A Natureza leva sempre a melhor
Hoje, no caminho para o trabalho, olhei para a estrada.
O alcatrão está cheio de falhas, de rachas, provavelmente provocadas, em parte, pela chuva.
Por entre essas rachas brotam, agora, ervas.
E isto fez-me pensar que, no duelo entre o Homem e a Natureza, por muito que o primeiro acredite, muitas vezes, que está em vantagem, no fim, será a segunda a sair sempre vencedora.
O Homem alcatroa as ruas. A chuva destrói, e a flora volta a manifestar-se.
Tal como nas calçadas, nos ladrilhos, nos muros de pedra.
O Homem desrespeita a Natureza, através de diversas construções, que as intempéries acabam por destruir.
O Homem polui, mas sofre com os efeitos dessa poluição.
O Homem esgota os recursos naturais mas, no fim, é ele que fica a perder sem eles.
O Homem, mais cedo ou mais tarde, parte.
A Natureza, fica... e ainda se rirá da sua petulância, da sua prepotência, da sua ousadia em crer que poderia, de alguma forma, e em algum momento, vencê-la.
Quando já deveria saber que a Natureza leva sempre a melhor.