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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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"O desaparecimento de Stephanie Mailer", de Joël Dicker

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Em 1994 ocorreu, em Orphea, nos Hamptons, um quádruplo homicídio.

O alvo seria o perfeito, e a sua família. Meghan teria sido um dano colateral.

Um homem foi acusado do crime, e a vida seguiu em frente para todos.

Vinte anos mais tarde, a jornalista aborda um dos policiais responsáveis pelo caso afirmando que, apesar da sua carreira impecável, ele deixou escapar o verdadeiro culpado daquele homicídio, porque só viu aquilo que "quis ver".

E é assim que, contra a vontade de muitos, Jesse, Derek e Anna voltam a desenterrar o caso, e a ressuscitar fantasmas do passado.

 

Na noite após ter conversado com Jesse dando a entender que o verdadeiro assassino estava à solta, Stephanie Mailer desaparece.

Mas esse desaparecimento é apenas o início. O ponto de partida para desvendar a verdade. E, nesse caminho, muitos segredos serão revelados, e mais algumas pessoas, directa ou indirectamente envolvidas, eliminadas.

Há pessoas que procuram respostas às dúvidas que as consomem há 20 anos. Que procuram justiça. 

E há outras, como o assassino, que farão de tudo para que nada seja descoberto.

 

Confesso que, apesar do início cativante, a determinado momento, com tantas personagens novas a entrar na história, sem qualquer ligação aparente entre elas, e sem ligação aparente à trama principal, houve um momento em que pensei ficar por ali na leitura.

Felizmente, não fiquei.

Continuo a achar que houve ali partes desnecessárias, e personagens a mais, das quais se poderia prescindir, sem afectar a história.

Mas valeu a pena chegar ao fim.

 

Este livro mistura drama, comédia, suspense, crime e um pouco da realidade de cada um de nós.

E prova, tal como Stephanie disse, que muitas vezes a verdade está mesmo ali à nossa frente, mas só vemos aquilo que queremos ver.

Porque a pessoa que eles procuravam, esteve sempre ali!

 

Quem era, afinal, o verdadeiro alvo a abater? E porquê?

E quem será o assassino, que continua a fazer vítimas?

Estas são as perguntas para as quais o tempo se está a esgotar, e a que a equipa agora responsável pela reabertura do caso terá que responder.