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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Das férias que já se foram

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Então, Marta, como foram essas férias?

Olhem, passaram-se!

 

Pouca ou nenhuma televisão vi.

Não peguei num único livro.

Deitei-me quase todos os dias cedo (o único em que fiz excepção valeu-me uma enxaqueca).

Levantei-me quase todos os dias cedo (porque as bichanas queriam alguém de pé para as servir).

 

Depois, para mim, férias de verão é sinónimo de praia.

E, por azar, este ano, pouca praia pude fazer, por causa do bicho que me foi diagnosticado.

Só quem passou grande parte da sua vida nas praias, sabe o quanto elas fazem falta, o quanto precisamos delas.

Aquele sol que nos aquece e nos traz energia. Aqueles mergulhos na água gelada que nos revigoram e levam toda a negatividade.

 

Sim, é verdade que fizemos alguns passeios mas, esses, posso fazer em qualquer altura do ano.

Já a praia...

Mas pronto, tudo por uma boa causa.

 

O que é certo é que o dinheiro se foi, não faço ideia em quê, os dias passaram, e parece que não fiz nada de especial.

Penso que é sempre assim, quando olhamos para trás.

Fica sempre a sensação de que se podia ter feito mais, aproveitado melhor.

E a promessa de que no ano seguinte se irá fazer diferente.

É mais uma daquelas que, na hora, com sorte, se desvanece.

 

Enfim...

As férias acabaram.

Agora só para o Natal, e verão, só para o ano.

Restam 11 longos meses de trabalho pela frente, e fins de semana para tentar compensar.

 

Migrantes ou vítimas de tráfico humano

(e como a sombra da morte os acompanha sempre)

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Há algo que é inevitável neste mundo: qualquer pessoa que não esteja bem no país onde vive, tentará a sua sorte noutros, que lhe pareçam melhores, seja quais forem os motivos que levaram a tal.

Só que nem sempre o conseguem fazer legalmente e, quando assim é, resta-lhes comprar a travessia, para a promessa de uma vida melhor. Travessia que não cobre riscos, acidentes ou até a morte de quem a compra.

É também esse desejo de melhores condições de vida que leva a que muitas pessoas apostem tudo em propostas de trabalho que, mais tarde, se revelam falsas, funcionando apenas como isco para o tráfico humano.

 

Assim, sejam migrantes ou vítimas de tráfico humano, sejam eles transportados em barcos, em contentores ou outra forma de transporte clandestina, uma coisa é certa: a sombra da morte acompanha-os sempre. E, em último caso, é com a própria vida que pagam o sonho e a esperança, que os levou a arriscar a partida, em busca de algo melhor.

 

Se, no caso dos migrantes, eles já têm a noção de que estão a participar numa missão arriscada, que pode correr mal, no caso das vítimas de tráfico humano, o choque com a realidade é maior, porque é algo que, certamente, nunca ponderaram vir a ocorrer.

 

As causas são muitas, mas todas têm um ponto comum: falta de condições humanas para transportar essas pessoas em segurança. 

As mais frequentes são afogamento, desnutrição, calor ou frio excessivo ou falta de oxigénio.

Muitas vezes, por abandono por parte de quem faz o transporte, e demora das autoridades em encontrar o local exacto onde se encontram, em tempo útil, e determinante para fazer a diferença entre a vida e a morte.

 

 

 

Imagem: euronews