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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Fazer pela vida

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Quando vejo jovens adolescentes de 15/ 16 anos já com planos bem definidos do que querem para a vida, o que vão estudar, o que querem fazer, para onde querem ir (ainda que possam não vir a concretizar, pelos mais diversos motivos), custa-me, depois, ver outros jovens, com 19/ 20 anos, que parece que pararam no tempo.

Que não estudam. Que não trabalham. Que vivem às custas dos pais/ avós.

Que ficam à espera que (nem sei bem do quê) a sorte lhes bata à porta.

 

Uma coisa é tentar, e não conseguir.

É procurar, e não lhes ser dada uma oportunidade.

É esforçar-se, ainda que o resultado não seja o esperado.

Outra, é ficar a ver a vida a passar, sem tomar qualquer iniciativa.

Faz-me confusão que jovens, nestas idades, não queiram ganhar o seu dinheiro, nem que seja para gastar com eles próprios. Que não queiram essa independência financeira, sobretudo quando não há ninguém na família com grande suporte nesse sentido.

 

Não gostam de estudar? Paciência. Se não conseguem pela via normal, vão pela alternativa. O 12º ano é cada vez mais indispensável para se arranjar trabalho.

Querem um determinado trabalho mas neste momento não dá. Aceitem outro, temporariamente.

Mas vão à luta.

Não se fiquem pelo pensamento, sentadinhos no sofá, à espera que a comida, a roupa, o dinheiro e o emprego de sonho apareçam miraculosamente.

Agora é que é o momento.

De fazer pela vida, porque a vida não se faz por ninguém.

1 Foto, 1 Texto #10

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Um dia, sentaram-se ali, os dois...

 

A olhar para o horizonte

A fazer planos

A idealizar sonhos

 

Apaixonados, acreditavam no amor

Imaginavam o seu lar

A família que iriam construir

 

Tinham a vida inteira pela frente

O mundo à sua espera

Promessas que iriam cumprir

 

 

Um dia, sentaram-se ali, os dois...

 

Recordaram as conquistas e as vitórias

Agradeceram os desafios, que os fortaleceram

Lamentaram as perdas, e os momentos tristes

 

 

Um dia, sentou-se ali, só...

 

Sem ter com quem partilhar aquele momento

O aperto no peito

A saudade no coração

As lágrimas no rosto

 

 

E, um dia, ninguém se sentou...

Tudo se desvaneceu

Tudo findou

A vida perdeu-se

 

Só o miradouro ficou...

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto

Não vale tudo por jogo... ou será que vale?

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Em qualquer jogo, como na vida, existem regras.

E, ainda que essas não sejam infringidas, há que saber estar.

 

Um jogo é um jogo e, como tal, sendo o objectivo ganhá-lo, cada um usa a estratégia que melhor lhe servir, para chegar à vitória.

Essa estratégia poderá ser individual, a pares, ou em grupo, ainda que só um acabe por sair vencedor.

Também na vida, usamos as ferramentas que estão ao nosso alcance, e ajudamos, ou somos ajudados, a conquistar os nossos objectivos.

Em ambos se elaboram planos, se tentam alcançar metas.

Em ambos  - jogo e vida real - temos, por vezes, meio mundo contra nós. Temos obstáculos. Temos barreiras.

Em ambos nos sentimos mais fortes, em determinados momentos, e vamos abaixo, noutros.

Mas em nenhum deles deveria haver agressões, seja elas físicas ou verbais, desrespeito, atitudes infantis e vingativas. 

Em nenhum deles deveria haver uma vitória, "espezinhado" os outros.

 

Quando se trata de reality shows, nomeadamente, o Big Brother, há sempre várias hipóteses: ou a pessoa está em personagem, ou encara o jogo como aquilo que é, um jogo, e vai delineando a sua estratégia que poderá passar por alternar entre si próprio e personagem, ou não, ou a pessoa assume, como muitos concorrentes fazem, que são eles próprios, e que mostram aquilo que são.

A julgar por esta actual edição, e se aquelas pessoas estão a mostrar aquilo que são, estão a mostrar que vale tudo por jogo.

Que o jogo está acima das "amizades", das relações, dos sentimentos.

Que o jogo está acima da imagem que possam passar cá para fora, e que as prejudica mais do que ajuda.

Que vale insultar, massacrar, humilhar, armar-se, viver em clima de constante guerra, desrespeitar, por dinheiro

E que vale, ao mesmo tempo, por vingança, acabar com o prémio pelo qual estão a lutar, deixando de fazer sentido continuar lá a fazer o que quer que seja.

 

Quando as pessoas começam a ficar perdidas, sem rumo, sem argumentos, sem nada que justifique as suas acções, então, se calhar, é melhor para para pensar no que está a fazer.

Ainda é ela própria? Ainda está em personagem?

