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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Perder o controlo...

O que é Ilusão e o que é Real.jpg

 

Por vezes, acontece.

Numa questão de segundos.

 

Estamos a nadar e, de repente, ficamos sem pé.

Estamos a segurar o volante mas, repentinamente, a nossa mão larga-o.

Estamos a tentar mantermo-nos acordados mas, subitamente, os olhos fecham.

Estamos a agarrar as rédeas mas, inesperadamente, elas soltam-se.

 

Acreditamos que temos tudo controlado. E até tínhamos.

Mas, do nada, perdemos o controlo.

 

Nesse momento, o pânico invade-nos.

Queremos, rapidamente, recuperar o controlo.

No entanto, com a mesma rapidez com que o queremos recuperar, o mais certo será perdê-lo definitivamente.

Como quem esbraceja para se manter à tona, cansando-se, e acabando por se afogar.

 

Por isso, por vezes, a melhor forma de recuperar o controlo é, primeiramente, manter a calma.

Observar.

E, só então, agir.

De forma precisa, e certeira...

 

 

 

 

 

 

Da minha ida à rádio...

Foto de Marta E André Ferreira.

 

...e dos 5 minutos de pânico que passei!

Quando estamos habituados a algo, ficamos de tal forma com aquela imagem na cabeça, que nem concebemos o cenário diferente.

Nos tempos em que o meu irmão trabalhou nesta rádio, ainda ficava noutro local. Mas há já alguns anos que sabia que tinha mudado para o edifício em frente ao Tribunal. E foi com essa imagem na cabeça que fui para lá.

Era para ir apenas com a minha filha. Depois, o meu marido disse que também ia. No entanto, ele acabou por ficar a dormir. E a minha filha demorou uma eternidade a despachar-se. A entrevista estava marcada para as 11 horas. Eu queria chegar antes, mas foi completamente impossível.

Quando chego, estaco a olhar para o local onde eu achava que era a rádio e...nada de rádio! Nada de edifício, sequer!

O dito edifício já não existe, porque foi onde construíram o novo edifício da Loja do Cidadão, onde em costumo ir quase todos os dias, em serviço.

 

Boa! Estou em cima da hora, e não faço a mínima ideia de onde fica a rádio, nem sequer tenho o contacto deles para ligar!

Lembrei-me de ir aos CTT perguntar, mas estava uma fila enorme. Fui então à Loja do Cidadão, perguntar ao segurança. Quando ele me diz "fica aqui no último piso", foi um alivio!

Como é que vou lá tantas vezes, e nunca tinha percebido?

Chegadas à radio, não vimos ninguém. A Carla, a entrevistadora, estava em estúdio, por isso não podíamos interromper. Por isso, esperámos que ela nos visse.

Entrámos para o estúdio, conversámos um pouco em "Off" antes do directo, que a Carla gravou em vídeo para a página de facebook da rádio e, depois, lá aconteceu a entrevista, como previsto.

Ficámos a conhecer, de certa forma, como funciona uma emissão de rádio. 

Por último, as fotografias da praxe.

 

Para quem quiser ver a entrevista, aqui fica o link: https://www.facebook.com/mafrafm/videos/1380267278709041/

 

Eu e os bichos na Páscoa - mais uma trágica comédia!

Domingo de Páscoa - a minha filha está a passar o dia com o pai, e o meu marido a trabalhar. 

Estou, portanto, sozinha em casa com as bichanas. Ou assim pensava eu.

 

Quando vou fazer a cama, e dou a volta para o meu lado, vejo um bicho no chão.

 

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Entro em modo "pânico - bicho a bordo", e deduzo que uma pantufa não será suficiente para dar cabo daquela coisa. Daí que tenha ido em segundos ao outro lado buscar uma bota, com sola de madeira.

Com um misto de aversão e nojo, mas com a determinação de deixar o bicho bem "morto morrido", dou-lhe com a bota 4 ou 5 vezes, com as gatas a observarem e, provavelmente, a pensar o que raio estou a fazer, ou se terei enlouquecido! 

Pego então no cadáver do dito cujo, e mando para a rua. Não me perguntem o que era, mas tinha mais ou menos o aspecto da imagem acima.

 

Ao final da tarde, vou apanhar a roupa que tinha estendido. Abro a porta da entrada e, no chão, está uma lesma!

Brrr, mas estes bichos lembraram-se todos de me chatear hoje? - penso eu.

Saí para a rua, encostei a porta ao degrau, e consegui esmagar-lhe um pedaço do corpo. Em seguida, ainda fui buscar o mata moscas para verificar o estado da bicha, e mandá-la para o quintal.

