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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Ilha das Memórias", de Nora Roberts

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Numa noite como outra qualquer, num centro comercial como outro qualquer, o inesperado aconteceu: um massacre, levado a cabo por três adolescentes armados, que começaram a disparar sem parar matando, um a um, todos os que ali tinham ido, por um qualquer motivo, sem sonhar com o destino que os esperava.

 

Mas nem tudo correu bem.

Alguém chamou a polícia.

Alguém ajudou a salvar vidas.

 

Pessoas escaparam.

Pessoas que, de uma forma ou de outra, sobreviveram para contar a história.

Pessoas que, de uma forma ou de outra, se destacaram.

Ganharam protagonismo. Superaram o trauma. E seguiram com a sua vida.

 

Enquanto isso, os causadores de tudo isso, morreram.

Um, abatido pela polícia. Os outros dois, honrando o pacto firmado, mataram-se um ao outro.

Seria de supor que o assunto, apesar das mazelas causadas, estaria encerrado.

 

Não está.

Cedo ficamos a saber quem, realmente, planeou o ataque, e quais são os seus planos para aqueles que, de alguma forma, se meteram no seu caminho, e sobreviveram.

Entre eles, Simone Knox, a primeira pessoa a ligar para a emergência.

Reed Quartermain, um jovem que se tornou polícia e vai fazer de tudo para deter a nova ameaça.

Essie McVee, a agente da polícia que assassinou o seu irmão.

E tantas outras pessoas... Tantos novos alvos a eliminar.

 

Há uma razão. Ou, talvez, várias. 

Quase sempre giram à volta do mesmo.

E nunca são justificação suficiente para tais actos.

Mas o cérebro por detrás deste novo massacre tem tudo delineado, justificado, e não vai parar.

Sem que alguém consiga travar, mas a começar a dar sinais de que começa a perder o controlo, a questão não é se vai voltar a matar, mas quando, onde, e quem será a próxima vítima.

 

Este é um livro que fala sobre superação.

Como superar o trauma de ser baleado, e ficar limitado. Ficar com marcas físicas, e psicológicas.

De ver pessoas a morrer, ou já mortas, à nossa frente, ao nosso lado, em cima de nós.

Como diferentes pessoas, lidam de formas tão diferentes mas, no fundo, sentem uma dor semelhante.

E, no meio de tudo isto, como amizades se constroem. Ou se firmam.

Como famílias se atacam, e se afastam. Ou permanecem unidas.

Como cada um se vai descobrindo a si próprio, e ao seu propósito na vida. 

Como se vai abrindo para as novas oportunidades, para um novo futuro.

Ou como vai ficando preso naquele mesmo dia, naquela mágoa, sem conseguir ultrapassar, e voltar a viver, ainda que vivo.

 

Porque a verdade é que muitas pessoas morreram.

Pais, filhos, amigos...

Há muito a lamentar, sem dúvida.

Mas tantas outras sobreviveram.

E cabe a essas fazer a vida, e o simples facto de estar vivas, valer a pena.

Por si, e por todos os que não tiveram a mesma chance.

E por quem acha que vai conseguir destrui-las, mais cedo ou mais tarde, e acabar o que ficou inacabado. 

 

O que menos gostei do livro, para além de se saber logo que vai ser o assassino de serviço, foi o facto de o dito cujo conseguir matar uma pessoa atrás da outra, e safar-se sempre, sem que consigam sequer chegar perto, gozando com a polícia e com todos à sua volta.

E depois, perante isso, o fim acaba por ser fácil e rápido demais.

 

Vale ainda a pena pelo Barney, o cão que sofreu de maus tratos e vai ser acolhido pelo chefe da polícia, aprendendo a voltar a confiar nos humanos, socializando, e tornando-se os melhores amigos.

Uma Sombra do Passado, de Nora Roberts

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"Uma Sombra do Passado" é um livro totalmente diferente do que eu estava à espera. No bom sentido!

 

Está muito ligado aos cães.

Seja a relação normal deles com os humanos, e vice-versa.

Seja na forma como devem ser educados, e por vezes também os donos!

Seja na sua função enquanto cães de busca e salvamento, o seu treino e as suas habilidades. A forma como encaram de forma "profissional" a sua tarefa, mas encarando-a como um jogo ou brincadeira em que, o prémio final, é encontrar e salvar a pessoa em risco.

Tal como os pais que querem à força que os filhos sejam bons em alguma coisa, também há donos que querem o mesmo para os seus cães. Mas nem todos têm perfil, talento, capacidades para aquilo que os donos querem.

Mas outros há que, mesmo sem o quererem, têm esse dom, e seriam úteis, se treinados para tal.

 

Tem personagens atípicas, mas preferíveis. 

