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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando duas peças parecem não encaixar

(A propósito do Dia Mundial do Puzzle)

Puzzle grande com fotografia

É fácil dizer "se tentarmos, se fizermos um esforço, se nos decidarmos a isso, se realmente for isso que queremos, conseguimos".

Não é bem assim.

Simplesmente, há peças que encaixam, e outras que não.

Tentar encaixar duas peças de um puzzle, que já percebemos que não podem ser encaixadas, é negar o evidente, e ignorar o óbvio.  

Claro que podemos insistir. Forçar. Mas de que adianta? Elas continuarão sem encaixar. Com sorte, ainda acabam por ficar danificadas.

Ou, então, podemos sempre tentar moldá-las para que se ajustem. Tirar um bocadinho daqui. Acrescentar um bocadinho dali.

Mas, para quê? Por pura teimosia?

As peças deixam de ser o que são, perdem uma parte de si, ganham outra que não faz parte de si, só para se encaixarem?

E, ainda que encaixando, será que farão sentido? 

Então, talvez se deva, em vez de insistir em encaixar duas peças que, simplesmente, por mais que se tente, não encaixam, procurar a peça certa.

Porque ela estará algures por aí. Pode é demorar mais tempo a encontrá-la.

 

(Re)encaixar as peças!

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De vez em quando, a vida troca-nos as voltas.

Como um puzzle, em que nos tiram ou trocam as peças, e parece que não conseguimos construí-lo de novo.

Ou como um cubo mágico em que, de repente, alguém movimenta e altera as posições das cores, e achamos que nunca mais vamos conseguir voltar a conjugá-las.

 

No entanto, por vezes, tudo o que temos que fazer é tentar reencaixar as peças.

Podemos não voltar a ter o original, mas podemos conseguir outras construções, outras imagens, outras perspectivas que façam, igualmente, sentido.

 

E, afinal, compreendemos que essa mudança até podia ter um determinado propósito, um pôr à prova a nossa capacidade de dar a volta às coisas em vez de, simplesmente, lamentar o que deixou de existir, como se estivesse perdido para sempre, e nada mais se pudesse fazer. 

Arte com ovos

Nestas peças que aqui vêem, segundo o artista, foram dispendidas muitas horas de trabalho.

E quem dá valor, paga uma pequena fortuna por elas.

 

Esculpir ovos não deve ser,por certo, uma tarefa fácil. 

 

Domingos Amaro, nascido em Moçambique em 1961, é apaixonado pela natureza e pela arte. Estudou Belas Artes mas, ainda assim, considera-se um autodidacta. É para as peças que transpõe, de alma e coração, toda a sua criatividade.

Ao longo dos anos participou em várias exposições, individuais e colectivas, tanto com trabalhos de escultura, como também de pintura.
 
 

 

Foto de Ovarte.

Foto de Ovarte.

Foto de Ovarte.

Foto de Ovarte.

 

Alguém imagina que ovos são estes?!

 

Imagens Ovarte

Para verem todas as obras, espreitem a página do artista: https://www.facebook.com/ninoovarte/

 

À Conversa com o Grupo de Teatro TEMA

 

O Grupo TEMA tem a sua origem na associação Elemento Periférico, fundada a 25 de Novembro de 2014, da qual fazem parte Lourenço Henriques (actor e dramaturgo), Carlos d'Almeida Ribeiro (actor e encenador), Patrícia Adão Marques (actriz), Rui Santos (actor), Sofia Nicholson (actriz), Marta Andrino (actriz), Júlia Belard (actriz), João Pedro Silva (fotógrafo e designer gráfico) e Bernardo Torres Henriques (produtor).

Este grupo foi criado com o objectivo de desenvolver uma companhia profissional de teatro, em Mafra, bem como apresentar regularmente produções teatrais, em Mafra e noutros pontos do país, e ainda oferecer acções de formação, ou iniciação teatral, dirigidas, sobretudo, aos jovens do concelho.

Com as suas produções o Grupo TEMA espera chegar a um público abrangente, através de uma programação diversificada que contempla comédia, drama e teatro para a infância.

O Grupo conta com o apoio de várias entidades do concelho, com destaque para a Câmara Municipal de Mafra, mas os recursos são ainda reduzidos. Vale a enorme vontade com que os seus elementos têm vindo a trabalhar, o que tem permitido que o sonho se materialize, e que o Grupo TEMA continue a criar teatro em, e para, Mafra.

