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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quem casa...

 

...quer casa!

Este é mais um daqueles ditados populares que está ultrapassado.

Hoje em dia, quem casa quer dinheiro! 

Diz o Conservador que o casamento não é mais do que um contrato. Eu diria que é, não só um contrato, mas também um negócio. E não falo de todas as entidades que lucram com ele, mas dos próprios noivos que tentam igualmente retirar do casamento a sua quota-parte de lucro, ou pelo menos não acabar com saldo negativo!

O dinheiro é sempre bem vindo e, talvez por isso mesmo, a grande maioria das prendas de casamento oferecidas aos noivos sejam monetárias. 

Não tenho nada contra. Também a mim me soube bem recebê-las quando me casei.

Mas penso que tem que haver um mínimo de bom senso de ambas as partes e, em alguns casos, uma revisão de prioridades, no que respeita ao motivo pelo qual as pessoas convidam alguém para o seu casamento.

Por norma, são os pais dos noivos que costumam pagar a boda, enquanto os padrinhos e madrinhas tratam do resto. No entanto, outros casais haverá que não têm essa sorte.

Foi o meu caso. Por isso mesmo, só segui em frente com esse passo porque sabia que o dinheiro que tinha economizado até então era suficiente para pagar tudo à minha conta. Só não comprei o vestido, que me foi oferecido pela minha falecida madrinha. Não tive 100 ou 200 convidados. Tive pouco mais de 30, mas eram os mais importantes para partilhar aquele momento. O dinheiro que me deram, deu muito jeito. Estava grávida na altura e, para precaver o futuro, abri uma conta para a minha filha com ele. No entanto, ainda que não me tivessem dado nada, teria convidado exactamente as mesmas pessoas e feito tudo da mesma forma.

Também por norma, e por uma questão de lógica e financeira, sempre que somos convidados para o casamento de alguém, sentimo-nos na obrigação de lhes oferecer uma prenda que, como já atrás referi é, usualmente, monetária e corresponde, muitas vezes, ao valor da despesa que supostamente os noivos têm com a nossa presença. Claro que pode ser mais, pode ser menos, ou pode até nem ser, consoante as possibilidades das pessoas. Também é comum haver as "listas de prendas", que podem ser úteis para quem não sabe o que há-de oferecer.

Mas, até agora, nunca tinha tido conhecimento de casamentos em que os noivos pré-estabelecem um valor mínimo para a presença dos convidados!

Na minha opinião, isso é mesmo muito mau! E, sinceramente, só por isso, se eu estivesse no lugar deles, não ia. Afinal, convidam-me porque querem que esteja com eles nessa ocasião especial, ou porque precisam que lhes pague a despesa?

Antigamente, os noivos ficavam tristes quando os convidados não podiam ir, e insistiam, afirmando que não precisavam de dar prenda nenhuma porque não era isso o mais importante. Hoje em dia, quando se recusa um convite desses por motivos financeiros, corremos o risco de nos perguntarem "então mas não consegues mesmo arranjar XXX euros?".

Até podia conseguir mas, se fosse comigo, só pela atitude, nem o meu respeito levavam!