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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

À Conversa com: We Find You

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We Find You é um projeto teve início em 2015, em Braga, com David Dias e Miguel Faria.

Depois de terem lançado os singles "To Be With You" e "London", os We Find You apresentaram, este ano, o tema "Lembra-me", com a participação de Bárbara Tinoco.

Fiquem a conhecer melhor a banda bracarense, e o seu trabalho, nesta entrevista que a mesma concedeu a este cantinho, e a quem desde já agradeço pela disponibilidade.

 

 

 

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Para quem não vos conhece, quem são os We Find You, e o que vos levou a juntar-se neste projeto?

Ora bem, os We Find You são uma banda da zona de Braga composta pelo David Dias (vocalista) e pelo Miguel Faria (guitarrista). Começamos a falar por facebook em 2015, e eventualmente avançamos para ensaios de alguns covers. Depois em 2016, iniciamos o lançamento dos nossos primeiros temas originais no Youtube, em versões acústicas.

 

Porquê a escolha deste nome para a banda?

O nome We Find You, que a tradução mais direta seria, nós encontramos-te, vem de um grande desejo de levar a música ao público. De partilharmos a música ao vivo, e contarmos a nossas histórias, de viagens, desamores, esperança. Inclusive, esta vontade já nos levou a criar iniciativas muito bonitas como o Garden Sessions, onde criamos eventos secretos para um número limitado de pessoas em que íamos tocar em jardins da casa de amigos/ouvintes.

 

Quais são as vossas principais influências, a nível musical?

Apesar de termos gostos diferentes no que toca a música, temos algumas referências em comum. Enumerando algumas delas: Radiohead, Coldplay, Ásgeir, Matt Corby e Patrick Watson.

 

 

 

 

 

Após "To Be With You" e "London" os We Find You surpreendem, este ano,  com um tema em português, "Lembra-me". Cantar na nossa língua foi uma decisão pensada, ou algo espontâneo?

Um pouco dos dois. A ideia de escrevermos um tema em português já tinha surgido há algum tempo, mas nunca teríamos imaginado lança-la como um single. Acho que Portugal está a passar um momento muito interessante de consumo em massa de música em português. O que é maravilhoso! E apesar de nos apresentarmos como uma banda de temas em inglês, não podíamos deixar passar esta oportunidade.

 

O single conta com a participação de Bárbara Tinoco. Como surgiu esta colaboração?

Inicialmente este tema não era um dueto, mas depois de algum amadurecimento da ideia chegamos à conclusão que deveria ser cantado com a ajuda de uma voz feminina. E após um jantar de Natal da nossa atual agência (Primeira Linha) conhecemos a Bárbara pessoalmente, e começamos a nossa amizade que eventualmente levou a esta parceria.

 

Ao longo de 2019, foram várias as cidades onde atuaram e mostraram a vossa música. Como tem sido essa experiência?

Tem sido muito gratificante, como já falamos em relação ao nosso nome, o objetivo sempre foi ir conhecer o público. Achamos que é uma das metas que queriamos alcançar, e é sempre com um sentimento de dever cumprido que temos pisado esses palcos, de norte a sul.

 

We Find You foi a banda escolhida para fazer, em Dezembro, tanto em Lisboa, como no Porto, a primeira parte dos concertos de Raul Midón. Quais são as vossas expectativas para esse momento?

Ficamos muito felizes ao receber essa notícia. Especialmente o Miguel que já era um grande fã do trabalho dele!

Aguardamos ansiosamente o momento de abrir o seu concerto, e quiçá conhecê-lo pessoalmente!

 

Para quando o primeiro álbum de originais da banda?

Um álbum ainda não, mas já temos um Ep em vista para 2020. E de resto só temos a dizer, NO COMMENT.

 

 

 

 

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Como se descreveriam através das seguintes palavras:

Rotina - Trabalho! Ensaios, aulas ou concertos, estamos sempre ocupados!

Palavras - São muito importantes para nós, porque é através delas, nas nossas letras, que chegamos às pessoas. E as nossas palavras, costumam ser de alento, de amor, de esperança, tentamos sempre passar uma mensagem positiva.

Cidade - Braga!

Inspiração - Inspiramo-nos em tudo o que nos rodeia, seja uma pessoa, uma história, algo que vemos num determinado momento...

Despertar - todos os dias temos de o fazer, porque há pessoas que nos "seguem" e querem saber de nós, portanto temos de despertar com ideias novas para as redes sociais, em ideias novas para os concertos, em música nova, em letras novas, como chegar a mais pessoas, e obviamente despertar para o nosso objetivo final que é ser uma referência na música.

Ritmo - É o que tentamos por em cada tema nosso, é o que torna tudo mais interessante e dinâmico. Inclusive, usamos nos nossos concertos, uma stomp box, para criar ambientes diferentes nos temas, porque como só somos dois, sentimos essa necessidade de tentar fazer com que as pessoas, possam sentir os temas de outra forma, até podem dançar.

