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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Porque nos boicotamos a nós próprios?

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Como já tenho dito várias vezes, o ser humano é um "bicho" complicado.

Não é, pois, de admirar, que dessa complicação faça parte uma, provavelmente, irracional ou inconsciente tentativa de boicote a si próprio, e à sua felicidade.

A verdade é que toda a gente almeja estar de bem com a vida, sentir-se bem e feliz mas, quando isso acontece, irreflectidamente, as pessoas têm uma tendência a, por si mesmas, estragar esses momentos.

 

Como se tivessem necessidade de deixar de estar bem.

Talvez porque acreditem que não são merecedoras. 

Ou, talvez, porque não sabem viver assim...

Porque estão mais habituadas a momentos de tensão e, como tal, estranham a calmaria.

 

Outras vezes, porque tudo o que sabem que lhes faz bem, leva tempo.

Dá trabalho.

E fá-las sair da zona de conforto. 

Enfrentar mudanças.

Contornar receios.

Abrir portas ao desconhecido.

 

Então, mesmo sabendo que pode valer a pena, preferem boicotar-se.

Ficar com aquilo a que já estão habituados.

Que já conhecem, e do qual sabem o que esperar. 

Porque até podem, em teoria, saber tudo o que precisam de fazer.

Mas daí a pôr em prática, parece haver sempre um travão invisível que leva a melhor.

De nada vale a capacidade de alguém, contra a sua natureza

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De nada vale a capacidade de alguém, em fazer algo se, depois, na prática, simplesmente não o faz.

Não por não ter capacidadade para tal, assim o queira.

Mas porque, no seu dia a dia, é algo que lhe passa ao lado.

Algo de menor importância.

E que, facilmente, cai no esquecimento.

 

Porque, no fundo, de nada adianta mostrar uma capacidade para algo, se não é da própria natureza da pessoa fazê-lo naturalmente.

E se é forçado, ou com o objectivo de provar algo a alguém, não vale a pena.

É apenas uma ilusão.

Que depressa será desmascarada.

Incêndios em Portugal: todos os anos a história se repete

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Eu não sei se quem de direito não está com atenção às "aulas".

Se não estuda a lição diária. 

Se não se prepara para os testes.

 

O que eu sei é que, quando chega a hora da verdade, a nota é sempre negativa.

Mesmo que a teoria esteja toda correcta, chega a prática, e é o falhanço total.

Se calhar, fazia falta um estágio, para treinar a aplicação dos conhecimentos.

 

Portugal é um país que aposta em remediar, em vez de prevenir.

Não é que não queiram.

É que as medidas de prevenção, apesar das boas intenções, não são para todos. E quem mais as deveria cumprir, pouco caso faz delas, ignorando-as, como se, simplesmente, estivessem isentos de tal.

Por outro lado, são duvidosas. E não são, sem dúvida,  suficientes.

 

Portugal é um país sem meios.

Dependente da coragem dos bombeiros para combater os incêndios sem condições mínimas, e enfrentar os perigos para salvar os outros, ainda que eles próprios não se salvem. 

Dependente da população que, perante a inércia de quem deveria agir, põe mãos à obra, com o que tem ao dispôr, mas nem sempre com sucesso.

 

Dizem que a História serve para compreendermos o passado, e nos prepararmos melhor para o futuro.

Ora, Portugal tem uma longa história de incêndios.

De tragédias que não se conseguiram evitar, e que ainda hoje se lamentam.

Mas continua a não estar preparado.

Ano após ano, a história torna a repetir-se.

 

São as pessoas que ficam sem casas, e perdem tudo o que têm. Em casos extremos, a própria vida.

São os animais que correm perigo, e alguns acabam mesmo por morrer.

São hectares e hectares de mato que ardem, e reduzem tudo a um manto negro.

 

Este fim de semana, Portugal voltou a estar em chamas.

Um dos incêndios foi aqui no concelho de Mafra.

Li, depois, que os dois aviões Canadair que estavam a combater o fogo em Mafra abandonaram as operações por não poderem abastecer na base do Montijo, e apenas em Castelo Branco.

