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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando conversar se torna difícil, resta o silêncio

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Não que eu seja muito dada a conversas mas, quando é algo que me interessa, ou sobre o qual posso dar a minha visão, a minha opinião, ou questionar, gosto de conversar com os outros.

Mas gosto, quando é uma conversa saudável. Quando todos podemos ter opiniões ou visões diferentes. Quando cada um respeita o outro. Quando é possível trocar ideias e pensamentos de forma pacífica.

No entanto, cada vez mais noto que, com algumas pessoas isso, simplesmente, não é possível.

Porque não admitem outra linha de pensamento que não a exposta por elas. Porque ficam chateadas por estarmos a levantar questões que não têm de ser colocadas. Porque, para elas, não faz qualquer sentido estarmos a desviar da "linha recta" por elas traçada, e enveredar por outros caminhos, que não o único por elas sugerido.

Então, aquilo que poderia ser uma conversa normal, torna-se uma guerra inútil, uma discussão desnecessária.

E, sendo assim, quando conversar se torna difícil, cansativo, stressante e desgastante, resta o silêncio...

 

 

 

Os ciclos da vida

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A história é feita de ciclos. Acontecimentos que se vão repetindo no tempo.

A vida parece ser, também ela, feita de ciclos.

 

Nem sempre isso me agrada.

Porque, na maior parte das vezes, acredito que uma determinada situação aconteceu, resolveu-se, e ficou para trás. E não se voltará a repetir.

No entanto, volta e meia, percebo que me estou a deparar com situações idênticas, em que tudo se volta a repetir.

 

E, ainda que não digam, directamente, respeito a mim, interferem comigo.

Ainda que não seja eu a vivê-las, acabo envolvida por quem as vive.

Ou porque desabafam e me pedem opinião.

Ou porque me pedem ajuda.

Ou apenas porque, quem as vive, está muito próximo de mim.

 

E nem sei bem porquê. Ou para quê!

Porque a opinião é aceite, mas tem uma curta validade, antes de cair no esquecimento.

A ajuda é aceite, mas facilmente boicotada quando dá jeito.

Ficam cartas por pôr na mesa. 

E mesmo que se abra, momentaneamente, o jogo, logo se fecha, e se altera.

 

O que hoje é, amanhã já não o é.

Muda-se o discurso, e as acções, consoante a utilidade, e a vontade, do momento.

As certezas já adquiridas voltam a transformar-se em dúvidas.

Troca-se o certo, pelo incerto.

A estabilidade, pela insegurança.

 

Na maior parte das vezes, por iniciativa própria, e não porque o destino ou algo superior assim o quis.

Que é o mais difícil de perceber.

 

Porque parece que já se está a caminhar no bom sentido, e com vários passos de avanço e, de repente, está-se lá atrás outra vez.

Como se o caminho já feito de nada servisse. Como se a aprendizagem adquirida caísse em saco roto.

 

Cada um leva a vida como bem quiser.

Se querem repetir os mesmos erros, façam-no.

Se querem arriscar, vão em frente. Até pode dar certo. Até pode ser esse o caminho.

Mas, nesse sentido, limitem-se a comunicar, se assim o entenderem.

Porque se é óbvio que aquilo que nos pedem, quando não vai de encontro ao que esperam, não é levado em conta, nem vale a pena ser pedido.

 

É uma perda de tempo e desgaste desnecessário de quem se oferece para ajudar, em vão.

 

 

 

 

Opinamos mais quando discordamos, ou quando concordamos com algo?

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Longe vão os tempos em que não se podia dizer aquilo que se pensava, com medo de represálias.

Desde então, as pessoas passaram a ser livres para dar a sua opinião sobre os mais diversos assuntos, e situações.

Um pouco para compensar os anos em que se viram impedidas de o fazer, começaram a opinar por tudo e mais alguma coisa porque, afinal, foi um direito adquirido, ao qual há que dar uso.

 

Ainda assim, por aquilo que vou vendo, as pessoas estão mais rapidamente prontas a opinar quando não concordam com o que é dito, ou escrito, do que quando estão em sintonia.

Talvez porque, ao discordar, sintam necessidade de mostrar o seu ponto de vista, fazer valer a sua própria opinião, fundamentar o porquê de serem contra, ou tentar, quem sabe, fazer os outros mudar de ideia.

Já quando se concorda, a opinião acabará por ser apenas um repetir, acrescentar algum ponto específico, ou reforçar em algum sentido, o que já foi dito, pelo que, por vezes, as pessoas consideram que não há essa necessidade. 

 

De uma forma ou de outra, o que importa é que essa troca de opiniões gere conversas saudáveis, assentes no respeito pela opinião de cada um, até porque cada opinião nada mais é, que a manifestação de uma forma de ver, que representa o estado de espírito e a atitude de cada pessoa, em relação a um determinado tema ou realidade.

Não existem opiniões certas ou erradas, válidas ou inválidas. Existem diferentes visões de uma mesma coisa.

Não há necessidade de se alimentarem batalhas verbais, ou fazer de uma simples conversa, uma guerra, só porque não se concorda, ou porque se considera que o outro está errado.

 

No meu caso, acho que ando ali a meio, mas talvez acabe por me manifestar mais quando tenho um ponto de vista diferente.