Como Nora Roberts afirma:

"Eu não escrevo sobre Cinderelas que esperam sentadas que o seu Príncipe Encantado venha salvá-las. Elas têm capacidade de sobra para avançar sozinhas. O "príncipe" é como um salário extra, um complemento, algo mais... mas não a única resposta para os seus problemas."

E é assim que decorre a relação entre Fiona e Simon.

Tão bom vê-los em picardias, a negociarem, a barafustarem um com o outro mas, ao mesmo tempo, a proteger-se e amar-se com um só.

 

Tem humor.

Tem união entre os residentes daquela pequena ilha, que funcionam quase como uma família.

 

Tem mistério.

Sabemos quem é o Assassino do Lenço Vermelho. Está preso, e nunca de lá sairá.

Sabemos que ele matou várias mulheres e, em jeito de vingança por Fiona lhe ter conseguido fugir, também o seu noivo e o companheiro canídeo.

Mas foi graças a Fiona que ele foi apanhado e condenado.

Tudo isso é passado.

Agora, sabemos que é o Assassino do Lenço Vermelho Dois.

E qual o seu objectivo - acabar com a vida de Fiona.

Só não sabemos como, e quando o fará, e quem será arrastado com ela, nesse plano maquiavélico delineado pelo mestre mas que, com o tempo, o aluno parece querer tornar seu, e modificar, para pior.

 

E, no fim, voltamos à unidade, à comunidade como um todo.

A Fiona e Simon como um só.

E aos cães que, como sempre, fazem aquilo para que são treinados, mas também para proteger os seus humanos, da maldade de outros humanos.

 

Um excelente livro para quem gosta de animais, romance e suspense!

A Felicidade Nunca Vem Só

 

O último romance de Nora Roberts traz-nos aventuras que nem todos estariam dispostos a experimentar, nem mesmo pelo tesouro mais valioso que pudessem alcançar.

Mas, antes de mais, tenho que destacar a personagem feminina, Whitney MacAllister. Penso que todas as mulheres, incluindo eu, gostariam de ser como a Whitney desta história. Porquê?

Ora vejamos:

  • é uma mulher extremamente inteligente e sempre atenta, nunca deixando que lhe passem a perna ou a enganem
  • é linda e elegante
  • é simpática, extrovertida e amável com todos
  • é sensível, muito humana e generosa com quem merece
  • é extremamente ágil, hábil, desenrascada e prática
  • é rica, filha do dono do império dos gelados MacAllister, tem dinheiro que nunca mais acaba e nem sabe o que fazer com ele, e está profissionalmente realizada
  • tem um humor extraordinário, mesmo nas situações mais extremas

 

Será suficiente?!

 

Ora bem, voltando à história do livro, Whitney tinha acabado de chegar de uma das suas muitas viagens, e dirigia-se para casa, no seu Mercedes, aborrecida com a vida que tinha e com o pensamento naquilo que gostaria de viver quando, de repente, lhe entra um homem no carro, e começa a ouvir o som de tiros, e balas a tentarem atingi-los.

Esta é a oportunidade de Whitney viver uma aventura, aquela que tanto desejava, e aproveita a oportunidade, sem receios nem hesitações.

O homem misterioso é Doug Lord, um ladrão profissional contratado que tem na sua posse documentos valiosos, que podem levá-los até ao tesouro mais cobiçado, e que está a fugir de quem o contratou e da morte certa, para iniciar esta caça ao tesouro e nunca mais ter de se preocupar com nada na vida.

Assim que conseguem despistar os perseguidores, Whitney leva o ladrão para sua casa, faz-lhe um curativo e decide ajudá-lo. E Doug até poderia aceitar a sua ajuda financeira, ou simplesmente roubá-la, e fugir. Mas, a partir do momento em que entrou no carro de Whitney, colocou-a automaticamente em perigo.

Agora, serão dois a ter que fugir e embarcar numa aventura que envolve assassinos sem dó nem piedade, capazes das piores atrocidades, caminhadas de quilómetros e acampamentos na floresta, ou debaixo de um sol escaldante, saltos de comboios em movimento, rios cheios de crocodilos e, até, um porco! 

Mas esta aventura precisa de investimento, e Whitney leva consigo, além da carteira com dinheiro e cartões de crédito, um caderninho onde vai apontar cada cêntimo que está a gastar, para que Doug lhe pague tudo no fim, afinal, ela é também uma mulher de negócios!

Ao longo de toda a história, os perseguidores não vão dar tréguas a este par, seguindo-lhes sempre o rastro bem de perto, apesar de Whitney e Doug, por diversas vezes, lhes trocarem as voltas. Pelo caminho, muitos inocentes vão perder a vida.

No entanto, Doug e Whitney não desistem, e seguem em frente. O que os une é uma caça ao tesouro, um investimento a ser recuperado, mas também um sentimento que cresce entre ambos. Primeiro atracção, depois admiração e, por fim, amor.

