Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sobre a proibição de venda de determinados produtos nos hipermercados

What-To-Do-If-You-Lose-Your-RC-Book0Smart-Card-thu

 

Pergunto-me, em que é que a medida contribui, de forma positiva, para todos aqueles que foram obrigados a fechar portas?

Proibir a venda de determinados produtos, nas grandes superfíciesm impede-as de ganhar, quando outros também não ganham.

 

Mas em que é que, efectivamente, essa medida ajuda, nestes dias de confinamento, o pequeno comércio que tem que estar encerrado?

O que um perde, não é dado ao outro. O que um deixa de ganhar, não compensa o outro. Os rendimentos daqueles que estão fechados, não aumentam com esta proibição. O lucro que uns deixam de ter, não se transformam em compensação financeira para os restantes.

O que acontece, na prática, é que, quando voltar a estar tudo aberto, ainda assim, as grandes superfícies vão continuar a vender mais.

Quando for permitido comprar, ainda assim, as pessoas vão continuar a preferir as grandes superfícies.

 

Sabemos que existe uma grande concorrência desleal, que não é de agora.

Mas, se existe, é porque foi permitida. É porque foi autorizada. 

Pelos mesmos que, agora, por conta de medidas duvidosas, querem fazer boa figura e mostrar que não vão permitir tal concorrência, na situação em que nos encontramos.

Depois...

Depois já pode voltar tudo ao normal. Porque vão voltar a fechar os olhos e continuar a autorizar tudo.

E se, em vez de estar a descartar as culpas dessa concorrência desleal, apoiassem mais aqueles que obrigaram a encerrar, com base em critérios muito discutíveis, que beneficiam uns, e prejudicam outros, sem qualquer sentido?

 

Fui banida do facebook!

Resultado de imagem para facebook

 

 

 

Bem, não exactamente banida, mas muito restringida, e altamente discriminada!

 

 

O blog tem uma página no facebook e, desde que o Sapo facultou a funcionalidade das redes sociais, os posts do blog são lá publicados, tal como os posts d'A Palhaça Martita.

Sem problemas.

 

 

Até que reparei, esta semana, que todas as publicações do blog "Marta - o meu canto" tinham sido eliminadas da página do blog no facebook, bem como de todas as outras páginas em que tenham sido partilhadas ou mencionado o blog com link!

Só ficaram as d'A Palhaça Martita, e as publicações directas na página, sem ligações ou links.

 

Como se não bastasse, relativamente às publicações partilhadas no meu perfil pessoal, com ligação ao blog, aparece-me a seguinte mensagem:

"Esta publicação desrespeita os nossos Padrões da Comunidade, pelo que só tu a podes ver."

 

 

 

Já nas mensagens em que faço referência ao blog, aparece isto:

"Esta mensagem foi removida porque inclui uma ligação que infringe os nossos Padrões da Comunidade."

 

 

Publicar os links na página, não dá, porque surge "erro da query"

 

 

 

Ao escolher, aqui no blog, a opção "partilhar no facebook", dá isto:

Não foi possível enviar a tua mensagem porque esta inclui conteúdo que outras pessoas no Facebook denunciaram como abusivo."
 
 
 

 

E, se tento aceder a qualquer ligação ao blog, através do facebook, aparece esta mensagem:

"A ligação que tentaste visitar desrespeita os nossos Padrões da Comunidade."

 

 

 

Que raio de Padrões da Comunidade é que as publicações do blog, ou a mera referência ao blog, através do respectivo link, estarão a desrespeitar, de há uns dias para cá?

Será o temido artigo 13º, e os seus filtros automáticos, que censuram tudo o que possa constituir uma violação aos direitos de autor, ainda antes de serem publicados, a causar mossa e a fazer as primeiras vítimas?!

Ou alguém com muita inveja do blog (nem sei porquê), decidiu boicotá-lo?

 

 

Obviamente, esta será mais uma publicação barrada no facebook, pelo que só a encontrarão por aqui!

 

Os Migrantes, os Refugiados, e nós!

 

 

“Devemos estar conscientes da distinção entre imigrantes económicos, que estão a tentar escapar da pobreza extrema, e refugiados, que fogem de bombas, armas químicas, perseguição, estupro e massacres, de uma ameaça imediata às suas vidas”, por Angelina Jolie. 

 

Não sei se, com esta afirmação, Angelina quis apenas distinguir duas realidades, ou alertar para a necessidade de dar prioridade à questão dos refugiados, em detrimento dos migrantes. No entanto, tanto uns como outros têm em comum o facto de partirem em busca de um país seguro, onde possam viver em melhores condições, e sonhar com um futuro pacífico e próspero.

Se é verdade que a guerra representa um perigo de vida mais imediato, também é verdade que a pobreza e determinadas condições de vida desumanas, a médio e longo prazo, também o são.

No entanto, em conversa com o meu marido há uns dias, discutíamos dois pontos de vista legítimos, não sobre qual destes grupos deve ser ajudado primeiramente, mas sim sobre os objectivos de ambos os grupos, e a sua entrada nos países para os quais empreenderam viagens perigosas, arriscando muitas vezes a própria vida. Mais concretamente, se devemos deixá-los, ou não, entrar, e o que isso vai implicar para o nosso país, e para nós.

É verdade que sempre houve emigração e imigração, tal como sempre houve aceitação de refugiados em Portugal e noutros países. Mas agora têm sido centenas de milhares de pessoas, vindas do Oriente Médio, África e Ásia, a fazê-lo todos os dias, e cada vez mais e em maior número.

Alguns países adoptaram políticas de proibição de entrada destes migrantes e refugiados, fazendo alterações à lei em vigor até agora. A polícia patrulha as fronteiras e não hesitam em recorrer a gás, e violência física, se necessário for. 