Onde acaba uma, e começa a outra?

 

O que não se percebe, também, é aqueles concorrentes que se afirmam genuínos e, depois, a cada gesto irreflectido que fazem, que depois traz consequências, mostrarem-se arrependidos, e afirmar que não são aquela pessoa, que não são assim. Então, em que ficamos? São, ou não são? Ou é conforme convém?

Gosto de jogo limpo. Jogo sujo, nem tanto. 

 

E depois, há aqueles que apelam para que as pessoas que os criticam tenham alguma consciência do que dizem, e do que acusam, porque por vezes fazem críticas de mau gosto e acusações graves.

Pois eu diria para os mesmos, e para quem os defende, que essa consciência deve começar por quem tem as acções.

E que parece não medir, pesar, perceber o impacto e as repercussões que as mesmas podem ter, para si, e para quem os rodeia.

Será que compensa queimarmo-nos, por jogo e dinheiro?

 

Existe algum fio condutor na nossa vida?

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"Há algum fio condutor na nossa vida ou ela é um emaranhado de acontecimentos sem sentido e sem relação entre si?"

 

A minha filha anda a dar religião, na disciplina de filosofia e, às tantas, leu algures no manual esta questão, perguntando a minha opinião. 

A primeira imagem que me veio à mente, ao ler a questão, foi a do algodão doce: também ele tem um "fio condutor" - a vareta - mas, ao mesmo tempo, o que o caracteriza é o "emaranhado de fios de açúcar", que se vão juntando uns aos outros e formando o conteúdo.

 

Acredito que existe um fio condutor, que nos guia, a partir do momento em que nascemos, e até morrermos.

Esse fio condutor pode traduzir-se na sociedade em que estamos inseridos, através das regras, conduta, deveres e direitos, responsabilidades. Sem elas, cada um faria o que lhe desse na real gana, e viveríamos numa espécie de anarquia.

Traduz-se na família, nos valores que nos transmitem, no seu apoio e orientação, no seu suporte e alicerce.

Traduz-se nos planos que traçamos, nos objectivos que nos propomos concretizar, nas metas que ambicionamos alcançar.

De alguma forma, consciente ou inconscientemente, há algo a que estamos "presos", ligados, e que nos mantém no trilho que aparentemente escolhemos, ou nos foi destinado.

 

No entanto, isso não significa que, a esse fio condutor, não se possam ir juntando acontecimentos, experiências, vivências, que nos acrescentam enquanto seres humanos.

Ainda que alguns façam sentido, e outros nem tanto.

Ainda que alguns tenham relação entre si, e outros, nenhuma.

Mal de nós se nos limitássemos a seguir o fio condutor da nossa vida, sem absorver mais nada. Sem complementar, sem viver o inesperado, sem ser surpreendido.

Somos eternos seres em construção, e haverá sempre espaço para mais, ainda que não estejamos a contar com isso, ou não o tenhamos previsto.

 

E, da mesma forma que, quanto mais fios se forem juntando à vareta, maior o algodão doce, também quanto mais acrescentarmos à nossa vida, mais rica ela se tornará. E melhor nos saberá vivê-la!

Até mesmo nas dificuldades e momentos menos bons, que dispensaríamos de bom grado.

 

 

 

O melhor momento para viver é o "agora"

O desafio de viver no presente – Matrika

 

Quando somos novos, depositamos todos os nossos pensamentos e planos no futuro.

O que há-de vir. 

Quando terminarmos os estudos. Quando entrarmos no mundo laboral. Quando formarmos família. Quando tivermos a nossa casa. E tantas outras coisas que idealizamos para o nosso futuro.

Por vezes, estamos tão focados nesse futuro, e tão ansiosos para que chegue depressa e saia tudo como planeámos, que nem aproveitamos o tempo que estamos a viver naquele momento.

Estamos lá fisicamente mas, mentalmente, já estamos mais à frente. Demasiado à frente.

 

Por outro lado, quanto mais os anos vão passando por nós, mais nos focamos nas memórias do que já vivemos. Nas recordações de tempos passados, de quando tínhamos isto, ou fazíamos aquilo.

De forma totalmente inversa, viramo-nos para o passado, esquecendo que, por muito que já tenhamos vivido, enquanto cá estivermos, não chegámos à meta, há sempre algo mais à nossa frente. 

 

O único momento em que não pensamos muito no que já passou, e nem queremos saber do que está por vir, encontra-se a meio do nosso percurso de vida.

Porque ainda não estamos na fase saudosista, de quem pensa que já não tem muito mais para aproveitar, nem na fase de ainda planearmos o futuro, que já percebemos que nem sempre corre como o imaginámos, e mais vale deixar as coisas acontecerem, sem grandes expectativas.

Por isso mesmo, para quem está nesse patamar de vida, o melhor momento para viver, é o "agora"!