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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Músicas que nos tocam: Christmas Lights, dos Coldplay

 

A primeira vez que ouvi esta música estava eu a sair do trabalho, e era a que tocava no momento na rua.

Não a conhecia.

Mas mexeu comigo.

Quando dei por mim, estava com lágrimas nos olhos.

 

Talvez o momento não tenha sido o melhor: tinha acabado de saber que o pai de um amigo do meu marido tinha falecido.

E isso fez-me solidarizar-me com ele, porque acabámos por passar por situações semelhantes e, inevitavelmente, as lágrimas eram por ele, que tinha acabado de perder o pai, e por mim, que perdi a minha mãe.

 

No entanto, hoje voltei a ouvi-la.

E voltou a tocar-me.

Definitivamente, é uma música que me comove.

 

Que me transmite nostalgia, saudade, desilusão mas, ao mesmo tempo, esperança.

Que me deixa triste mas, ao mesmo tempo, me faz sorrir.

É difícil de explicar.

 

Mas não o são todas as músicas que nos atingem o coração?! 

A "ressaca" da época natalícia

Imagem relacionada

 

Quem por aí também é atingido por ela?!

É mais suave, igual ou pior que o regresso ao trabalho depois das férias de verão?

Num mês que, para além de marcar o início de um novo ano, marca também o regresso às rotinas, depois de uma pausa que foi de festa, o regresso às aulas, o prenúncio de 2 meses pela frente sem qualquer feriado pelo meio, muitas são as pessoas que iniciam este mês de "ressaca",  não de excesso de bebida ou comida, mas por nostalgia pelo que já lá vai, e o desejo de que, pelo menos este mês de janeiro, passe depressa, para que tanto o nosso corpo como a nossa mente retornem à normalidade.

Eu regressei hoje ao trabalho. Não queria, mas tem que ser. E mais vale a meio da semana, do que no início. Custa menos.

Mas acabaram-se os dias em casa com a minha filha, sem horários nem stress. Acabaram-se as tardes de colinho para as bichanas, e os mimos a toda a hora. Acabou-se o acordar às 10 ou 11 da manhã, o almoçar às 13 ou 14h da tarde.

Amanhã, será a vez dos estudantes regressarem à escola.

Um novo ano começa, mas a nossa vida retorna ao ponto onde parou antes do Natal.

Coragem para todos os que, como eu, ainda estão de ressaca desta época natalícia!

 

 

Chegou Setembro...

Estreias anime em Setembro 2017

 

Setembro até poderia ser um bom mês para se gostar, para eu gostar...

É pequenino, passa depressa, e ainda tem um resto de cheirinho a verão com ele, para se "queimar os últimos cartuchos".

 

No entanto, Setembro só me traz pensamentos negativos, nostalgia, melancolia...

É o fim das férias, aquele momento porque esperamos o ano inteiro, e que passa a correr...

É o fim das férias escolares, e traz consigo o regresso às aulas dos nossos filhos, a volta das rotinas, do tempo mais curto para tudo o que há a fazer, do acompanhamento dos estudos, da saga dos testes...

É aquele mês em que, de facto, começamos a notar os dias mais curtos, o tempo mais fresco, a mistura da despedida do verão, com a chegada do outono...

É aquele momento em que percebemos o que nos espera nos próximos meses, e nos faz sentir ainda com menos coragem para enfrentá-los...

 

O que ainda atenua os efeitos de Setembro, em mim, é ficar tão próximo de Dezembro. 

Mas, até lá...

E chegou ao fim mais um ano escolar!

 

Alívio!

É isso que sinto hoje, no último dia de aulas! Finalmente férias (mesmo não sendo eu a estar de férias), finalmente mais tempo livre!

 

E depois, nostalgia!

Mais um ciclo cumprido. Ainda no outro dia estava a deixar a primária...

Uma nova etapa espera a minha filha já em Setembro.

 

Quanto à minha filha, acredito que esteja a sentir:

Alegria, por não ter que estudar mais nem fazer trabalhos, pelas férias que a esperam e pelo merecido descanso; 

Saudades de alguns professores que provavelmente, não voltará a ter, e que foram impecáveis;

Saudades dos colegas de quem, certamente, se irá separar no próximo ano;

Saudades do convívio com os amigos, dos lanches no bar, das actividades e passeios com os colegas.

 

Agora resta aproveitar estes 3 meses da melhor forma, que o tempo passa num instante, e daqui a pouco, sem dar por isso, já está outra vez de regresso! 

Como tudo muda à medida que o tempo avança

Há uns anos atrás, era uma alegria quando a minha filha ia bater, de porta em porta, a pedir o "Pão por Deus". O ano passado, como o 1 de Novembro calhou a um dia de semana, e já não era feriado, foi com a professora e com a turma que o fez.

Este ano, calhou a um sábado, mas já não foi a mesma coisa. Até porque a minha filha está mais velha. E com os anos a passarem, essa tradição vai deixando de fazer sentido para ela (pelo menos do lado de fora da porta). 

O ano passado, esteve na escola primária e, como todos os anos, comemorou o São Martinho com a assadura das castanhas e jogos tradicionais.

Este ano, já na nova escola, a frequentar o 5º ano, essa data passou em branco. Um dia como outro qualquer, enquanto que na antiga escola foi lá um grupo musical cantar para as crianças. 

Isto parece lembrar que o tempo de diversão na escola já não existe as para crianças que estão no 2º e 3º ciclo do ensino básico. Agora é tempo de estudo para eles. A diversão fica para os mais pequenos. Nem mesmo aquela música que se ouvia assim que chegávamos à escola (e que, de certa forma, alegrava o dia), existe nesta nova escola. 

Antes, entre o Dia de Todos os Santos e o de S. Martinho, comia meia dúzia das típicas e deliciosas broas que todos os anos a minha mãe comprava. Este ano, comi uma e não valia nada.

O tempo vai avançando, as prioridades vão alterando, as tradições vão-se esbatendo, e nós continuamos por cá para assistir e acompanhar essa mudança.

Até o Natal, que é a única época do ano que ainda consegue ter alguma importância para nós, e preservar algumas das tradições, parece já não ter o mesmo significado que outrora.

As mudanças são necessárias e fundamentais, é certo, mas eu nunca fui muito apreciadora delas. E há mudanças, como estas, que me entristecem, e me deixam nostálgica...