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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Incêndios em Portugal: todos os anos a história se repete

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Eu não sei se quem de direito não está com atenção às "aulas".

Se não estuda a lição diária. 

Se não se prepara para os testes.

 

O que eu sei é que, quando chega a hora da verdade, a nota é sempre negativa.

Mesmo que a teoria esteja toda correcta, chega a prática, e é o falhanço total.

Se calhar, fazia falta um estágio, para treinar a aplicação dos conhecimentos.

 

Portugal é um país que aposta em remediar, em vez de prevenir.

Não é que não queiram.

É que as medidas de prevenção, apesar das boas intenções, não são para todos. E quem mais as deveria cumprir, pouco caso faz delas, ignorando-as, como se, simplesmente, estivessem isentos de tal.

Por outro lado, são duvidosas. E não são, sem dúvida,  suficientes.

 

Portugal é um país sem meios.

Dependente da coragem dos bombeiros para combater os incêndios sem condições mínimas, e enfrentar os perigos para salvar os outros, ainda que eles próprios não se salvem. 

Dependente da população que, perante a inércia de quem deveria agir, põe mãos à obra, com o que tem ao dispôr, mas nem sempre com sucesso.

 

Dizem que a História serve para compreendermos o passado, e nos prepararmos melhor para o futuro.

Ora, Portugal tem uma longa história de incêndios.

De tragédias que não se conseguiram evitar, e que ainda hoje se lamentam.

Mas continua a não estar preparado.

Ano após ano, a história torna a repetir-se.

 

São as pessoas que ficam sem casas, e perdem tudo o que têm. Em casos extremos, a própria vida.

São os animais que correm perigo, e alguns acabam mesmo por morrer.

São hectares e hectares de mato que ardem, e reduzem tudo a um manto negro.

 

Este fim de semana, Portugal voltou a estar em chamas.

Um dos incêndios foi aqui no concelho de Mafra.

Li, depois, que os dois aviões Canadair que estavam a combater o fogo em Mafra abandonaram as operações por não poderem abastecer na base do Montijo, e apenas em Castelo Branco.

Sem comentários...

 

Isto de se morar num país, à beira mar plantado, com imensos campos, serras, e árvores de todas as espécies é muito bonito.

É qualidade de vida. É oxigénio. 

 

Mas é, igualmente, um perigo.

Sobretudo, em tempo de seca, em pleno verão.

À volta de onde moro, para além da famosa Tapada Nacional de Mafra, vítima de vários incêndios ao longo dos anos, há todo um espaço de campo, e terrenos que, neste momento, estão completamente secos. 

E, como aqui, acredito que, um pouco por todo o país, a situação seja semelhante.

 

Já nem se coloca a questão se é fogo posto, negligência ou efeito natural.

Por mais que se tente evitar, e sejam aplicadas medidas (o que pouco ou nada acontece), o que importa é que haverá sempre algum incêndio inesperado.

E, se a prevenção falha, ao menos que o remedeio funcione bem.

 

Mas, também aí, tudo falha. 

Há descoordenação, ausência de meios.

Há serviços que não funcionam quando mais se precisa deles.

Muitas vezes, há um orgulho que impede de pedir ou aceitar ajuda externa.

Há um sacrificar de vidas desnecessário, e evitável.

 

E continuará a haver.

Tudo isso, e muito mais. 

Enquanto se preferir andar a exibir diplomas obtidos pela teoria certeira, em vez de se arregaçar as mangas e mostrar real eficiência, na prática.

 

 

 

 

Mafra está a distribuir kits de máscaras por toda a população

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Aqui no concelho, o Presidente da Câmara distribuiu por toda a população, kits com 8 máscaras (1 kit por família/ casa).

Depois das imensas dúvidas, de como seria, caso o uso da máscara fosse obrigatória - se teríamos de comprar, se seriam distribuídas nos espaços públicos e transportes, ou como teríamos acesso a elas, sobretudo tendo em conta o preço, e a escassez das mesmas, eis que surge esta excelente iniciativa da Câmara Municipal de Mafra, que é de louvar.

Durante o dia de ontem, foram colocados os kits nas respectivas caixas de correio.

 

Dizem que estas máscaras, agora distribuídas, deverão ser suficientes para 2 meses.

Ora, na nossa casa, somos pelo menos dois a sair, pelo que, ainda que só se vá às compras uma vez por semana, há sempre outras situações em que poderemos ser obrigados a usá-la.

Assim, duvido que 8 máscaras sejam suficientes para os dois meses que seria suposto durarem.

Mas é uma grande ajuda e, agora, caberá a cada um, fazê-las render.

 

A TDT em Portugal

 

Já muito foi escrito e dito sobre a TDT - Televisão Digital Terrestre – que também poderia ser “televisão de todos” mas que, na verdade, é só para alguns.

Porquê?

Porque, no ano do “apagão” definitivo do sinal analógico, continua a haver muita falta de informação. Locais onde não existe qualquer sinal e, como tal, não é possível as pessoas continuarem a ver televisão como até agora. E porque é uma mudança, para muitos, dispendiosa, que a todos nós foi imposta sem direito a consulta ou opinião.

Até aqui, com o sinal analógico, tínhamos 4 canais gratuitos. Agora, temos que pagar para podermos ter acesso a esses mesmos canais.

Quem é que sai beneficiado? Diria que a maior fatia do bolo vai, sem dúvida, para as operadoras e empresas.

Seja pela venda de aparelhos descodificadores, e outros possíveis acessórios no caso de televisões mais antigas, ou pelo recurso à televisão por cabo, também ela paga.

Claro que, para disfarçar e nos fazerem acreditar que são generosos com a população, aumentaram a comparticipação na aquisição das caixas descodificadoras que, para os utilizadores mais carenciados, é de 50%.

Quais são as nossas vantagens? Melhor som e imagem – para quem não se situar nas zonas críticas, porque aí ficam, simplesmente, “às escuras”, guia de programação e informação sobre os programas em emissão, possibilidade de gravar e reproduzir filmes, fotografias, vídeos – são algumas das frases de campanha que se podem ver.

Será que isso justifica o pagamento do serviço? Talvez não seja suficiente. Talvez com a oferta de mais canais, a receptividade fosse maior, e a indignação diminuísse.

Assim, fica a sensação que uns têm ideias aparentemente “brilhantes”, outros decidem pô-las em prática como mais lhes convém, e a população é que paga!