Palco - é a nossa "casa" onde nós nos sentimos bem, é o resultado final do nosso trabalho. Já pisamos bastantes palcos dos quais nos orgulhamos, mas esperamos poder pisar em muitos mais e que são um objetivo para nós

Interação - Nos nossos concertos adoramos (e precisamos) que haja interação com quem nos está a ver, é muito importante sentir que as pessoas estão lá CONNOSCO e não só a ver-nos, são parte fundamental do concerto.

Partilha - É o que nos move quando tocamos, porque partilhamos as nossas letras, as nossas melodias, e tentamos passar da melhor forma a mensagem a quem nos ouve. E ficamos muito contentes por sentir que o público partilha, muitas vezes, dos mesmos sentimentos e ideias que nós.

Realidade - Temos os pés bem assentes na terra, e sabemos como é complicado viver da música e para a música, mas também somos conscientes das nossas capacidades e do que queremos transmitir às pessoas com as nossas canções.

 

De que forma é que o público vos poderá acompanhar?

Nós estamos presentes em várias plataformas digitais: Facebook, Instagram, Spotify, e Youtube. É só pesquisarem o nosso nome, We Find You.

 

 

Muito obrigada!

 

 

 

Nota: Esta entrevista teve o apoio de Primeira Linha - Music Booking Agency, que estabeleceu a ponte entre a banda convidada e este cantinho, e facultou as imagens.

À Conversa com Diana Martinez & The Crib

Foto de Diana Martinez & The Crib.

 

Diana Martinez tem mostrado como se faz com os hits That’s Just How We Do It, Reverie e Put Your Love In Me (feat. The Black Mamba).

Agora, anuncia o álbum de estreia e as primeiras datas de apresentação ao vivo.

"How We Do It",  uma edição da Primeira Linha com o apoio da Sony Music Entertainment, chegou às lojas a 10 de março, dia em que foi apresentado ao vivo, em Braga.

A este concerto seguem-se outros: no dia 30, no Cineteatro Alba em Albergaria-a-Velha, e logo depois na Casa da Música, no Porto, a 6 de abril, e no C.C. Olga Cadaval, em Sintra, no dia 16 de junho.

Para nos falar um pouco mais sobre este projecto e o primeiro álbum, tenho hoje à conversa a Diana Martinez, a quem desde já agradeço pela disponibilidade!

Aqui fica a entrevista:

 

 

 

 

 

Quem é Diana Martinez & The Crib?

A Diana Martínez é uma vocalista e compositora que nasceu com a música nos genes.

Apaixonada pelo R&B e as grandes canções pop, faz-se acompanhar neste primeiro projeto de originais de uma Crew experiente e talentosa. The Crib é essa equipa, mas também o mote, a filosofia que move o projeto: o nascimento da Diana como artista.

 

 

Como tem sido o teu percurso musical, desde o berço, que culminou com a formação Diana Martinez & The Crib, e deu origem a este primeiro trabalho?

Digamos que nasci com destino marcado para a música, mas o caminho foi-se fazendo pela estrada nacional e não pela autoestrada.

Quero dizer com isto que experimentei muito antes de saber que queria fazer o que estou a fazer agora; passei pelo Conservatório, pelas bandas de garagem, depois pelo Jazz, trabalhei como vocalista de apoio e até considerei deixar a música para segundo plano.

Finalmente com o João André algo encaixou, encontrámos a fórmula para juntar as qualidades dos dois em torno a um objetivo comum. A partir daí (2013, 2014) o meu percurso tem sido consistente e mais célere.

 

 

Quais são as tuas principais referências a nível musical?

Faço questão de mencionar em primeiro lugar os meus pais: eles, também músicos e talentosíssimos, mostraram-me este mundo incrível.

Nunca me censuraram discos, artistas, estilos... cresci a ouvir tudo e aprendi a trazer coisas diferentes para casa também.

Especificamente absorvi muito da cultura pop anglo-saxónica: as divas Mariah e Whitney, os grandes George Michael e Prince; mas ouvi muito hardrock e heavy metal dos anos 89/90, bem como MPB e jazz fusão, e música clássica.

Na adolescência descobri que era o R&B e o HipHop que me movia; então sem dúvida Alicia Keys, Justin Timberlake, Pharrell Williams, Beyoncé. E depois Jill Scott, Erykah Badu, D'Angelo...

 

 

 

Diana Martinez & The Crib

O álbum “How We Do It” chegou no dia 10 às lojas. Como foi todo o trabalho de produção?

Foi praticamente um "Admirável Mundo Novo" para mim.

Eu já tinha trabalhado em estúdio para outros artistas e projetos, mas nunca para o meu próprio. A diferença é que sou eu agora quem segura as rédeas, quem toma as decisões, e isso foi uma adaptação que exigiu muito de mim.

Os momentos mais fixes são ver as canções a tornarem-se maiores do que eu. Os mais desafiantes foram reconhecer as minhas fraquezas, ter que dar o braço a torcer e tentar ver coisas que eu simplesmente não via.

