Manhã do primeiro dia de aulas:
O despertador toca às às 06.20h. Levanto-me, com pouca vontade. O meu marido continua na cama. A Tica, continua na cama.
Está frio. Tenho que vestir um casaco, e abotoá-lo até ao pescoço, porque a Tica ficou em cima do roupão.
Puxo as persianas da janela da sala para cima, Abro as cortinas da janela da cozinha. Ainda é de noite! A Tica, que entretanto já se levantou, põe-se em cima da máquina de secar para que eu a leve à rua.
Estranha estar tão escuro lá fora. Não é costume. Vai ter que esperar que clareie, e não acha muita piada à ideia. Até porque o vaso da ervas também está no quintal e está na hora do pequeno almoço.
Pequeno almoço que, quanto a mim, parece que, a estas horas, nem cai bem.
Tenho roupa para estender, mas não me apetece nada ir lá para fora quando ainda nem sequer amanheceu.
Às 7h, chamo a minha filha. Diz-me que parece que o tempo está cinzento. Está habituada a acordar depois de o sol nascer!
Vestimo-nos a pensar que o dia vai estar quente como ontem. Pura ilusão! Está nevoeiro e um ar gélido. Esperamos que o sol venha depressa, ou arriscamo-nos a piorar da constipação.
A caminho da escola, deparamo-nos com a fila de carros em hora de ponte! Que saudades que eu tinha destas confusões (claro que não)! O que vale é que vamos a pé. E até encontramos conhecidos pelo caminho.
A escola está cheia de crianças no átrio. A minha filha entra. Agora, com o novo sistema de cartões.
Vai para dentro e eu, com tempo de sobra, dirijo-me para o trabalho, onde devo chegar meia hora mais cedo. Mas também não valia a pena voltar a casa.
E assim regressámos à velha rotina, com alguns hábitos novos aos quais ainda nos estamos a tentar adaptar!