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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

BB Famosos: a estreia!

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Sobre o BB Famosos, e os seus concorrentes que, de famosos, pouco têm:
 
Bruno de Carvalho - deu-me tanto sono que ia adormecendo a ouvi-lo falar
 
Marta Gil - veio com tanta pica que mais parecia a Ana Barbosa no primeiro dia, e já me estava a dar vontade de a mandar calar
 
Kasha - o mais porreiro até aqui, parecia que já vinha meio "ganzado", mas é na boa - peace & love
 
Mário Jardel - há ali qualquer coisa que não bate, e ele que pare lá com a história do respeito
 
Laura Galvão - o drama (já faltava), mais uma vez a fazer lembrar a Ana Barbosa (até nas expressões faciais)
 
Leandro - e a Cristina que não convidasse (e privilegiasse) um dos seus afilhados
 
Liliana - parecia uma "Cleópatra" que não percebi bem se ia de mau humor ou apenas tímida
 
Jaciara e Catarina - desconhecia-as, e não me suscitaram qualquer interesse
 
Hugo Tabaco - é caso para dizer que os fumadores já não precisam de gastar dinheiro do prémio em tabaco - já o têm na casa (suspeito que não pr muito tempo)
 
Jay Oliver - para mim, mais um ilustre desconhecido, que parte em desvantagem (ou talvez não) por ainda não ter entrado na casa
 
Jorge Guerreiro - para já, pareceu-me um bom concorrente
 
Nuno Homem de Sá - dispensa apresentações, até porque já é repetente, e a imagem que temos dele não abona a seu favor
 
Viu-se, claramente, que foram dados, propositadamente (ainda que disfarçados) privilégios a determinados concorrentes. Nada a que não estejamos já habituados!
 
Fiquei surpreendida pela mudança de patrocínio dos produtos alimentares e afins, que agora passou a ser do Intermarché.
 
Quanto à Cristina, enquanto apresentadora, esteve bem, mas preferi as duplas anteriores.
 
É caso para dizer que o melhor foi mesmo os comentários da Pipoca, que agora ganhou uma companhia masculina. É justo, já que muitas vezes ela parecia estar ali tão solitária, apenas a adornar o sofá, sem lhe darem a palavra e a deixarem fazer o seu trabalho.
 
Resumindo, para já, não tenho intenções de perder tempo com esta edição.
 
 
 

Imagem: atelevisao

 

Mão-de-obra barata

 

A crise instala-se. A taxa de desemprego aumenta significativamente. Milhares de pessoas perdem os seus empregos e são obrigados a ir para casa, sem grandes expectativas de encontrar outros empregos que lhes garantam o sustento. As famílias desesperam. Há contas para pagar todos os meses, filhos para alimentar e, sem dinheiro (principalmente se ambos os membros do casal estiverem desempregados), a situação começa a ficar insustentável.

E se, há uns tempos atrás, muitas pessoas recusavam determinados trabalhos porque não seriam bem remunerados, se muitos patrões optavam por colocar ao seu serviço mão-de-obra mais barata que aceitava trabalhar por menos dinheiro, se muitos desempregados não aceitavam empregos propostos porque o ordenado era inferior ao subsídio de desemprego, agora as coisas mudaram!

Quem ainda tem trabalho, é ser privilegiado! Mesmo que lhe reduzam o tempo de descanso, mesmo que trabalhe horas extra a custo zero, mesmo que o salário sofra reduções, mesmo que deixe de receber subsídios, ainda assim é um privilegiado! Afinal, tem trabalho, coisa rara nos dias de hoje. É assim que pensam os governantes, os empresários, os milionários...É assim que querem que nós pensemos.

Por isso mesmo, quem ainda tem trabalho, vai-se conformando com actos de discriminação e, muitas vezes, com ilegalidades. Para manter os seus empregos, os trabalhadores evitam cada vez mais reclamar os seus direitos como se, em época de crise, estes tivessem ficado temporariamente congelados.

A crise está a servir de pretexto para o despedimento de mulheres grávidas e mães recentes. Poucas são as que reclamam. Se as leis mudaram? Não. As leis são exactamente as mesmas. O problema é que a situação financeira do país alterou.

Por outro lado, tantas medidas, leis, cortes e mais desemprego estão a fazer com que as pessoas, em desespero, aceitem o que lhes aparecer pela frente. Eu chamo a isso sobrevivência, e não privilégio. Se é preferível as pessoas trabalharem por menos dinheiro, ao invés de irem para o desemprego? Talvez. Mas o tempo da escravidão já lá vai há muito tempo. 

E, ao contrário do que afirma o Sr. Belmiro de Azevedo, que é a favor de uma economia baseada em trabalho de custo reduzido e vê nisso uma vantagem para Portugal, é sabido que os trabalhadores produzem mais quando estão satisfeitos, quando se vêem recompensados, quando sabem que quanto mais produzirem, mais ajudam o seu país.

Uma economia baseada em mão-de-obra cada vez mais barata, baseada num tal esforço que se torna difícil ou mesmo impossível de suportar e que, regra geral, só contribui para encher os bolsos de meia dúzia de exploradores que se aproveitam da situação, não é uma boa política.

Daqui a pouco somos pouco mais que os israelitas, no tempo do Faraó, obrigados a trabalhar sob chicote. A diferença é que não vislumbramos nenhum Moisés para nos libertar!