Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Uma Páscoa trovejada

11785897-adesivo-de-uma-nuvem-de-trovoada-de-desen 

 

Nunca tive nada contra a trovoada, até ter apanhado um valente susto.

Depois disso, prefiro vê-la/ ouvi-la longe.

Mas, desde que me lembro, a trovoada por aqui começava por se ouvir ao longe e, depois, ia-se aproximando, até estar bem perto de nós.

E costumava demorar algum tempo: meia hora, uma hora, às vezes mais.

 

No entanto, como já nada é como era antes, também a trovoada não é diferente.

Por isso, na semana da Páscoa, ela lembrou-se de aparecer de forma abrupta, inesperada, e "a matar"!

A meio da semana, hora de almoço, relâmpago enorme, do qual ainda uma pessoa não se tinha refeito quando, milésimos de segundo depois, soa um trovão que parecia que estava mesmo a rebentar em cima de casa, e os vidros da janela a estilhaçar-se (felizmente ficaram intactos).

Uma chuva forte logo em seguida, e a trovoada doi à vida dela, para outras bandas.

 

Depois disso, sexta, sábado e domingo, de madrugada, novamente a mesma cena.

Acorda uma pessoa assustada, sem preparação, sem pré-aviso, com um trovão enorme a ribombar como se o mundo fosse acabar, seguido de mais um ou dois, mas fracos, chuva, vento forte e, passados 10 minutos, tudo outra vez calmo, como se nem tivesse acontecido.

Não fosse o nosso coração ainda estar acelerado, do susto, e as gatas sem saber onde se enfiar, com medo.

Desafio de Escrita do Triptofano #12

Os arqui-inimigos

thumbnail_Desafio de Escrita do Triptofano.jpg 

 

Ao se deparar com o novo membro da família, o gato Papoilo faz um escândalo!

Gato Papoilo: - Estrunfina! Está um monstro na nossa sala! Está a olhar para mim com um olhar assassino!

Estrunfina: - Não é um monstro, Papoilo! É um peixe. Não me digas que estás com medo dele? Um gatão desse tamanho, com medo de um peixinho?!

Gato Papoilo: Prometes que ele vai ficar sempre ali dentro?

Estrunfina: Claro! É um peixe. Tem que estar dentro do aquário. 

Gato Papoilo: Que vida triste... Anos e anos aí dentro. Não sei o que vocês veem nestes peixes. Não falam. Nem sequer dá para brincar com eles.

Estrunfina: Mas podes brincar com ele!

Gato Papoilo: A sério?! Boa! Posso atirar o aquário ao chão para fazer de bola, e correr atrás dele!

Estrunfina: Papoilo! Estás doido? Se atirares o aquário ao chão, ele parte-se, a água entorna e o peixe morre.

Gato Papoilo: Ora bolas. Isso não. Não quero molhar-me. E ainda espetava algum vidro na minha pata.

Estrunfina: Vais ver que ainda vão ser grandes amigos.

Gato Papoilo: Olha, se somos amigos, posso dar-lhe um abraço, certo? 

Estrunfina: Hum... e como é que vais fazer isso? Acabaste de dizer que não te querias molhar!

Gato Papoilo: Podias tirá-lo só uns segundos, e depois voltavas a pô-lo lá.

Estrunfina: Não pode ser, Papoilo. Já te disse que se o tirar da água, ele morre. E não queremos isso, pois não?

Gato Papoilo (falando entre dentes): Fala por ti, que eu cá não faço questão que ele viva. 

 

Ao fim de alguns minutos, Estrunfina vê Papoilo fazendo gestos estranhos em frente ao aquário.

Estrunfina: O que estás a fazer?

Gato Papoilo: Estou a tentar adivinhar o futuro. 

Estrunfina: Ai sim?! Não me digas que o aquário virou bola de cristal?!

Gato Papoilo: Não acreditas?! Ora escuta: vejo aqui um futuro muito auspicioso para o Boleta.

Estrunfina: A sério?! E mais?

Gato Papoilo: Hum... parece que ele vai viver uma grande aventura, fazer uma viagem inesquecível e estreitar laços com os seus familiares mais chegados.

Estrunfina: E sobre mim, consegues ver alguma coisa?

Gato Papoilo (fazendo mais uns gestos, e uns sons): A bola mostra que vem aí um período mais conturbado, mas depois da tempestade, tudo voltará ao normal.

Estrunfina: Isso é que é pior. Então e tu?

Gato Papoilo: Eu? Ora bem... Parece que vou ter um presente especial nesta Páscoa!

 

E dizendo isto, Papoilo, que já tinha percebido qual a melhor forma de eliminar o seu inimigo, atirou o aquário ao chão, achando que valia a pena arriscar uma molha em troca do petisco, pegou no peixe com a boca e fugiu para debaixo da cama de Estrunfina, saboreando o Boleta, enquanto Estrunfina ralhava com ele e varria os cacos, recriminando-o por tal atitude para com o peixe.

 

Horas mais tarde, Papoilo tentando seduzir Estrunfina com turrinhas, e mostrando-se muito arrependido, para que esta o perdoe...

Gato Papoilo: É que ele estava tão bonito, tão gordinho, era impossível resistir!

Estrunfina: Ah, Papoilo! Tu não tens emenda!

Gato Papoilo: Se quiseres, eu posso compensar-te. Amanhã mesmo trago-te um rato. Ou um pássaro!

Estrunfina (fazendo cara de nojo): Credo, Papoilo. Não é preciso. Vá, esquece lá isso.

Gato Papoilo: Então, e estás a pensar trazer mais algum membro para a família brevemente?

 

 

Texto escrito para o Desafio de Escrita do Triptofano

 

Também participam:

Ana D.

Maria Araújo

Bruno

 

 

 

Páscoa: troquei o coelho pela vaca!

163448726_3737818966333381_5658944274139354854_o.j

 

A tradição já vem de longe.

Toda a genta sabe que Páscoa é sinónimo de ovos e coelhinhos.

E, nesta altura, em que as superfícies comerciais enchem as suas prateleiras com estes produtos, há quem não resista ao velho conhecido Coelho da Páscoa.

Não tenho nada contra os coelhos, mas eu não sigo a tendência.

E, quando me deparei com os vários animais por lá existentes, houve um que me captou logo a atenção, e foi "amor à primeira vista".

Não resisti à Vaca!

 

Até disse ao meu marido que, provavelmente, eu tinha gostado mais da vaca do que iria gostar a minha filha, e que ela iria preferir os chocolates que vinham junto.

Afinal, a minha filha também adorou a vaca, e já a baptizou de Vaca Mumu!

 

Curiosamente, já há uns anos tinha comprado umas mini vacas por altura da Páscoa 

Uma Páscoa diferente!

pascoa12.jpg

 

Existem pessoas que vivem verdadeiramente a Páscoa e a quem, este ano, por certo, lhes irá custar não estar próximas das suas famílias.

Mas também acredito que, para outras tantas, esta será uma Páscoa mais verdadeira, mais honesta, sem hipocrisias, típicas de quem se junta nestas épocas festivas, só porque assim manda a tradição, mas que, depois, pouco ou nada querem saber dos familiares o resto do ano.

Este ano, não haverá cinismo, não haverá fingimento, não haverá fretes em muitas mesas.

Haverá sentimentos reais, amor, verdade, honestidade.

E esses, podem ser partilhados com aqueles que mais amamos, ainda que se encontrem à distância.

 

Uma Santa e Feliz Páscoa para todos!