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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O Simplex no seu melhor

 

Depois de uma tarde em que a electricidade faltou e tornou a vir, vezes sem conta, acabou por faltar de vez, no dia seguinte, logo de manhãzinha. Além da casa dos meus pais, também a vizinha do lado se encontrava na mesma situação.

 

10.00 horas - Ligo para o número grátis de comunicação de avarias. Dizem-me que tem que ligar alguém que esteja no local para fazerem alguns testes básicos. Entretanto, como expliquei que havia mais uma casa afectada, pediram-me as informações da praxe e tive que aguardar. Disse-me que não tinha registo de qualquer avaria geral, pelo que deveria ser outro problema. Informou que ia participar à equipa técnica e ficou com o contacto da minha mãe.

 

13.00 horas - Como ninguém apareceu no local, volto a ligar. Repito a história e dou as mesmas informações. Pedem-me para aguardar. Desta feita, têm a indicação de que a avaria geral está resolvida! Então afinal sempre havia uma avaria geral?! De qualquer forma, informa-me de que o técnico tem até 4 horas para se deslocar ao local, pelo que temos que aguardar. Se ao fim desse tempo ninguém aparecer, temos que ligar novamente.

 

14.00 horas - Liga o meu pai. A mesma conversa do costume, e nada resolvido.

 

17.00 horas - (já indignada com tanta incompetência) Torno a ligar. O técnico foi ao local e têm a indicação de que a avaria está resolvida! A sério? Devem estar a brincar com as pessoas.

É inadmissível que 7 horas depois da primeira chamada efectuada, as duas casas continuem sem electricidade, que tenham ido técnicos ao local, quando ninguém lá apareceu, e considerem a avaria resolvida, quando na realidade não está.

Da última vez que aconteceu uma situação semelhante, os meus pais ligaram, e ao fim de uma hora, ou nem tanto, estavam lá em casa. Desta vez, não passamos do mesmo. A operadora disse que o técnico não vai à moradia, mas ao local. Disse-me que ia reportar novamente a situação à equipa técnica e que teria que aguardar! Ainda mais?

Aí passei-me mesmo. Disse-lhe que não andamos aqui a brincar. Então elas informam a equipa técnica, nós esperamos, esta vai ao local (nem sei bem qual) e dão a informação que está resolvida, continuamos sem electricidade, tornamos a ligar, elas informam a equipa técnica, nós esperamos, esta vai ao local (nem sei bem qual) e dão a informação que está resolvida. E não passamos disto. Quanto tempo mais vamos andar assim? 1, 2, 3 dias? As pessoas precisam de electricidade, por isso a pagam. Mas parece que pagamos um serviço que não temos, porque quando é preciso ninguém faz nada. As pessoas têm prejuízos, e alguém tem que se responsabilizar.

Reclamei, exigi saber exactamente o que é que a equipa técnica iria fazer desta vez e onde ia exactamente, disse-lhe que ia esperar até à noite e que se não aparecesse ninguém ia resolver as coisas e seriam eles a arcar com a despesa, ameacei que teria que seguir por outros meios, enfim...

 

Antes das 18 horas estavam lá os técnicos ao pé de casa! Resolveram finalmente o assunto. Tratava-se de uns fios velhos que tinham queimado.    Agora, o que é curioso é que os próprios técnicos dizem que, sempre que são contactados, têm uma hora e não quatro (como disseram as várias operadoras) para ir ao local da avaria.  Quem fala a verdade e quem mente, não sei...

Mas parece-me que o simplex chegou também à EDP, e no seu melhor!  

A TDT em Portugal

 

Já muito foi escrito e dito sobre a TDT - Televisão Digital Terrestre – que também poderia ser “televisão de todos” mas que, na verdade, é só para alguns.

Porquê?

Porque, no ano do “apagão” definitivo do sinal analógico, continua a haver muita falta de informação. Locais onde não existe qualquer sinal e, como tal, não é possível as pessoas continuarem a ver televisão como até agora. E porque é uma mudança, para muitos, dispendiosa, que a todos nós foi imposta sem direito a consulta ou opinião.

Até aqui, com o sinal analógico, tínhamos 4 canais gratuitos. Agora, temos que pagar para podermos ter acesso a esses mesmos canais.

Quem é que sai beneficiado? Diria que a maior fatia do bolo vai, sem dúvida, para as operadoras e empresas.

Seja pela venda de aparelhos descodificadores, e outros possíveis acessórios no caso de televisões mais antigas, ou pelo recurso à televisão por cabo, também ela paga.

Claro que, para disfarçar e nos fazerem acreditar que são generosos com a população, aumentaram a comparticipação na aquisição das caixas descodificadoras que, para os utilizadores mais carenciados, é de 50%.

Quais são as nossas vantagens? Melhor som e imagem – para quem não se situar nas zonas críticas, porque aí ficam, simplesmente, “às escuras”, guia de programação e informação sobre os programas em emissão, possibilidade de gravar e reproduzir filmes, fotografias, vídeos – são algumas das frases de campanha que se podem ver.

Será que isso justifica o pagamento do serviço? Talvez não seja suficiente. Talvez com a oferta de mais canais, a receptividade fosse maior, e a indignação diminuísse.

Assim, fica a sensação que uns têm ideias aparentemente “brilhantes”, outros decidem pô-las em prática como mais lhes convém, e a população é que paga!