Mas tive o privilégio de estar sempre, sempre com o meu produtor, João André, um veterano e um artista or seu próprio mérito há muitos anos.

 

 

Como definirias o estilo musical presente neste primeiro álbum?

Este é um álbum assumidamente R&B. Tem influências de muitas fases do R&B, desde as harmonias mais 90s, até ao spokenword e a sonoridade super eletrónica que o caracteriza atualmente.

 

 

Todos os temas do álbum são em inglês?

Sim. É a minha primeira língua musical! Sei que pode parecer estranho para muitas pessoas, mas de certeza que para outras faz todo o sentido. A minha geração cresceu a saber inglês quase por instinto, tal foi a injeção cultural que levámos. Por isso é o que faz mais sentido para este disco de estreia.

 

 

Que mensagem pretendes transmitir através das músicas que compõem este álbum?

Nunca idealizei nenhuma mensagem grandiosa enquanto compunha as canções que estão no disco...

Mas há pequenas e variadas mensagens um pouco por todo o disco; mensagens de ousadia e liberdade de expressão, mensagens que remetem para a esfera familiar, que traduzem algumas dores que passei ao crescer, mensagens que relembram de curtir a vida, de nos apaixonarmos loucamente por pessoas e por causas. Porque são estas as mensagens que eu própria recebo do mundo.

 

 

Que feedback tens recebido por parte do público?

Creio estar a ser muito bem recebida, tendo em conta que canto em inglês e que sou mesmo uma artista "nova na praça", como se costuma dizer. Sinto um carinho tremendo, uma curiosidade genuína do público e uma vontade de absorver a música que lhes damos. Parece-me que as pessoas respeitam imenso o facto de eu cantar ao vivo tal como está na gravação, sem playback. Isso vale logo o seu voto de confiança.

 

 

 

Foto de Diana Martinez & The Crib.

 

Dia 10 começou também a apresentação do álbum ao vivo, havendo já vários outros concertos agendados. Quais são as tuas expectativas relativamente a estes concertos?

Naturalmente espero ter muito público! Gosto muito da ideia de fazer alguns concertos mais intimistas, pois permite-me mais tempo com o público e mais proximidade. Como eu canto em inglês, gosto de vez em quando de contextualizar os ouvintes em relação ao que vão ouvir.

 

 

O disco conta com colaborações de André Tentúgal e Pedro Tatanka, entre outros. Como foi trabalhar com estes artistas?

O André tem-me acompanhado desde o início, realizou o meu primeiro vídeo, para a That's Just How We Do It, e é dele a maior parte das fotos oficiais de Diana Martinez & The Crib e que figuram no disco.

Quando o conheci, senti-me intimidada porque ele é uma tripla ameaça, um criativo gigante, com um gosto impecável.

Hoje tenho-lhe um carinho enorme, a We Are The Ones aproximou-nos muito, não só como artistas, mas como indivíduos que até podem vir de mundos diferentes, mas tem muitos pontos essenciais em comum.Curiosamente, vivemos na mesma rua!

Do Tatanka eu era fã há muitos anos, bem antes de conhecer o pessoal da minha agência, a Primeira Linha, que acabou por adotar também The Black Mamba e o Pedro.

Para mim ele é o melhor vocalista português que eu já ouvi; ouvi-lo, vê-lo atuar é tomar uma dose fortíssima da melhor droga do mundo.

Cantar com ele foi uma grande lição e um grande privilégio para mim, e sinto-me a mais sortuda por poder construir esta carreira com a ajuda dele.

 

 

Se pudesses escolher um artista/ banda português(esa) para dividir o palco contigo, quem seria?

Bom... A escolha mais lógica para mim seria Orelha Negra, porque quando eles apareceram eu fiquei aliviada por haver músicos aqui com a mesma paixão pela música urbana que eu. Seria um sonho dar voz aos sons deles. Também gosto muito do trabalho dos Karetus.

 

 

E se te fosse dada oportunidade de partilhar o palco com um artista internacional, sobre quem recairia a tua escolha?

Mmm, difícil! Por um lado acho que iria querer que fosse uma partiha irreverente, o que implica talvez excluir as minhas maiores influências sob o risco de não trazer nada de novo... Por outro, dava tudo para partilhar o palco com um Robert Glasper, um Mark Ronson ou um Bruno Mars.

 

 

Que objetivos gostarias de ver realizados ao longo de 2017?

Quero muito que este disco e os próximos singles ressoem nas pessoas. Eu tenho imenso orgulho nos The Crib e na nossa música, mas só faz sentido perseguir este sonho se houver um propósito exterior a mim e a nós. Estou ansiosa por percorrer o nosso país, conhecer novas cidades, adotar mais público, conhecer mais músicos e artistas. Num um futuro menos imediato gostava de compor um hino.

 

Muito obrigada, Diana!

 

 

Deixo-vos aqui um dos temas da Diana, para que possam conhecer um pouco mais a sua música:

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da Agência PRIMEIRA LINHA (João Fernandes), que estabeleceu a ponte entre a artista e este cantinho, e a quem desde já agradeço.