"Mãe de Primeira Viagem", da autora Maria Antónia Ferreira da Costa, vai ser lançado no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 16h00, no Atelier Gustavo Fernandes, em Oeiras.
Quando li um pouco mais sobre esta autora percebi que, em alguns aspectos, me identifico com ela. O facto de se ter casado e divorciado, de ter educado os filhos praticamente sozinha, as dificuldades por que passa uma mãe que também trabalha, o facto de amar os animais, e até mesmo de se refugiar na escrita, na música e nos livros, são algumas das coisas que temos em comum.
Talvez por isso mesmo, por ser alguém com quem facilmente nos podemos identificar, este livro desperte mais a curiosidade das pessoas em lê-lo. A Chiado apostou nesta ilustre desconhecida, e penso que será uma aposta ganha! É um excelente livro não só para quem está a pensar vir a ser mãe, ou para quem já o está prestes a ser, mas também para aquelas que já passaram por essa experiência
Maria Antónia Ferreira da Costa é uma mulher de 48 anos, licenciada em Relações Públicas e Publicidade, divorciada e com 3 filhos, Miguel, João e Rita. Está neste momento reformada por invalidez, e utilizou o seu tempo com "as maiores loucuras que nunca previ fazer". Este livro é uma dessas loucuras, um desafio à preguiça de agir e à confiança em si mesma.
Sinopse:
"Os nove meses de gravidez passaram depressa e foram lindos, adorei tudo, a minha barriga, o mimo, as sensações. O tão esperado dia de ver o nosso filho nos braços enche-nos de lágrimas, e essas lágrimas que contém todas as emoções do mundo vão-nos acompanhar ao longo da nossa vida, enquanto cuidamos deles, os educamos, enquanto a palavra Mãe tiver aquele significado poderoso que é dar á luz uma vida. Chorei e continuarei chorando, ri-me e continuarei a rir, mais, rio agora das lágrimas derramadas como espero rir-me mais tarde das que hoje deito. Não foi fácil aprender a amamentar, nem aprender a trocar fraldas, a controlar o desespero, a aceitar ajuda. É difícil admitir que estamos fazendo algo que não temos a mínima noção de como proceder. Não importa a idade ou condição: toda mãe de primeira viagem já sentiu aquele desespero do "E agora?". Não se ressinta por todas as coisas que você não fez, fique orgulhosa das coisas que você teimou, brigou e construiu. Escolha as suas lutas, lutar contra o destino, o imprevisto é desnecessário desgasta e impede-nos de ter folgo para aquilo que é realmente importante. Chore, grite, gargalhe, deite para fora todas essas emoções. Respeite quem você é: esse é um exemplo que você vai querer passar para todos aqueles que estão dependentes de si. A maternidade não é sempre linda, mas são os doces momentos que chegam depois da tormenta que nos aquecem o coração e nos transformam em pessoas melhores, mais disponíveis, tolerantes e seguras. Esta foi uma primeira etapa ultrapassada, eles hoje têm 15, 12 e 11 anos, pré-adolescência, a aprendizagem não acaba nunca."