E por aí?

  

As pessoas estão cada vez mais bi(tri/quadri)polares

Transtorno Bipolar e diagnósticos incorretos

 

Tenho vindo a aperceber-me que as pessoas estão, para além de tudo o que já sabemos, a ser estrondosamente afectadas por outra maleita, assim algures entre a indecisão e a bipolaridade, no que respeita àquilo que pensam, dizem e opinam.

Contradições, dois pesos e duas medidas, críticas negativas a determinadas pessoas/ situações que, noutras, já são perfeitamente justificáveis.

Opiniões que mudam de um dia para o outro, em que num se defende uma coisa e, no outro, já se defende precisamente  o oposto.

Mas há quem ainda apresente um quadro mais grave, em que são várias ideias, que vão mudando ao sabor do vento, ou da maré, consoante lhes apetece.

Atrevo-me a dizer que as pessoas estão cada vez mais, não bi, mas tri ou quadripolares.

Incoerência no seu melhor! Ou pior...

Os "pica miolos" e as provocações gratuitas

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Não gosto!

Provavelmente, ninguém gostará.

Quem está a ver de fora, até pode achar piada.

Eventualmente, algumas picadinhas ou provocações a terão. Se forem inofensivas. Se não ofenderem ninguém. 

Mas tudo o que é demais cansa. 

E, quando é feito com o propósito de desestabilizar o outro, é feio. É jogo sujo.

 

Há pessoas que são pica miolos", e sabem que o são.  

Que não percebem os limites até onde podem ir. Ou fazem questão de ultrapassá-los.

Sempre me disseram que a melhor forma de os parar, é ignorar, é mostrar indiferença, é não responder, nem dar troco.

Se bem que isso, muitas vezes, só os faz insistir ainda mais. Picar mais. Provocar mais.

Mas também podem perceber que dali não conseguem nada, e desistir.

 

Na prática, pode ser possível manter essa indiferença por algum tempo.

Mas, ou a pessoa se afasta desses pica miolos, ou tem um gigante poder de ouvir e calar, ou chega a um ponto em que acaba por lhe sair uma resposta torta, tal o nível de saturação e desgaste.

Esse é o ponto de partida.

Depois, ou a coisa acalma, ou escala de tal forma que nada de bom daí sairá. 

E, no fim, para quê? 

O que se ganhou com isso?

 

Todos nós lidamos com pica miolos na nossa vida.

E como o Big Brother é o jogo da vida real, também tinha que lá haver um. Ou mais.

Mas há um que se destaca, e não disfarça.

É o seu jogo. É válido. Desde que não ultrapasse os limites.

 

Ontem, assistimos a uma cena muito triste.

Empolada por questões que já vinham de fora. Por provocações mútuas que aconteceram lá dentro. E pela própria produção, que quer ver o circo pegar fogo, e ainda atira achas para a fogueira, para depois fingir que tenta apagar o fogo desencadeado e fora do controlo, quando o podia ter evitado se, em lugar de atirar achas, tivesse usado o extintor quando ainda tinha o controlo.

 

Na minha opinião, estiveram todos mal.

O Nuno pode ser um excelente jogador, estratega, pica miolos e provocador, mas tem que haver limites. E quando se parte para a provocação gratuita assente em ofensas, é só jogo sujo e feio, e deixa de entreter e ter piada. E ele que não me venha dizer que muito do que apelida aos outros, é apenas ao jogador, e não à pessoa.

O Gonçalo não sabe ignorar, que era o melhor que podia ter feito. Reage precisamente como o Nuno espera, e ainda consegue superar as expectativas, porque se passa, e age e diz o que não deve. Perde a razão.

 

Neste momento, o BB Desafio Final é um programa de tensão, que nem dá vontade de ver, e acho que a maioria, público e concorrentes, só querem mesmo que acabe depressa, porque não deixa saudades.

A Cristina, em directo, assim em modo de querer disfarçar, e levar o programa adiante, perante o ambiente que se fez sentir e ficou na casa, vem com aquele discurso de filosofia barata que, naquele momento, ninguém precisa e quer ouvir, com frases como "estão num jogo e cada um pode dizer e fazer o que quiser, e vocês têm que saber gerir", só então acrescentando "dentro dos limites, claro".

Mas eu pergunto-me: em nome das audiências, quais serão esses limites?

 

E o Big não esteve melhor neste quadro.

Ah e tal, na minha casa não vou permitir qualquer tipo de violência, e todos têm obrigação, vendo uma situação destas, de intervir e separar.

Desculpe?

Tanta preocupação com as "conversas impróprias" quando diz respeito à produção e aos segredos da mesma, mas depois deixa toda a gente falar tudo, e tudo é válido, mesmo que isso gera este tipo de situações, o circo a pegar fogo, e ainda são os colegas os responsáveis por gerir os conflitos?!

Que tal o Big intervir na hora?

 

Para mim, teriam sido os dois expulsos, e vinham ajustar contas fora da casa. Só que, depois, perdiam dois concorrentes, deixava de haver polémica, perdiam-se audiências, e lá o programa tinha que acabar mais cedo.

Quando a ideia até é, segundo parece,  prolongar.

Dadas as grandes audiências que está a ter.

À custa do quê. E de quem...