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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Pela praia

(1 Foto, 1 Texto #88)

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Abriu a época balnear.

Não que isso tenha alguma importância. Afinal, as pessoas vão à praia quando querem.

Seja verão ou inverno, esteja frio ou calor.

Haja um bocadinho de sol, e é vê-las deitadas ao sol, ou a dar uns mergulhos na água gelada.

 

Mas, como eu dizia, abriu a época balnear. Oficialmente, vá.

Já se vêem as bandeiras: a azul, que todos os anos lhe é atribuída e, naquele dia, a amarela.

A praia estava bem composta.

No mar, vários surfistas, nem se percebe bem a fazer o quê, porque passaram o tempo deitados nas pranchas, sem apanhar qualquer onda digna de exibição.

 

Na areia, as delimitações das zonas vigiadas pelos nadadores salvadores - menos de metade de todo o areal.

Pergunto-me o que acontecerá a quem ouse tentar afogar-se uns metros ao lado.

E os toldos e barracas, para quem gosta de se proteger, e dizer que tem ali uma "casa alugada na praia"!

 

Ao longo do caminho, vemos as esplanadas cheias.

Pessoas a almoçar. Ou a lanchar.

A petiscar, ou a tomar um cafezinho.

Pessoas a refrescar-se, e a pôr a conversa em dia, com vista privilegiada para o mar.

 

Junto a uma das casinhas do pessoal dos toldos, três homens conversam, como se estivessem em casa.

Estão ali a ganhar o deles.

Umas horinhas bem compensadas, enquanto trabalham para o bronze, apenas de calções e chinelinho.

E lavam as vistas, apreciando as garinas que por ali passam. 

Até que a sede leva a melhor, e fazem uma pausa, para a cervejinha!

 

Depois há quem, como eu, apenas ande por ali a passear.

O vento desagradável, que se fazia sentir, não demoveu ninguém.

Por enquanto, ainda se sente o cheiro a maresia.

Até ser substituído pelo do protector solar, nos próximos tempos.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

Saudades

(1 Foto, 1 Texto #84)

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Saudades do cheiro a maresia

Saudades de sentir a areia nos pés

Saudades de poder deitar-me ao sol

Saudades de um bom mergulho

Saudades de jogar raquetes

Saudades de um bom dia de verão

Saudades de fazer praia como antigamente

sem receios, sem horários específicos, sem mil cuidados, sem o tempo limitado...

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

Quando o céu se torna mar...

(1 Foto, 1 Texto #56)

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... e as nuvens se transformam em ondas.

 

Ondas que, por vezes, vêm para limpar tudo o que está a mais. 

Invadindo a areia, para levar todo o lixo que nela existe, deixando-a imaculada e purificada.

Habitando o céu, por momentos, para logo se recolherem, e o deixarem azul.

 

E que, outras vezes, trazem consigo tudo aquilo que não queríamos. 

Carregando para a praia aquilo que não pertence ao mar, e deixando lá, sem olhar para trás.

Da mesma forma que as nuvens enchem o céu, carregando-o e tornando-o sombrio e assustador.

 

Mas, uma vez ou outra, é nessas idas e vindas das ondas, e das nuvens, que somos surpreendidos. 

Seja por algo inesperado que "deu à costa", ou que, sem imaginarmos, surgiu no céu, e nos alegrou o dia.

Mostrando que, quase sempre, a natureza sabe o que faz, e cuida de nós. 

 

Ainda que nem sempre cuidemos dela...

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

Da falta de civismo - parte 1

(ou como espantar as pessoas da praia)

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Estávamos deitados os dois na praia, e vemos um casal a preparar-se para ir embora.

Digo ao meu marido que, quando sairem, chegamo-nos mais para cima para ficarmos mais abrigados no muro.

Para nosso azar, um senhor aí nos seus 60's veio mais depressa, com o seu chapéu de sol, ocupar aquele espaço.

Paciência.

 

Ainda assim, havia um outro espaço livre junto ao muro, e passámos para lá.

Uns minutos depois, vejo um homem de pé, ao lado das nossas coisas, encostado ao muro. 

Perguntei-me se seria uma nova moda de apanhar banhos de sol e bronzear.

 

Entretanto, chega mais um outro homem, salta para o lado da praia, e traz mais duas crianças.

Encostam-se ali todos ao muro.

O tal senhor mais velho, ao ver que o seu espaço estava a ser "invadido", pegou nas suas coisas e foi procurar outro espaço mais vazio.

Mal o fez, o pai das crianças aproveitou para estender as toalhas naquele espaço.

 

Passados mais uns minutos, começam a fumar ali.

E lá nos espantaram a nós também, que não queríamos estar a levar com o fumo e o cheiro.