Dizia o meu marido que estes migrantes e refugiados fazem aquilo que qualquer um de nós faria se estivesse no lugar deles, e que estão no seu direito de fugir da guerra e da pobreza. Concordo. Mas os países procurados também estão no seu direito de não os querer receber, e tomar medida para tal, sob pena de se tornar uma situação incontrolável.

Sim, se eu estivesse no lugar de qualquer um deles também gostaria de ser recebida e ajudada. É isso que eles esperam de nós.

Mas, pergunto-me eu, como é que um país que ainda está a sofrer os efeitos da crise, tem condições de receber estas pessoas? Como é que um governo que aconselha o seu povo, principalmente os jovens que são o futuro do país, a emigrar para outros países, pode agora receber povos de outros países?

Que condições é que o nosso país tem para oferecer a esses refugiados e migrantes, quando não as tem para oferecer aos portugueses?

Se não há emprego para nós, haverá para outros? Se existem tanta gente em portugal a viver em condições desumanas, como é que pode oferecer diferentes condições a quem vem de fora?

Se não existe dinheiro para proporcionar saúde e educação gratuita às nossas crianças, para oferecer melhores reformas aos nossos idosos, onde irão buscá-lo para ajudar os milhares de refugiados que vamos receber?

É óbvio que, mais uma vez, vale a bondade e o esforço da população portuguesa que, mesmo não tendo muito, ainda assim está sempre pronta a ajudar o próximo, porque o governo, apesar de "obrigado" a receber estas pessoas, pouco fará, na prática, para os ajudar e integrar.

E mais, quem nos garante que, ao aceitarmos essas pessoas cá, não estaremos a piorar ainda mais a situação que vivemos actualmente? Quem nos garante que não nos estaremos a envolver, embora sem intenção, em guerras que não são nossas?

Não tenho nada contra os migrantes e refugiados. Como disse, no seu lugar faria o mesmo. Mas, tendo em conta todos os sacrifícios a que o governo nos obrigou a fazer, por causa da crise, é justo pensar também em nós, e nas implicações que isso nos trará. 

 

Proibir ou não o álcool a menores de 18 anos

 

transferir.jpg

 

"Não é proibindo que se mudam hábitos, principalmente entre os adolescentes, que, já se sabe, têm ainda uma maior vontade de transgredir se o fruto for proibido", afirmou ao Expresso Luís Menezes, a propósito da proposta de revisãoda lei do álcool.

Afirmação com a qual não concordo, de todo.

Se pensássemos sempre assim, não valeria a pena fazer leis nem impôr regras, porque todos iriam ter uma maior vontade de as quebrar, de as transgredir, e seria pura perda de tempo para quem as criasse!

Agora, se todos irão seguir à risca esta proibição, é outra conversa. É óbvio que os adolescentes que se virem privados da compra ou consumo de álcool por terem menos de 18 anos, e fizerem muita questão de o fazer, vão encontrar uma forma de contornar a situação.

Mas isso, já fazem agora!

Quantos adultos não pedem álcool em determinados locais, para ser consumido por menores? Pior, quantos adultos não dão a provar a menores, muitas vezes crianças pequenas, álcool? É aquela mentalidade de que "é só um bocadinho para provar, não faz mal a ninguém". Há pais que têm atitudes do género com os próprios filhos!

E pode ser aí que tudo começa. Do uso, ao abuso. E do abuso, à dependência. Ou talvez não. Não é por um jovem de 15 ou 16 anos beber uma cerveja ou duas que tem, necessariamente, de ficar viciado. Mas também não lhe faz falta beber álcool. E quanto mais cedo começar, pior.

Aqui na zona, todos os dias estão estudantes (sejam de cá ou provenientes de excursões) nas esplanadas a comer e a beber cerveja. O mesmo acontece nas festas.

E quem diz cerveja, ou vinho, diz todas as outras bebidas que se servem nos ditos locais. Há muitos adolescentes viciados em shots, por exemplo.

Com a proibição (que deve ser para todo o tipo de bebidas alcoólicas), pode não se erradicar o problema pela raiz mas, tenho a certeza, podem-se minimizar, para muitos jovens, os malefícios de um consumo precoce! 

Sobre a proibição de determinados produtos...

Há certas coisas que me fazem confusão.

Porque é que as entidades, competentes na matéria, proíbem a venda e consumo de determinados produtos ou substâncias prejudiciais à saude, mas estimulam o consumo e venda de outras, igualmente perigosas?

Porque é que muitas pessoas se preocupam com as consequências para a sua saude de determinados produtos, e não querem saber das de outros?

Uma professora do meu marido deu uma vez este exemplo:

"Se uma determinada pessoa for a um supermercado e encontrar um iogurte com a indicação de que o consumo do mesmo provoca cancro, qual é a tendência dessa pessoa? Não comprar! No entanto, a mesma pessoa compra um maço de cigarros onde está escrito que fumar mata!".

Se o sonho de muitas pessoas é viver muitos e longos anos, se procuramos os chamados "elixires da eterna juventude", se todos os dias agradecemos e louvamos os avanços da medicina e angustiamo-nos por ainda não haver curas para as doenças e solução para a morte, se nos são proíbidas determinadas drogas, se são retirados do mercado medicamentos potencialmente perigosos para a saude, porque motivo não proibem a venda do tabaco?

Sim , eu sei, isso nunca irá acontecer. Há demasiados interesses e dinheiro em jogo. Um mundo sem tabaco é, certamente, uma utopia! E, além disso, quem consome sabe a que está sujeito.

Mas que não faz sentido, não faz...