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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Emaranhados" da vida

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E, de repente, vemo-nos numa fase em que o caminho percorrido já foi tão longo, e os obstáculos ultrapassados, tantos, que não faz qualquer sentido voltar para trás, quando já se chegou tão longe.

Mas, por outro lado, tudo à nossa frente é um emaranhado, que não sabemos por onde começar a desbravar, para poder seguir adiante.

Até porque a nossa garra e vontade já não é a mesma de outrora. O cansaço e o desgaste vão-se fazendo sentir, e começam a levar a melhor.

Então é mais fácil, simplesmente, deixarmo-nos ficar por ali, parados, num terreno que até nos permite alguma protecção e comodidade, até que algo nos faça ganhar coragem para avançar, e continuar a abrir caminho.

Já não há respeito

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Há cerca de um mês, andava o pessoal da Câmara, suponho, a cortar as ervas daninhas na rua onde temos que passar para ir trabalhar.

Nessa altura, uma das ervas acertou-me na cara. Nada de especial. Mas não é agradável.

No outro dia, ia para cima com a minha filha e, numa zona onde passamos para o trabalho dela, andava um homem a cortar ervas. Dessa vez, foi a minha filha que levou com elas no peito.

 

E parar o trabalho enquanto estão pessoas a passar, já não se usa?

É que eles, a cortar as ditas cujas, estão todos equipados e protegidos.

Mas nós não!

E se alguma daquelas ervas salta para a vista?

 

Antigamente, ainda tinham consideração pelas pessoas.

Agora, já não há respeito.

Como se uns segundos de pausa lhes causassem muito transtorno, ou atraso, no trabalho.

 

Borboletas brancas: símbolo de protecção e paz

Significado da Borboleta - Dicionário de Símbolos

 

Não raras vezes, durante as minhas caminhadas, ou nos passeios pelo campo, deparo-me com borboletas brancas.

Dizem que estas borboletas são a alma dos entes falecidos, que nos brindam com a sua presença, e nos protegem.

Verdade ou mito, certo é que, sempre que as vejo, transmitem-me paz, serenidade, a sensação de que tudo vai correr bem, e dou por mim a sorrir.

E por aí, há algo que vos transmita sentimentos semelhantes?

O que sentem quando vêem estas borboletas?

 

 

 

Do Big Brother e das "causas feministas"

O que as mulheres atualmente acham do feminismo?

 

A Ana Catarina é uma das concorrentes do Big Brother, que luta pela já aqui falada "sororidade".

Para ela, as mulheres devem apoiar-se umas às outras, estar do mesmo lado da trincheira, e não umas contra as outras, como se vê muito por este mundo fora.

Para ela, a final do reality show seria disputada só por mulheres. E, como tal, sempre evitou ao máximo nomear as suas colegas femininas, enquanto houvesse homens disponíveis para nomear e pôr a jeito para a expulsão.

 

Curiosamente, a determinada altura, começou a haver mais mulheres, que homens, na casa e, não sei se por isso mesmo, o Big Brother entendeu que, numa determinada semana, os concorrentes só poderiam nomear mulheres, o que implicava que, obrigatoriamente, na semana seguinte sairia uma mulher. Seria para haver equilíbrio no jogo?

A Ana Catarina recusou-se a nomear mulheres, e ficou ela, automaticamente, nomeada.

 

Seja como for, esta atitude da Ana Catarina, de nunca nomear mulheres, foi entendida por alguns homens, não como "women power", mas como um sentimento de inferioridade por parte delas, uma protecção que ainda acham que precisam porque, se assim não for, ninguém as manteria na casa.

Ou seja, deixando as coisas fluírem, normalmente e, indo as mulheres a nomeações com homens, seriam elas a ser expulsas. E, para evitar isso, é preciso as mulheres unirem esforços.

 

Vejamos agora, a situação por outro prisma.

Por que razão, estando os homens a ficar em minoria, lembrou-se o Big Brother de pôr a nomear só mulheres?

Não devem, os concorrentes, nomear quem querem, e não quem os outros querem?

Em pleno século XXI, ainda se colocam estas questões de "só homens" ou "só mulheres"?

 

Naquela situação específica, eu achei que a Ana Catarina esteve bem na sua decisão. Não sei se os seus motivos são os mesmos que me levam a concordar com ela, mas faria o mesmo. Porque eu iria querer estar numa casa com quem me sinto bem, independentemente de ser home ou mulher, e nomear aqueles com quem me daria menos. 