Só que Dimitri, um homem nojento e perverso, não vai facilitar a vida a este casalinho e, na primeira oportunidade, faz de Whitney sua prisioneira.

Conseguirão Doug e Whitney escapar a Dimitri com vida? Conseguirão descobrir o tesouro?

Terá valido a pena tanta ambição e desejo de aventura, ou qualquer vida é mais preciosa que um punhado de diamantes? 

 

Mais um livro que não me desiludiu!

O que mais destaco é, de facto, a relação entre as personagens principais ao longo de toda a história, e o humor presente do início ao fim.

Considero apenas como ponto negativo as extensas descrições, e o excessivo tempo que demorou esta excursão até Madasgáscar, que torna algumas páginas mais aborrecidas.

Ainda assim, para quem gosta da autora e do género, eu recomendo!

Quero este livro!

 

Sinopse
 
"Com uma vida de sonho que é a inveja de todas as mulheres, Whitney MacAllister um dia é surpreendida quando um homem misterioso se apodera do seu Mercedes, pouco antes das balas começarem a voar. Mas esta não é uma tentativa de sequestro nem o homem ferido é um criminoso comum. Inesperadamente, Whitney é arrastada para uma parceria com um estranho para conseguir escapar à morte iminente. Diante deles está uma série de documentos roubados que levam a uma fabulosa fortuna escondida. Atrás, um grupo de assassinos implacáveis que eliminam quem se atravessa no seu caminho. A perseguição acaba por levá-los à exótica ilha de Madagáscar, onde o jogo terá um aterrador desfecho, que poderá não ter vencedores, nem perdedores… nem sobreviventes."

Reencontro com o passado, de Nora Roberts

 

Sinopse
"Ninguém pode fugir para sempre. Filha de uma mãe controladora e possessiva, Elizabeth deixa-se levar pelas loucuras de uma noite, bebendo e permitindo que um estranho sedutor, com sotaque russo, a leve até uma casa isolada. O que aconteceu a seguir mudou a sua vida para sempre. Doze anos mais tarde, a mulher conhecida como Abigail Lowery vive nos subúrbios de uma pequena cidade. Programadora informática, desenha sistemas de segurança e complementa a sua própria segurança com um cão feroz e algumas armas de fogo. É reservada e nada revela da sua vida. Mas essa reserva apenas intriga Brooks Gleason, o chefe de polícia. A lucidez e opiniões frias e sem romantismo da jovem deixam-no fascinado… e um pouco frustrado. Ele suspeita que Abigail esteja a esconder-se de alguém, e as táticas de defesa dela ocultam uma história que urge ser revelada."
 
 
Elizabeth não era bem uma filha, mas um projecto. Nunca teve pai, apenas um dador meticulosamente escolhido por aquela que é sua mãe. Embora não se possa propriamente apelidar esta mulher de mãe, mas antes de criadora.
Durante 16 anos, Elizabeth viveu de acordo com as regras desta mulher, seguindo as decisões dela sem reclamar. Estudos, roupa, alimentação, tudo na vida de Elizabeth era programado ao mais ínfimo pormenor.
Mas isso estava prestes a mudar.
Como qualquer adolescente a quem lhe sejam feitas demasiadas imposições sem qualquer hipótese de argumentar, sem ninguém que realmente a oiça ou compreenda, ou pense naquilo que ela própria gostaria, a revolta e a transgressão das regras é o caminho para a liberdade.
No fim de semana em que a mãe se ausenta, Elizabeth transforma-se em Liz, e vive experiências que todas as adolescentes normais vivem, como ir às compras, divertir-se com as amigas, falar de rapazes, e até ir a uma discoteca, fazendo-se passar por mais velha.
O que ela estava longe de imaginar, era que essa rebeldia lhe ia custar muito caro. A sinopse já antevê que algo aconteceu a Liz naquela casa isolada.
De facto, ela e a recém amiga Julie bebem demais na discoteca e vão com um dos rapazes que lá conheceram para uma casa no lago, já que o outro ficou retido a tratar de alguns assuntos pendentes.
E se já estão a adivinhar o que poderá ter acontecido, aviso-vos que não foi isso que estarão a pensar.
Na verdade, Liz escapa por um triz, de ser assassinada pela máfia russa e, a partir desse momento, vai andar em fuga constante e lutar pela sua sobrevivência, ficando entregue a si própria quando os policiais que a protegiam são, também eles, assassinados. 
Será que, 12 anos depois, ela continua a ser um alvo a abater? Será que, apesar da sua nova vida e identidade, poderá vir a ser reconhecida e correr perigo de vida?
Poderá Brooks, o chefe da polícia, ajudá-la?
 
Terão que descobrir quando lerem esta empolgante história que, a mim, me cativou logo na primeira página! Livros assim, dão gosto ler!