Sobre o Festival da Canção - A final
Estava na expectativa para ver o Festival da Canção, até ao momento em que a Catarina e a Sílvia dizem que o voto do público só iria contar 50%, e que os restantes 50% seriam atribuídos por jurados em vários pontos do país.
A partir daí, percebi que nunca iria vencer a minha preferida, nem tão pouco uma das menos más. O programa já estava feito para isso não acontecer. Os responsáveis não iriam deixar os portugueses escolherem uma música, e tinham que encontrar uma forma de travar o poder do público. Conseguiram!
Nem me dei ao trabalho de ficar acordada até à uma da manhã, a assistir a um espetáculo dois em um, que para além da escolha da música representante de Portugal, ainda serviu para celebrar os 60 anos da estação.
Vi os resultados hoje.
Antes disso, já a minha filha me tinha perguntado um palpite, e respondi-lhe que talvez tivesse vencido o Salvador Sobral. Acertei.
No entanto, quis perceber qual tinha sido a votação do público. Embora não tenham dado a pontuação máxima à minha favorita, e que pensei mesmo que seria a mais votada do público, continuo a achar mais justa a votação do público, do que a dos jurados.
Está escolhida a música e não há nada a fazer. Agora é esperar que "Amar Pelos Dois" se transforme num "Amar por Todos", e consiga conquistar o maior número de votos, para ficarmos bem classificados. E quem sabe os restantes países não achem piada à forma singular como o Salvador interpreta a música.
Até porque uma coisa é certa: para uma música que não é festivaleira, já tem lugar garantido em Kiev! E provou a todos os que diziam que esta música até era bonita, mas não para um festival, que afinal até vai à Eurovisão!
Na minha opinião, continuo a preferir a música do Pedro Gonçalves ou até mesmo os Viva la Diva.