 

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Hoje, ainda em recuperação destes assassinatos, vou a sair de casa e quase coloco a mão em cima de uma aranha avermelhada e gorda que estava no cimo do portão. Não fui de modas, levantei o pé (até estou de botas), e dei-lhe com ele, atirando-a ao chão, provavelmente morta.

 

Agora que penso nisso, não me lembrei de verificar se realmente tinha ido desta para melhor. Pelo sim, pelo não, é melhor ir com cuidado para casa, e veronde ponho as mãos! 

 

 

Se os milagres existem, então estarmos vivos é um milagre!

 

 

Quase 11 horas da manhã, estávamos nós a caminho de Tróia para passar o dia na praia. Íamos com calma, na faixa da direita, a entrar na A8.

Vem um camião a aproximar-se de nós, do nosso lado esquerdo. O meu marido até comentou que o camião estava a querer encostar-se a nós. Mas pensámos que ele ia seguir paralelo a nós, cada um na sua faixa de rodagem. Enganámo-nos.

O camião bateu-nos de lado, o meu marido desviou-se o quanto podia (tinhamos o raid ao nosso lado e uma estrada lá em baixo) até bater no raid, virámos para o meio da estrada, demos duas voltas e capotámos.

Assustei-me a valer, claro. Mas não pensei que ia morrer. Só queria era que o carro parasse, e que sofressemos o menos possível.

Quando isso aconteceu, vi o meu marido a tirar o cinto de segurança e sair pela janela partida. Com muita calma, dadas as circunstâncias, fiz o mesmo.

Mas a Inês ficou presa no banco de trás, estava em pânico por nos ver cá fora e ela lá estar, e as portas de trás não abriam. Tentei acalmá-la e comecei a tirar o que estava no carro, para depois ela poder sair pelo mesmo sítio que nós.

Entretanto, um bombeiro que ia de passagem e que parou para ajudar, juntamente com o meu marido, conseguiu tirá-la em segurança pela mala do carro.

Estava traumatizada psicologicamente, mas fisicamente sã e salva, apenas com uma nódoa negra. Eu, fiquei com cortes nas mãos e no joelho, e um braço dorido.

Já o meu marido, ficou com o braço queimado e cortado - queimadura por abrasão - e foi levado para o hospital. Tem que andar com o braço ligado e ter muito cuidado.Ficou também com dores pelos tombos que demos. 

Mas, de uma forma geral, estamos vivos, e sem grandes ferimentos. O carro? Esse não teve salvação.Perda total.

Começámos mal as férias, é verdade. Mas não vamos deixar que isto nos estrague o resto delas. Só nos deu mais força e vontade de aproveitarmos ao máximo cada dia que ainda nos falta.
Não era ainda a nossa hora. Ainda temos muito que fazer cá.

Quanto ao camionista, diz que não nos viu! Ou por distracção, ou porque ia a dormir.
Queremos desde já agradecer a todos os que, de alguma forma, nos ajudaram: desde os automobilistas que pararam para nos prestar apoio moral e testemunhos, ao bombeiro que conseguiu tirar a Inês de dentro do carro, aos tripulantes do INEM, aos médicos e enfermeiros da VMER, aos agentes da GNR de Torres Vedras, pessoal da assistência em viagem e a todos o que estiveram lá e me tenha esquecido de mencionar.
Estamos bem, e é isso que importa. A vida continua!

Sobre a trovoada...

Quando era nova, a minha mãe apanhou um valente susto com a trovoada e, a partir daí, até hoje, cada vez que ela marca presença, fica cheia de medo.

Já eu, sempre andei na rua a trovejar e nunca tive medo! A primeira vez que a trovoada me assustou, foi aí com os meus vinte e poucos anos, quando estava a ir de carro para casa, já de noite, e só via relâmpagos uns atrás dos outros durante todo o caminho. 

Mas há dois anos, por esta altura, o susto foi bem maior!

Estava a sair de casa, de manhã, para vir para o trabalho, e estava a chover e trovejar. Tinha andado meia dúzia de metros, quando de repente ficou tudo branco à minha volta, e quase simultaneamente, um estrondoso trovão pareceu deitar tudo abaixo.

Só me lembro de ter pensado que tinha morrido ali mesmo "Já fui"!

Fiquei em estado de choque! Desatei a chorar no meio da rua. Consegui ligar para o meu marido e ir falando com ele, enquanto caminhava até ao trabalho. Fui acalmando, embora algum tempo depois ainda tremesse!

A partir desse dia, fiquei como a minha mãe. Sempre que tenho que andar na rua com o tempo trovoada, começo a entrar em pânico. Cada relâmpago, cada salto! 

Já para não falar que, depois disso, caíram alguns relâmpagos aqui na zona, em prédios, casas ou edifícios. E, volta e meia, surgem notícias de estragos provocados pela trovoada, pessoas que morrem...

Para mim, trovoada, quero-a bem longe!