Em Outubro, pudemos assistir à peça “Antes e Depois”, com texto e encenação de Lourenço Henriques, e actuações de Rui Luís Brás e Sofia Nicholson.

 

Logo em seguida, o primeiro espectáculo de teatro para a infância - Escola de Heróis.

O Grupo TEMA, aqui representado por Lourenço Henriques, é o convidado desta semana da rubrica “À Conversa com…”, a quem desde já agradeço por ter aceitado este convite.

 

 

 

TEMA é a junção de Teatro e Mafra. Porquê a escolha de Mafra para desenvolver uma companhia profissional de teatro?

Não nasci em Mafra, mas cresci em Mafra. É o sítio do mundo a que posso, com maior propriedade, chamar “a minha terra”.

 

Como é que nasceu este projecto?

De um sonho, como nascem todos os projectos. Passei o sonho para uma apresentação criteriosa e pedi para falar com o Presidente da Câmara, o Eng. Hélder Sousa Silva. Ele recebeu-me e abraçou o projecto de imediato. Direi que se eu sou o pai do Grupo TEMA, o sr. Presidente e a sra. Vereadora Célia Fernandes são a mãe.

 

O Grupo TEMA conta já com um leque de actores conhecidos. Para além destes, o grupo pretende formar novos actores para fazerem parte das peças que vierem a produzir?

Formar actores de raíz para o mercado de trabalho é uma tarefa que não cabe às companhias de teatro desempenhar. As companhias podem contribuir para a formação dos actores, mas não formam actores, no sentido escolástico da formação. O que temos feito é abrir a porta a actores que residam na região e que queiram juntar-se a nós. Não podemos prometer trabalho a toda a gente, mas já trabalhámos com alguns actores de cá. É verdade que levamos a cabo acções de formação, mas não nos arrogamos na ideia de que podemos ser uma escola. Damos às pessoas um vislumbre do que é esta coisa de representar. É diferente de formar actores.

 

Onde é que o Grupo TEMA está sediado? Onde decorrem os ensaios, a formação?

O espaço de trabalho da companhia é no antigo Jardim de Infância do Sobreiro, espaço que nos foi gentilmente cedido pela Câmara Municipal de Mafra.

 

Que tipo de oferta formativa têm neste momento?

Temos uma Oficina de Teatro, com aulas continuadas, onde temos alunos com idades compreendidas entre os 12 e os quase 50 anos. Qualquer pessoa pode experimentar a qualquer momento. Para além disso fazemos um workshop intensivo para a população juvenil no início das férias grandes. No Verão de 2015 tivemos 17 alunos. Não podemos ir além desse número. Não cabem no nosso espaço e não podemos, com honestidade, albergar mais gente. No próximo Verão vamos repetir a iniciativa, com algumas diferenças relativamente ao ano passado. Esperamos atingir o mesmo número de participantes.

 

As vossas peças têm tido uma boa aderência por parte do público? Qual tem sido o feedback que têm recebido?

O feedback, em termos qualitativos, tem sido muito bom. As pessoas querem ver e querem ver mais. Em termos quantitativos, queremos crescer em 2016, mas 2015 já foi bom. Ultrapassámos os 3000 espectadores, mais concretamente chegámos aos 3203 espectadores. No nosso segundo espectáculo, Antes/Depois, esgotámos quase todas as sessões. Foi muito positivo.

 

Que ajuda mais precisam para poder dar continuidade a este projecto e levá-lo cada vez mais longe?

Toda a ajuda é bem-vinda. Em 2016 faço votos de que mais privados (empresas) se disponibilizem para nos apoiar. Os apoios não se resumem a dinheiro, embora seja impossível produzir sem dinheiro. Seria importante podermos adquirir algum equipamento, nomeadamente de luz. Gostava que houvesse disponibilidade por parte do tecido empresarial e de outras entidades locais, além da Câmara, para nos ajudar nesse objectivo.

 

Depois do sucesso de “Antes e Depois” e de “Escola de Heróis”, têm algumas peças agendadas para 2016?

Temos, claro. O nosso objectivo é apresentar três produções anuais, duas para o público em geral e uma para o público infantil. 2016 não será diferente, a menos que algum evento imprevisto nos impeça de o conseguir.

 

Muito obrigada, Lourenço!