Sem comentários...

 

Isto de se morar num país, à beira mar plantado, com imensos campos, serras, e árvores de todas as espécies é muito bonito.

É qualidade de vida. É oxigénio. 

 

Mas é, igualmente, um perigo.

Sobretudo, em tempo de seca, em pleno verão.

À volta de onde moro, para além da famosa Tapada Nacional de Mafra, vítima de vários incêndios ao longo dos anos, há todo um espaço de campo, e terrenos que, neste momento, estão completamente secos. 

E, como aqui, acredito que, um pouco por todo o país, a situação seja semelhante.

 

Já nem se coloca a questão se é fogo posto, negligência ou efeito natural.

Por mais que se tente evitar, e sejam aplicadas medidas (o que pouco ou nada acontece), o que importa é que haverá sempre algum incêndio inesperado.

E, se a prevenção falha, ao menos que o remedeio funcione bem.

 

Mas, também aí, tudo falha. 

Há descoordenação, ausência de meios.

Há serviços que não funcionam quando mais se precisa deles.

Muitas vezes, há um orgulho que impede de pedir ou aceitar ajuda externa.

Há um sacrificar de vidas desnecessário, e evitável.

 

E continuará a haver.

Tudo isso, e muito mais. 

Enquanto se preferir andar a exibir diplomas obtidos pela teoria certeira, em vez de se arregaçar as mangas e mostrar real eficiência, na prática.

 

 

 

 

Há dias que nos inspiram!

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Há dias que nos inspiram.

Inspiram a mudar. 

A fazer.

A tomar a iniciativa.

A querer mais, e melhor.

Há dias em que nos sentimos cheios de energia, e vontade, e entusiasmo.

Há dias em que achamos que podemos tudo!

 

E, depois, há outros, que nos bloqueiam, deitando tudo isso pelo cano abaixo.

 

Há dias em que me decido a fazer uma limpeza geral à casa.

Em mudar as cortinas.

Em substituir o que está estragado.

Em tirar aquilo que não faz falta.

Em dar um destino a tanta roupa e brinquedos que lá tenho desde que a minha filha era pequena.

Em ver se dou um rumo ao meu futuro livro, encalhado há mais de 3 anos por falta de ideias (ou por ideias a mais que não sei bem como conjugar).

A fazer uma mudança.

Porque mudança gera mudança.

E, quem sabe, não leva a outras mudanças.

 

Depois, porque nada disto chegou a ser posto em prática no momento, vêm dias em que perco esse entusiasmo, trocando-o pelo comodismo, pela preguiça, pelo apego.

Olho para as coisas que ía despachar, e percebo que não as quero despachar, voltando a pô-las no mesmo sítio.

Olho para a despesa que vou ter, e penso que pode esperar, ficar para depois, quando der mais jeito financeiramente.

Começo a recear a mudança, e a acreditar que é melhor ficar tudo como está. Porque até não está mal.

Falta a paciência, e a imaginação.

Falta garra, e energia.

E, em vez de "pegar o touro pelos cornos" e pôr mãos à obra, acabo sentada num sofá, a fazer tudo menos aquilo que pretendia, adiando indefinidamente as acções.

Esperando por outros dias, que me voltem a inspirar, e me levem para lá dos pensamentos e ideias, que nunca se chegam a concretizar.

 

Por vezes, é preciso pôr em prática a arte de saber ignorar

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Ignorar aqueles que gostam de provocar, para ver como reagimos 

Ignorar aqueles que gostam de "incendiar" e revolucionar só porque sim

Ignorar conversas sem sentido, que não levam a lado nenhum 

Ignorar aqueles que têm uma necessidade constante de querer atenção para si

Ignorar comparações sem fundamento

Ignorar falsos moralistas, donos da razão, egocentristas

 

Há tantas pessoas, situações, coisas que fazemos tão melhor em ignorar, no nosso dia a dia, que a lista não teria fim.

Nem sempre conseguimos fazê-lo. Há dias, em que a paciência falha. Ou no-la esgotam.

Mas, sempre que possível, é uma arte a aprimorar, e pôr em prática na nossa vida!