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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Fragmentado - o filme

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Há muito que queria ver este filme, e sábado foi o dia! 

Confesso que a ideia de haver 23 personalidades diferentes, a viver num mesmo corpo, era bastante interessante.
Infelizmente, as cenas centraram-se em pouco mais de 4 dessas personalidades, colocando as restantes de parte.
Este foi, quanto a mim, o primeiro erro.
Haveria muito mais a explorar, em todas essas "pessoas" que cohabitavam numa só, o que não foi feito.

O mote para o filme foi o rapto, por uma dessas personalidades, de três jovens adolescentes que, quando acordam, se vêem num quarto, fechadas, temendo o pior. Embora o óbvio não tenha acontecido numa primeira fase, saindo um pouco da história habitual, e fazendo-nos ficar a pensar qual será, afinal, o objectivo, o final acabou por não surpreender.

Por falar em final, achei-o demasiado fantasioso e irreal. A forma como caracterizaram a "besta", 24ª personalidade acabada de surgir, não foi a melhor. Poderiam ter, também aqui, escolhido um caminho mais credível, dentro da história e do tema que queriam apresentar ao público.

 

 

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Desde o início que se percebeu que, das três jovens, Casey era a que tinha mais hipóteses de conseguir escapar, muito por conta de todos os ensinamentos que pai lhe passou na infância. Embora não lhe tenham servido de muito, ao longo da sua vida, até àquele momento. Mas, enquanto as suas colegas agiam sem pensar, lutando pela sobrevivência como os comuns mortais, Casey tentava chegar às personalidades que lhe eram dadas a conhecer, e daí tirar vantagem, algo que acabou por se revelar inútil.

Só havia uma forma de as adolescentes se salvarem, do que quer que lhes fosse acontecer - serem puras! Sendo que a "pureza", no caso deste homem, e das personalidades que nele vivem, tem um conceito diferente, fruto do seu passado, e de tudo o que vivenciou durante o seu crescimento.

Nem a psiquiatra que o acompanhava, apesar de o tentar ajudar e impedir uma tragédia maior, o conseguiu impedir.
No fim, ficamos com uma sensação estranha...A de que, o que tanto nos feriu no passado, foi o que acabou por nos salvar no presente. Devemos, então, ficar agradecidos por isso?

Espaço "MESMO" em Mafra

Imagem daqui

 

A vila de Mafra conta agora com um novo espaço - o MESMO (Mafra Espaço de Saúde Mental e Ocupacional), instalado na zona central da vila e com facilidades de acesso que, numa primeira fase, irá disponibilizar consultas médicas de psiquiatria duas vezes por semana. 

Até agora, as situações identificadas era encaminhadas para o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, o que obrigava à deslocação de pacientes com reduzida autonomia, e implicava maiores custos financeiros.

Neste espaço serão, igualmente, desenvolvidas actividades ocupacionais, e haverá um programa de visitas e intervenção nos domicílios dos utentes do concelho, em articulação com os cuidados de saúde primários. 

O MESMO resulta de uma parceria entre o Município de Mafra, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e o Agrupamento de centros de Saúde Oeste Sul.

Pode consultar toda a informação e ficar a saber mais sobre este espaço no site da Câmara Municipal de Mafra - http://www.cm-mafra.pt/.

A saga de um pensador

 

É o primeiro romance de Augusto Cury e narra a história de Marco Polo, um estudante de Medicina, com um espírito livre cheio de sonhos e expectativas que, ao entrar para a faculdade, é confrontado com uma dura realidade: a da insensibilidade e frieza dos seus professores, que não percebem que cada paciente é, mais do que um conjunto de sintomas, um ser humano com uma história complexa e única de perdas e desilusões.

Indignado, Marco Polo vai desafiar profissionais de renome internacional para provar que os pacientes com perturbações psíquicas precisam de mais do que remédios e diálogo - precisam de ser tratados como pessoas, como iguais. Numa luta constante contra a discriminação, Marco Polo vai provocar uma verdadeira revolução de mentalidades.

Entre as várias polémicas que instalou, destaco a rivalidade entre a psiquiatria e a psicologia (que deviam caminhar lado a lado), o poder e os interesses da indústria farmacêutica e de quem a domina, e a definição de loucura. 

Destaco ainda a forma como é retratado o mundo dos sem abrigo e dos pacientes internados em clínicas psiquiátricas, e as suas histórias por detrás daquilo em que se tornaram. E a forma como muitos médicos olham e tratam os seus pacientes. Também fica bem patente neste livro a discriminação pelas diferenças sociais, por parte de uns, e a eliminação de tudo isso por parte de outros.

Mas a história de Marco Polo não faria sentido se dela não fizesse parte o seu amigo Falcão, um mendigo que encontrou nas ruas e que guarda alguns mistérios, revelados ao longo do livro. E, claro, a sua esposa Anna, que ele também conheceu nesta jornada e que é narrada lá mais para o fim do livro, e que prova que o amor, quando verdadeiro, não se compra nem se vende, e vence todos os obstáculos!