Assim assim, nem mal nem bem
Conta a minha mãe que, quando eu era pequenina e me perguntavam como ia a vidinha, eu abanava a mão, como que a dizer "assim, assim".
É assim que me tenho sentido por estes dias.
Não está má, não me posso queixar, podia ser bem pior. Há quem esteja bem pior. Haja saúde, trabalho e algum dinheiro, que já nos podemos dar por felizes.
Mas sinto que também não está muito bem, podia estar melhor. Estou naquele meio termo, à espera de não retroceder, mas também sem conseguir ou saber por/ para onde avançar.
Não gosto quando me vejo em situações que, por mais que queira, não posso prever ou controlar. Não gosto de coisas resolvidas pela metade, ou não resolvidas de todo. Não gosto de não saber para onde me dirigir, ou qual o melhor caminho a tomar.
Gosto de saber com o que posso contar, gosto de manter as coisas sob controlo, gosto na normalidade.
É quase como o pó que sabemos que está nos móveis, mas no qual não mexemos para não espalhar. Na terra que está no fundo, e que não mexemos para não turvar a água.
Estou na fase em que a vida agitou o pó e a terra, mas ainda não deixou tudo limpo. Portanto, está tudo um pouco turvo e nublado, não me deixando ver o que o futuro trará.
Enquanto isso, espero que a poeira assente de novo, ou seja removida definitivamente.