórias que já foram publicadas, novos testemunhos.

Assim, quem tiver histórias recentes (de 2010 até hoje), sobre maus tratos, negligência médica e violência obstétrica, sofridos nas maternidades portuguesas, e estiver interessado(a) em se unir a esta causa, envie o seu testemunho para o e-mail da autora: info@rosanaantonio.com.

A Rosana esteve recentemente na SIC, onde falou sobre esta temática. Aqui fica:

 

 

 

 

Como se sente uma mãe...

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...ao ver a sua filha ser raptada à sua frente (a menina brincava num parque infantil com as amigas e a mãe vigiava-a da janela do apartamento), sem poder fazer nada para o impedir, e descobrir, ao fim de pouco mais de hora e meia, que a mesma foi violada e assassinada?

Até me arrepio, só de pensar.

Digam o que quiserem, chamem-me mãe galinha, exagerada, hiper protectora e o que mais se lembrarem, mas eu prefiro exagerar na segurança, do que receber uma notícia como esta.

Instruções para salvar o mundo

 

"A cavalo dado não se olha o dente", diz o ditado.

Este livro veio parar às minhas mãos como oferta da Fnac, na compra de dois livros que mandei vir. 

O título fez-me pensar que seria, literalmente, um manual de instruções. Depois, ao ler a sinopse do livro, deu-me a entender que seriam várias histórias de vida, de pessoas que conseguiram ultrapassar as suas dificuldades e os seus problemas. Agradou-me. E comecei a ler.

Não me agradou, não me inspirou, é daqueles livros que se lê uma vez e arruma-se, para não voltar a ler. Foi-me oferecido, menos mal. Não pude escolher, porque era oferta, mas também não gastei dinheiro. Comprar, nunca o compraria. 

É um livro que relata a verdade nua e crua da sociedade em que vivemos. Casais que se deixam andar, em que tanto eles como elas traem e são traídos, e se desprezam um ao outro, mas não se separam, prostitutas mal tratadas, terrorismo, alcoolismo, violência, negligência, exploração sexual.

É verdade que, no meio de tudo isto, também existem gestos de amizade, generosidade e amor, mas são muito poucas luzes, num livro tão sombrio.

E eu, sinceramente, prefiro ilusões mais iluminadas!

 

Presente envenenado

 

 

Ultimamente, a Índia tem sido notícia em todo o mundo, e sempre por péssimos motivos.

Desta feita estão em causa as refeições escolares envenenadas, distribuidas no âmbito de um programa que tinha por objectivo combater a fome e a má nutrição infantil.

No espaço de uma semana, ocorreram dois casos de intoxicações alimentares das quais resultou a morte de várias crianças, e a hospitalização de todas as outras.

Na primeira situação ocorrida, as crianças, com idades entre os 4 e os 12 anos, terão dito que a comida tinha um gosto e um cheiro estranhos, mas a diretora tê-las-á obrigado a comer, e não as terá socorrido quando se começaram a sentir mal. Os alimentos estariam contaminados com pesticidas.

Ao que tudo indica, já teriam havido queixas anteriores relativamente à segurança alimentar, já que grande parte dos alimentos comprados para estas refeições não são inspeccionados antes de serem servidos.

O programa conseguiu assim parte do seu intuito: pelo menos 23 crianças não mais sofrerão de fome, porque faleceram. É pena que o tenha feito da pior forma. Já quanto ao segundo objectivo foi, obviamente, chumbado! Porque se a ideia era combater a má nutrição, fez precisamente o contrário. Ao não inspeccionar e controlar de forma adequada os alimentos que gratuitamente oferecem às crianças, estão a contribuir para a sua má nutrição.

Por tudo isto, este programa bem intencionado soa mais a um presente, literalmente, envenenado!