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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Eu e os bichos na Páscoa - mais uma trágica comédia!

Domingo de Páscoa - a minha filha está a passar o dia com o pai, e o meu marido a trabalhar. 

Estou, portanto, sozinha em casa com as bichanas. Ou assim pensava eu.

 

Quando vou fazer a cama, e dou a volta para o meu lado, vejo um bicho no chão.

 

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Entro em modo "pânico - bicho a bordo", e deduzo que uma pantufa não será suficiente para dar cabo daquela coisa. Daí que tenha ido em segundos ao outro lado buscar uma bota, com sola de madeira.

Com um misto de aversão e nojo, mas com a determinação de deixar o bicho bem "morto morrido", dou-lhe com a bota 4 ou 5 vezes, com as gatas a observarem e, provavelmente, a pensar o que raio estou a fazer, ou se terei enlouquecido! 

Pego então no cadáver do dito cujo, e mando para a rua. Não me perguntem o que era, mas tinha mais ou menos o aspecto da imagem acima.

 

Ao final da tarde, vou apanhar a roupa que tinha estendido. Abro a porta da entrada e, no chão, está uma lesma!

Brrr, mas estes bichos lembraram-se todos de me chatear hoje? - penso eu.

Saí para a rua, encostei a porta ao degrau, e consegui esmagar-lhe um pedaço do corpo. Em seguida, ainda fui buscar o mata moscas para verificar o estado da bicha, e mandá-la para o quintal.

 

Resultado de imagem para aranha vermelha

Hoje, ainda em recuperação destes assassinatos, vou a sair de casa e quase coloco a mão em cima de uma aranha avermelhada e gorda que estava no cimo do portão. Não fui de modas, levantei o pé (até estou de botas), e dei-lhe com ele, atirando-a ao chão, provavelmente morta.

 

Agora que penso nisso, não me lembrei de verificar se realmente tinha ido desta para melhor. Pelo sim, pelo não, é melhor ir com cuidado para casa, e veronde ponho as mãos! 

 

 

Calçado sem qualidade

 

É o que cada vez mais se encontra por aí.

Ah e tal, isso é porque é feito de material que não presta e é mais barato. Se comprarmos calçado de qualidade superior que, por norma, sai caro, não temos esse problema.

Pode até ser. Mas a verdade é que já comprei calçado mais caro e fiquei mal servida na mesma.

Há muitos anos atrás, comprei umas botas pretas de salto alto, que me duraram até há 3 anos atrás. Foram caras, na altura, mas valeram o dinheiro que dei por elas. Nessa altura, comprei umas botas castanhas em pele (segundo a dona da sapataria) que estavam em saldo, e também nunca tive problemas com elas.

Mas foram as únicas excepções à regra! Tanto para mim, como para a minha filha, chego a comprar por ano aos 4 e cinco pares de botas para o inverno. Ao fim de dois ou três dias, precisam de capas. Ao fim de pouco mais de um mês, já estão descoladas e, à primeira chuvada, deixam entrar água!

E não são assim tão baratas quanto possam pensar. Os sapatos, começam a esgaçar todos. No último verão, comprei umas sandálias de cunha. No primeiro dia, a sola ficou cheia de buracos porque as pedrinhas pequeninas da rua ficaram lá espetadas e agarradas!

E não me venham com desculpas que determinado calçado não foi criado para determinadas condições. Que me digam que um guarda-chuva não foi feito para o vento, ainda compreendo. Mas a função básica de qualquer calçado é proteger os pés e, sinceramente, cada vez mais me convenço que isso anda longe de ser cumprido.

A ser verdade a teoria de que o que é bom é caro (para mim  nem sempre é verdade), quando as nossas carteiras não podem pagar em dinheiro a qualidade, pagam os nossos pés! 

 

Picadas

Em 33 anos de vida nunca tinha visto tal coisa. Aliás, nunca pensei sequer na possibilidade de tal acontecer.

Em pequena, ia muitas vezes com o meu pai fazer piqueniques no campo. Já andei descalça na relva. Ando constantemente na rua. Já fui mesmo picada por uma abelha, mas a reacção mal se notou.

E a minha filha, desde que nasceu até hoje, só teve por inimigas as melgas, que a adoram, mas que ficam sem sorte, porque mãe prevenida vale por duas, e quando chega a Abril, encarrego-me de comprar Dum Dum Eléctrico inteligente. Fora isso, nenhum outro bichinho tinha feito estragos. Até agora!

Tudo começou há uma semana atrás. Chego a casa ao fim da tarde e a minha filha queixava-se com dores na planta do pé. Não tinha nada. Por prevenção, e pensando que talvez o pé estivesse escaldado das botas, lavei e pus um creme. No dia seguinte, à noite, no mesmo pé, tinha umas pintinhas, tipo borbulhas, mas não salientes, e uma espécie de mancha entre o vermelho e o negro. Pensando que fosse uma alergia, pus-lhe uma pomada que eu mesma costumo usar. Quinta-feira, as borbulhas no pé disfarçaram um pouco, mas apareceram no tornozelo as tais pintinhas vermelhas.

Sexta-feira, as pintinhas aumentaram e assemelhavam-se mais a borbulhas. Disse-lhe que, uma vez que ia com o pai, seria melhor dar-lhe o cartão e ir com ele ao médico, mas ela não quis ir. Disse que ia depois comigo.

Sábado à noite, chega a casa e verifico que está na mesma. Por precaução e para ficar mais descansada, levei-a à urgência. Pensei numa alergia, pensei em sarampo ou outra coisa parecida, mas sempre confiante que a médica me iria receitar alguma coisa e mandar para casa. Em vez disso, mandou-nos para a pediatria do hospital de Torres Vedras. E, nesse meio tempo, durante a viagem, em pouco mais de uma hora, as pernas dela pioraram consideravelmente. A pediatra disse-nos que era uma alergia a picada de insecto. Fez análise à urina e um Rx - parece que estava tudo bem. Análise ao sangue não fez, não sei bem porquê. Receitou Benaderma e Atarax, e recomendou que lá voltássemos hoje.

E, de facto, só não fui antes para não a prejudicar na escola. Apesar de já ir na 3ª pomada, as pernas estão piores, os pés negros, vermelhos e inchados, as borbulhas e manchas alastraram para a parte de cima das pernas e até no rabo apareceram. Está feio, com péssimo aspecto mesmo. Até faz impressão olhar para aquilo. E o problema é que lhe provoca dores, e tem dificuldades a andar, já para não falar que, cada vez que lhe ponho a pomada, chora e grita porque lhe arde. Maldita alergia, maldito insecto! Só quero que a médica veja o estado em que ela está e me diga que tudo vai passar rapidamente daqui em diante.

Criança sofre! E mãe de criança sofre com ela!