Oh senhora, não tem que compreender, só aceitar!
Acabaram de me ligar, a impingir um seguro de saúde.
Início de conversa da praxe, começa logo mal quando não me pergunta se é oportuno ou não falar no momento.
Nunca é! Mas pronto.
Informo a operadora de que estou no meu local de trabalho, e não tenho disponibilidade.
"Ah e tal, mas o que lhe ia dizer é rápido."
Assenti então.
Bla bla bla... seguro... bla bla bla... (confesso que não estava a prestar a mínima atenção à leitura do guião), e eis que o telefone toca.
Interrompo-a, dizendo que não tinha mesmo tempo, que tinha que desligar mas que, de qualquer forma, de momento, não estava interessada.
"Ah e tal, mas este é o momento! Tem que prevenir, em vez de remediar."
Novamente, explico que não tenho interesse.
"Ah e tal, mas não consigo compreender. Já tem algum seguro de saúde, é isso?"
Já a começar a ventilar, respondo-lhe: "Oiça, não tem que compreender. Só tem de aceitar. Se lhe estou a dizer que não estou interessada, não estou interessada. Não tenho que lhe dar justificações."
Escusado será dizer que a despedida, por parte da operadora, foi bem menos simpática do que a saudação!
Eu sei que estão a fazer o trabalho deles mas não há paciência para tamanha insistência e inconveniência.