O convidado que vos trago hoje é cantor, professor de história e ginasta!
E terá sido assim, com alguma ginástica para se desdobrar entre as aulas, os ensaios e as galas, que conseguiu fazer um pouco de história na sua vida e chegar à semifinal do The Voice Portugal, mostrando não só o cantor, como a pessoa que é.
Deixo-vos com a entrevista ao Sérgio Alves!
Para quem não te conhece, quem é o Sérgio?
O Sérgio é um rapaz lutador, “workaholic” assumido, (ainda assim) muito presente perante os seus amigos e família, positivo, empreendedor, criativo e benevolente com o próximo.
A música entrou na tua vida muito cedo. Em que momento é que te apercebeste da tua paixão pela música?
A minha paixão pela música começou muito cedo, a ver os diversos Festivais da Canção e a imitar as músicas. Uma das canções vencedoras marcou-me, a “Lusitana Paixão” da Dulce Pontes. Estava sempre a cantar esta música e os meus pais conseguiram que conhecesse a Dulce e que cantasse para ela. Nesse momento, perante o conselho da Dulce para que continuasse a cantar, os meus pais tiveram a certeza que a música seria parte da minha vida.
E a ginástica acrobática, como é que surgiu na tua vida?
Também muito cedo comecei a praticar ginástica, em primeira instância trampolins, depois tumbling e, por fim, acrobática. Praticando, até aos dias de hoje, ginástica mista, que junta estas três modalidades da ginástica.
És professor de História e de História de Arte no colégio S. Peters School em Palmela. Consideras que a História é uma disciplina que ainda conquista muitos alunos, ou só um grupo muito específico mostra interesse?
É uma disciplina que se adora ou se odeia, e é das disciplinas que mais depende da postura de um professor. Para se passar o gosto pela História há que colocar os alunos a viver essa História, ou seja, ainda que seja no passado, tentar transmitir que tudo o que é passado tem repercussão no presente, e trará perspetivas válidas para o futuro.
Para além do ensino, a que outras atividades te dedicas atualmente?
Além do ensino sou cantor. Fazendo alguns espetáculos ao nível empresarial e em eventos. Com o ensino, a ginástica, os amigos e a família, não me resta muito mais tempo, mas a música nunca deixa de existir na minha vida.
O que te levou a concorrer ao The Voice Portugal?
Concorri ao The Voice Portugal porque há 7 anos que não fazia nada na música com visibilidade ao nível nacional. E com 30 anos decidi que era tempo de tentar relançar a minha carreira a solo, mostrar efetivamente do que sou capaz de fazer na música.
Algo que os mentores têm mencionado, é a tua evolução ao longo das várias etapas do programa. Também notas essa evolução?
Penso que tenho evoluído ao longo do programa porque na minha prova cega estava extramente nervoso, pois estava a colocar muita coisa em risco, tanto a minha carreira musical como a minha carreira académica, ou seja, não queria fazer má figura e queria virar alguma cadeira.
Acabou por somente virar a Áurea, e o facto de ser um concorrente que somente tinha virado uma cadeira tornava-me mais fraco em relação aos outros. Aliás, na equipa da Áurea, era dos poucos que somente tinha virado uma cadeira.
Depois nas batalhas, calhou-me um dos duelos que ninguém queria fazer, cantar contra um trio, três vozes maravilhosas e que já tinha mostrado o extraordinário que são, os Edna. Contudo, com um grande trabalho entre os quatro, conseguimos fazer um grande momento de música e televisão. Aí penso que os mentores viram que poderia fazer mais do que tinha mostrado na prova cega, tendo sido rebuscado pelo Mickael Carreira.
Assim, sendo um mero rebuscado, numa equipa também muito forte, parecia estar em desvantagem, mas mostrei tudo o que tinha e passei os Tira-Teimas e cheguei às Galas. O meu principal objetivo. Na minha primeira gala ter sido o mais votado pelo público, deu-me a certeza que estava a fazer as escolhas certas e a mostrar verdadeiramente o meu valor. E na gala seguinte ter sido salvo pelo Mickael foi uma honra imensa, cumprir um sonho e chegar a semifinalista. Para mim uma grande vitória.
Na terceira gala, tiveste a participação dos teus alunos, que te tinham visitado antes no ensaio, no palco contigo. Como te sentiste por tê-los ao teu lado naquele momento?
Em todas as minhas atuações fui muito pessoal, muito sentido e intenso, mostrando aquilo que sou, sem capas nem máscaras. Por isso ter dedicado o “Don’t Stop Believin” aos meus alunos e ter alguns deles ali em palco comigo, após a grande surpresa que me fizeram no ensaios, era sentir-me tão realizado e tão feliz, que, naquele momento, já tinha ganho o concurso.
Como é a tua relação com os teus alunos? Consideras que eles são alguns dos teus maiores apoiantes e fãs?
Tenho uma relação próxima com os meus alunos, pois além de ser professor de História ou História de Arte, tentando passar-lhes esses ensinamentos, tento também transmitir-lhe conselhos práticos de vida, para que se tornem melhores pessoas e melhores cidadãos neste mundo. Sei que me apoiam e são meus fãs porque sabem o quanto a música me realiza como pessoa e como é possível conciliar uma carreira artística e um percurso académico.
Partindo do tema que escolheste para a terceira gala, “Don’t Stop Believin’”, seria esse o conselho que deixarias a todos aqueles que estão agora a dar os primeiros passos no mundo da música ou que estão, de uma forma geral, a tentar concretizar os seus sonhos?
“Don’t Stop Believin’” foi verdadeiramente a mensagem que quis transmitir a todas as pessoas, sejam aquelas que perseguem o sonho pela música ou outro, pois nunca deixei de acreditar, de trabalhar, de querer sempre mais e melhor, até que um dia as coisas acontecem e com a persistência em cumprir um sonho, este torna-se real.
O teu maior sonho é conciliar a vida académica com a vida artística. Quais são os teus objetivos, a nível musical, para este novo ano que aí vem?
Quero efetivamente conciliar a vida académica como professor e a vida artística como professor. Por isso, na música gostaria imenso de participar no Festival da Canção, pois é um sonho desde criança, continuar a trabalhar na música em eventos ou musicais como tenho feito, e quem sabe gravar e lançar um projeto música meu, que seja novo e diferente no panorama musical português.
Muito obrigada, Sérgio!
Muito obrigado!