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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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Otite: esta velha conhecida fez-nos uma visita

Vector Illustration Of A Cute Girl Holding Her Ear - Arte vetorial de stock  e mais imagens de Dor de ouvido - iStock 

 

Há já muito tempo que a minha filha não tinha uma otite.

Nem falta fazia.

Ainda assim, agora que as coisas acalmaram relativamente à pandemia, ela decidiu que estava na hora de lhe fazer uma visita, em nome dos velhos tempos.

 

Veio de mansinho, no domingo à tarde, como uma dor de ouvido ligeira.

À noite, mal conseguia comer, com dores.

Fomos imediatamente à urgência.

Otite nos dois ouvidos (que um só era pouco após anos de ausência).

 

Após dois dias, as dores não dão sinais de melhorar.

Nem com paracetamol, nem com ibuprofeno.

Há dores e dores. Nenhuma é boa. Nem vale a pena comparar porque só quem as tem é que sabe o que custa.

Mas ela nunca esteve assim.

 

A febre vai e volta.

Já a surdez, é constante.

Ou berramos, para ela ouvir, ou comunicamos por mensagem escrita.

 

Hoje é o terceiro dia.

Já lá vão 5 comprimidos de antibiótico.

Tem aplicado compressas quentes, para ver se alivia.

E até Trifene tomou, em desespero.

Vamos ver se a dona otite começa a dar algumas tréguas à miúda.

Prevenar 13 gratuita para crianças nascidas a partir de 1 de Janeiro

A vacina Prevenar 13, que previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a meningite, a pneumonia, a otite e a septicemia, vai ser gratuita para as nascidas a partir de 1 de Janeiro deste ano, passando a integrar o Programa Nacional de Vacinação.

Por coincidência passam, assim, a ser 13 as vacinas incluídas no Plano Nacional de Vacinação.

A mesma será, igualmente, gratuita para adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco (portadores do vírus VIH, de certas doenças pulmonares obstrutivas, e cancro do pulmão.
Para os restantes, o custo da vacina Prevenar 13 vai ter comparticipação de 15%, o que já é uma ajuda para quem, até agora, tinha que suportar integralmente um custo total de cerca de 300 euros.

Tinha sido, inicialmente, comunicado que seria apenas gratuita para crianças nascidas a partir de Junho mas, ao que parece, foram reunidas condições para recuar até ao início do ano.

Pretende-se com esta medida, diminuir os casos de doenças provocadas pela bactéria pneumococo, evitar o uso de antibióticos e, em última análise, salvar a vida de muitas crianças que poderiam não ter essa sorte se a vacina fosse paga.

É uma medida de louvar, porque nem todos os pais podem dispender um montante tão elevado numa vacina tão necessária para à prevenção de doenças e protecção dos seus filhos. 

Na altura em que a minha filha nasceu, também eu me vi confrontada com esta realidade da não gratuitidade, e não inclusão da vacina no Plano Nacional de Vacinação. E fiz, pela saúde da minha filha, o esforço de a comprar à minha conta.

Se deveria abranger mais crianças, e não apenas as nascidas em 2015? Sim. Na minha opinião, a saúde é um direito de todos os seres humanos, e é gratuita. Por isso, qualquer vacina que seja indispensável à promoção da saúde, deveria estar incluída no PNV.

Mas esta mudança já é, pelo menos, um bom começo. E quem sabe novas negociações não culminam numa gratuitidade mais abrangente, ou numa mais elevada comparticipação.