O Espião Americano
Para vos falar deste livro, tenho primeiro que enquadrá-lo, uma vez que já tinha aqui levantado a ponta do véu sobre o seu antecessor "Crime na Universidade" e sobre o seu sucessor "O Caso Michael Cross".
No primeiro livro da colecção, Edward White tentou descobrir o assassino que andava a matar estudantes na universidade, tendo sido esta a sua missão após ser promovido a chefe da secção de homicídios, enquanto agente do FBI. Foi também neste livro que iniciou a sua história romântica com a jornalista Cameron.
Em "O Caso Michael Cross", temos uma busca atribulada pelo homem que, anteriormente, esteve envolvido num ataque terrorista a Portugal, e às mãos de quem a vida de Cameron esteve em perigo. Tudo porque Cross está empenhado em acabar com a vida de todos os agentes que boicotaram a chamada "Operação Lisboa".
Mas, de onde é que surgiu Michael Cross, e em que consistia, afinal, essa operação em solo português?
Tudo começa com a morte de Julia, uma operacional ao serviço da CIA que trabalhava sob disfarce na Embaixada dos Estados Unidos em Portugal, em Monsanto. Julia caiu numa emboscada preparada pelo seu informador Samir e por aqueles que, usando como chantagem a segurança da família deste, o obrigaram a marcar este encontro fatal.
Usando como desculpa o facto de Edward White falar e escrever fluentemente português para entregar a investigação sobre este crime ao FBI, e não à CIA, Edward parte então para Portugal, não sabendo ainda o que realmente o esperava.
É que a morte da agente Júlia vai levá-lo até Samir, e deste ao resgate da sua família na Síria, onde acaba por descobrir um mapa de Lisboa, com dois locais assinalados a vermelho: a Assembleia da República, e o Palácio de Belém.
Portugal está prestes a ser alvo de um ataque terrorista, do qual só se conhecem os locais onde será levado a cabo, mas sem qualquer data a que se agarrar. Porquê Portugal? Porque após o 11 de setembro, alguns dos países mais poderosos se reuniram, precisamente, nos Açores, tendo colocado Portugal na lista dos países a serem "castigados", por albergar os infiéis.
Para descobrir mais informações, Edward vale-se da sua namorada, jornalista de profissão e com contactos com colegas que estão em terreno inimigo. O que ele não esperava era que Cameron, ao caminhar em areias movediças, poderia lá ficar enterrada.
As novas descobertas levaram-nos a Peter Gates e ao seu braço direito, Michael Cross. Mas levaram, também, estes até Cameron, que acabou por ser levada para a mansão do milionário, onde viria a viver o seu pior pesadelo, tanto com Cross, como com Ruta, uma assassina profissional.
Enquanto isso, e culpando-se pelo sequestro da sua namorada que poderia perder a vida às mãos daquela gente, Edward teve que preparar, juntamente com a sua equipa e com a colaboração de agentes dos serviços britânicos, toda uma operação para resgatar Cameron do forte que era a mansão de Peter Gates, descobrir a data do possível atentado e evitar que uma grande tragédia acontecesse no nosso país.
Como é que tudo isso foi feito, terão que descobrir quando lerem o livro!
Como referi há pouco tempo, o "Crime na Universidade" tem uma boa história, e é o primeiro da colecção sendo, por isso mesmo, especial. Em "O Espião Americano" temos algo de diferente. Quase que a história poderia ter iniciado só aqui, não fossem as personagens principais as mesmas do anterior. É uma espécie de trampolim para o terceiro livro da colecção, esse sim, a "cereja no topo do bolo"!