Como tal, não faz sentido estar a nomear só homens, ou só mulheres, dando vantagem a uns, ou a outros.

 

Agora, quanto à sororidade, já as coisas são um pouco diferentes. 

Acho que, mais uma vez, não tem a ver com o ser-se mulher ou homem. Tem a ver com respeito, com saber estar, com união, com competição saudável, com entreajuda, empatia.

E, que me desculpem algumas mulheres mas, se não gostasse delas, seria para elas o meu voto.

Nunca iria trocar um homem com quem tivesse uma óptima relação, por uma mulher que fosse víbora, só porque era mulher, e temos que estar lá umas para as outras.

Por isso, nesse aspecto, não me identifico, de todo, com a Ana Catarina.

Porque, por muito que não o queiramos admitir, ou que queiramos que as coisas sejam diferentes, por vezes, o maior inimigo, está entre aqueles que pertencem ao mesmo sexo. E, muitas vezes, o "prémio" vai mesmo para as mulheres!

Do positivismo, e da forma como nos deixamos, ou não, influenciar pelo seu oposto

ВРЕМЯ ЛЕЧИТ. ГЛАВНОЕ НЕ УМЕРЕТЬ ВО ВРЕМЯ ТАКОГО ЛЕЧЕНИЯ.: psylosk ...

 

Nem todos os dias são iguais.

Nem todos os dias estamos com o mesmo estado de espírito.

Com a mesma força.

Com a mesma energia.

Com o mesmo humor e disposição.

Com o mesmo positivismo. 

 

Quando saímos à rua, temos que ter em conta que, tal como nós, também quem nos rodeia está a encarar esse dia de acordo com o estado de espírito com que saiu de casa. Ou foi adquirindo, ao longo do dia.

Sim, porque até podemos sair de uma forma, mas tudo se transformar, por influência do meio que frequentámos, e das pessoas com quem nos cruzámos.

Dizem que os opostos se atraem mas, no que ao positivismo diz respeito, nem sempre funciona assim.

É verdade que, ao lidarmos com uma pessoa negativa, podemos tentar contrariar essa tendência. Por outro lado, perante uma pessoa super positiva, podemo-nos sentir no direito de quebrar essa sensação, com pensamentos negativos. 

Mas, por norma, positivismo atrai positivismo, e negativismo atrai negativismo.

Daí ser muito importante seleccionar as pessoas com quem queremos conviver, ter ao nosso lado, ainda que nem sempre seja possível escolher aquelas que, por qualquer motivo, teremos que lidar em diversas situações da nossa vida.

 

Mas o positivismo não depende só dos outros.

Tem que começar em nós.

Há dias em que já saímos de casa completamente equipados e protegidos, e munidos de guarda-chuva, impedindo que esta nos afecte. Podemos até ser atingidos por uns salpicos, mas depressa os sacudimos.

Estamos com imunidade total, e nada nos poderá contagiar.

Outros dias, a determinado momento, acabamos por nos esquecer dessa protecção, ou de achar que não vamos precisar dela porque, afinal, o sol está a brilhar no céu, e ninguém supõe que ao longo do dia o mesmo dê lugar à chuva.

Há também os dias em que a nossa protecção não é suficiente. Um guarda-chuva que quebra com o vento, um casaco que fica ensopado.

E aqueles em que, mesmo saindo de casa com chuva, não queremos saber, e atiramo-nos para ela, como se pensássemos "de molhados, não passamos". É quando a nossa imunidade está em baixo, e podemos ser facilmente contagiados.

 

O positivismo, depende muito, igualmente, da nossa força. Daquela que poderá ser necessária para afastar cada nuvem negra que se tente aproximar, e deixar o sol continuar a brilhar. Se ela não existir, ou não for em quantidade suficiente, as nuvens levam a melhor, e o sol desaparece.

Mas nem sempre isso tem que ser negativo. 

A vida não é feita só de sol, ou de chuva, de bom tempo, ou de tempestades. A natureza encarrega-se de ir alternando, tal como acontece connosco.

Faz parte.

Porque só assim conseguimos, de certa forma, perceber o quanto o positivismo nos faz falta, e o quanto o negativismo provoca estragos, realçando ainda mais a importância de, pelo menos, se tentar ser mais positivo em cada fase da nossa vida.