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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Família

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Família...
Família, é união.
É o nosso pilar. A nossa base, e porto seguro.
É estarmos lá uns para os outros.
É estarmos presentes, ainda que ausentes.
É agarrarmos a mão e puxarmo-nos, uns aos outros, e uns pelos outros, quando mais precisamos.
É partilhar alegrias, amparar as tristezas, viver, juntos, momentos simples mas que ficam para sempre.
Família não é dinheiro. Não são prendas. Não são interesses, nem segundas intenções.
Família é amor. É dádiva. É darmo-nos, e entregarmo-nos, de coração.
Família é algo que até se pode ver por fora, mas que apenas se sente por dentro.
E eu...
Eu sinto que tenho a melhor família que poderia desejar e que, enquanto nos tivermos, uns aos outros, encontraremos sempre uma forma de estarmos/ ficarmos bem!

Quando tudo assenta no mesmo pilar

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Qualquer estrutura, para se manter firme e intacta, precisa de assentar sobre pilares, que vão suportando e distribuindo, entre si, o esforço, de forma a manter o equilíbrio.

Dessa forma, não há nenhum que fique sobrecarregado. Todos se apoiam. Todos se entreajudam.

E, ainda que, em determinados momentos, um deles tenha que fazer um esforço extra, para compensar outro, que esteja em dificuldades, logo tudo se recompõe. E, ao longo do tempo, vão-se revezando nessa missão.

 

As construções mais antigas, talvez assentes sobre pilares mais firmes, tendem a aguentar-se e manter-se de pé por muito tempo. Já as mais modernas, nem tanto. Estas últimas são mais vulneráveis às intempéries. Por vezes, basta um abanão mais forte, e são derrubadas.

 

Ainda assim, seja qual for o tipo de construção, quando o peso tende a recair sempre para o mesmo lado, sobre o mesmo pilar, o que acontece é que, enquanto os outros estão intactos e como novos, aquele sobre o qual tudo recai, começa a acusar cansaço, a evidenciar pequenas mazelas que vão aumentando com o tempo, a torna-se mais susceptível a quebrar.

A sua capacidade para aguentar todo o peso vai diminuindo. A força de outrora vai falhando.

E chega o momento em que já não suporta mais, e deixa tudo cair sobre si.

Esse pilar levará tempo a recuperar, a ser restaurado. Muitas vezes, fica inutilizado para sempre.

Mas convém não esquecer que, apesar de todos os restantes pilares estarem na sua melhor forma, podem sofrer o impacto dessa queda, e ficar danificados também. Talvez não com tanta gravidade. Mas, ainda assim, danificados.

E escusado será dizer que toda a estrutura que desabou, dificilmente voltará a ser reconstruída nos mesmos moldes.

 

Se é daquelas construções que pouca diferença faz, se ficam de pé, ou se se deitam abaixo para fazer outras, mais modernas e vantajosas, pouco importará.

Mas se são construções que até poderiam ser duradouras, é de lamentar que se deixe chegar a esse ponto, muitas vezes sem retorno.

 

Já alguma vez se sentiram esse pilar que carrega todo o peso em cima?

Confiar, sim! Mas em quem?

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Todos sabemos que a confiança é a base de tudo. Um dos pilares que sustenta a nossa vida, as nossas relações, que torna possível e mais fácil a nossa convivência em sociedade.

Se nos tiram esse pilar, perdemos o equilíbrio, não temos onde nos apoiar e ficamos sem rumo, desnorteados, sem saber como construir um novo pilar e recuperar a base que nos sustenta.

Por isso, é importante confiar, sim! Mas em quem?

Como vamos confiar na nossa justiça, se a nossa justiça defende e solta criminosos, e acusa e prende inocentes?

Como vamos confiar no nosso governo e nos nossos políticos, se aqueles que criam as leis, os impostos e as obrigações, são os primeiros a não cumpri-las, a fugir, a fazer-se de desentendidos ou desconhecedores, a não serem punidos por isso?

Como vamos confiar na nossa polícia quando, muitas vezes, são os próprios polícias os criminosos? Como vamos confiar nos inspectores para desvendarem crimes quando são eles próprios cabecilhas de esquemas de rapto, extorsão e sabe-se lá mais o quê?

Como vamos confiar nas entidades patronais se "quando o barco afunda" são os primeiros a saltar fora e a nos deixar entregues aos tubarões?

Como confiar nos bancos e naqueles que os gerem, se até os bancos mais seguros caem, e as pessoas correm o risco de ficar sem o seu dinheiro?

Como acreditar na seriedade das pessoas, se cada vez mais percebemos que muitas delas são corruptas?

Como vamos confiar nos amigos se, à primeira oportunidade, nos atraiçoam?

E poderia dar muitos mais exemplos.

Há quem diga que não podemos julgar o todo pela parte. É verdade. Mas não me venham dizer essas transgressões, em que apenas uma minoria envolvida em polémica, não afectam a credibilidade da restante parte.

É certo que não podemos viver eternamente com desconfiança. Mas parece-me que é assim que a maioria de nós, portugueses (e provavelmente por esse mundo fora também), nos sentimos actualmente. Sem confiança naqueles que deveriam tê-la, e fazer por merecê-la. Porque já um dia confiámos, e pagámos bem caro por isso.

Será um trabalho árduo para todos recuperar essa confiança perdida, acabar com a "desesperança" que parece ter vindo para ficar. Neste momento, as pessoas quase só confiam em si próprias, e mesmo assim...