Aqui estou eu, depois de um fim-de-semana prolongado bem merecido, para vos contar a nossa aventura nas terras do gelo!
Para começar, destaco a simpatia, a simplicidade, e a forma prestável e acolhedora das pessoas com quem tivemos o prazer de conviver!
Fiquei igualmente deslumbrada com as paisagens, com os cenários, com a natureza no seu melhor!
Mas comecemos então pelo princípio - sexta-feira saímos daqui à noite e, para evitar portagens, fomos pelas nacionais, sempre com o amigo GPS (que eu continuo a dizer que é burro e não serve para nada), mas imprescindível para o meu namorado. Chegámos ao hotel, na Guarda, já de madrugada, e foi só pousar as coisas, ligar o ar condicionado no máximo e dormir!
Ontem de manhã, depois do pequeno-almoço, rumámos a Manteigas, para conhecer o Poço do Inferno e os Viveiros das Trutas, que nos tinham indicado como locais a visitar.
Estava um dia lindo - o céu azul a contrastar com os tons verdes e castanhos das árvores e da vegetação. À sombra estava frio, mas quando apanhávamos sol, até estava uma temperatura normal para a época.
Vimos a pequena cascata, com a sua água transparente, e deu vontade de tocar nela. Deixei a mão por uns segundos lá dentro, a senti-la correr, mas depois tive que a retirar, de tão gelada que estava!
Tiradas as primeiras fotografias, e como já estava a fazer-se tarde, fomos então almoçar.
E em seguida, o mais promissor e aguardado passeio - a subida até à Torre da Serra da Estrela, a 1993 m de altitude!
Felizmente o tempo foi nosso amigo e permitiu-nos fazer o percurso sem incidentes, podendo apreciar cada pedacinho da paisagem com que éramos presenteados!
Não me esqueço das três vacas que encontrámos na estrada - uma preta, uma castanha e uma branca! A branca mostrou logo que não era muito dada à fama e aos flashs dos fotógrafos! A castanha, ao contrário, ficou vários minutos parada, em pose para as câmaras! E a preta estava ocupada com outros pensamentos.
Como seria de esperar, neve não havia. Pelo menos aquela neve em flocos, fofinha, que podemos pegar e brincar. Havia sim, neve congelada, lagos congelados, e água transformada em placas de gelo. Algumas, mais resistentes, convidavam à patinagem! Mas outras eram mais fininhas, e estalavam à medida que as pisávamos.
E, apesar de ter visto tanta publicidade às pistas de ski, e recintos para trenós e donuts, proporcionados por neve artificial, não vi nada.
Claro que uma ida à Torre inclui, obviamente, a compra de produtos típicos e recordações!
Quando reparámos, já era praticamente noite, e estava na hora de voltar e esperar o milagre de Natal - encontrar um restaurante aberto para jantar em plena véspera de Natal!
Como seria de esperar, essa missão revelou-se inútil. E entre pagar 45 euros por pessoa no jantar de Natal do Hotel Vanguarda, ou ficar sem jantar, optámos pela terceira hipótese!
Acabámos a petiscar numa loja M24, junto às bombas de gasolina, e a brindar com licor de castanha acabadinho de comprar! Os funcionários brindaram connosco e agradeceram a companhia!
Regressámos então ao hotel, para nos deitarmos cedo, porque hoje tínhamos uma longa viagem pela frente logo de manhã. Desta vez pela auto-estrada, para ser mais rápido, e chegarmos a tempo ao almoço de Natal com a família.
Mas ainda a tempo de ter tirado uma bela foto do nascer do sol, na Guarda!
E de saber pela primeira vez qual é a sensação de estar fechada numa arca frigorífica! É que o carro estava branco, coberto por uma placa de gelo!
Foi, sem dúvida, uma aventura inesquecível!