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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A efemeridade do amor

(1 Foto, 1 Texto #78)

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Não de todos, claro!

Há amores que resistem. Que sobrevivem. Que perduram.

Assentes em alicerces firmes.

Seguros por fortes raízes.

 

Mas, outros, são tão efémeros como esta flor.

Tão difícil de despontar.

E quando, finalmente, o consegue, apesar de todas as adversidades, logo vê o seu fim chegar.

Num dia, estava ali, solitária, a querer mostrar que era possível, mesmo que as expectactivas fossem mínimas.

E, no seguinte, já lá não estava.

 

Como um amor que morreu, ainda mal tinha começado.

Porque, tal como a árvore onde esta flor nasceu, que um dia já floriu e deu frutos em todo o seu esplendor, e que agora parece condenada a meros galhos e meia dúzia de folhas, também há amores que estão destinados a ser breves. 

A não vingar.

A estar condenados, ainda antes de acontecerem.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

Recomeços

(1 Foto, 1 Texto #71)

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Podem arrancar-lhe as folhas todas...

Podem cortar-lhe os ramos...

Pode, eventualmente, vergar-se se o vento for demasiado forte...

Mas, no fim, ela aguenta-se, firme.

Despida de tudo mas, ainda assim, digna.

 

E sabe que, mais cedo ou mais tarde, tudo será melhor.

Os ramos crescerão mais fortes.

As folhas nascerão mais verdes e viçosas.

E as suas raízes, manter-se-ão intactas.

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

"Sem Dizer Adeus", na Netflix

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"Sem Dizer Adeus" estreou há poucos dias na Netflix.

 

Sim, é mais um filme romântico.

Sim, há o homem que só vive para o trabalho. E a mulher, que é totalmente o oposto.

E sim, como em quase todos os filmes do género, os opostos vão atrair-se!

 

Então, o que faz de "Sem Dizer Adeus", um filme que valha a pena ver? Que se destaque entre tantos do género?

As paisagens mágicas, por exemplo!

O filme é passado em Cusco, cidade situada nos Andes do Peru.

Também encontramos por lá Machu Picchu.

Ficamos a conhecer Salcantay, no pico da Cordilheira dos Andes.

Ou Puno, uma cidade no sul do Peru, no lago Titicaca, um dos maiores lagos da América do Sul. 

E Paracas, uma pequena cidade portuária muito virada para o turismo.

Portanto, natureza no seu melhor! 

Um passeio de tirar a respiração, sem sair do sofá.

 

Cultura, tradições, arte e história - uma parte importante de qualquer viagem!

A música tradicional de Cusco

Os pratos típicos, e uma diferente forma de cozinhar

O Império Inca

Arquitectura, e vestígios arqueológicos

Um povo simples, prático, com espírito de confiança, entreajuda, amizade, humildade.

 

As raízes

Ariana é aquilo a que se chama uma "mulher do mundo". Sempre a viajar, não consegue estar muito tempo no mesmo sítio, mesmo que esse sítio seja aquele que guarda as suas memórias, e onde estão assentes as suas raízes.

Apesar da sua grande ligação à tia, à terra e ao povo, Ariana parece aquele tipo de pessoa que não se quer prender a nada, e a ninguém, seja de que forma for.

 

Salvador é um arquitecto que vive para o trabalho. 

Embora criativo, e bem sucedido, Salvador tem como paixão os números e, por isso, vive para o lucro. 

Quer sempre levar a sua ideia avante, em parte muito pressionado pelo pai, e não costuma olhar a meios, para atingir os fins, com o lema de que "tudo tem um preço".

Salvador e o pai parecem uma dupla em termos familiares e profissionais.

Ao contrário de Ariana, Salvador não se deixa desprender nem por um momento.

O objetivo, e equilíbrio, é cada um deles deixar-se levar por aquilo que tenta evitar a todo o custo, ou não sabe como parar de evitar.

Para que possam ser ainda mais felizes.

Sem promessas.

Mas assumindo um compromisso.

Portanto, mais que o romance em si, é uma descoberta e mudança em cada um deles!

 

 

 

 

 

A Ilusão do Iceberg

 

Quem está de fora, nem sempre vê, ou quer ver, o que está na origem daquilo que é mostrado.

Quando o que está visível é apenas a superfície, poucos são os que pensam naquilo que poderá ter dado origem à mesma, nos alicerces, na base de tudo, nas raízes de onde se obteve alimento, no que está abaixo da superfície, no que está para além daquilo que conseguimos ver. 

E, se é verdade que, em muitos casos, muitas superfícies não passam mesmo de isso, sem nada por baixo, e podem desaparecer tão depressa como surgiram, também é verdade que, muitas das mais belas superfícies são apenas o resultado de algo muito maior, que dificilmente se verá, mas que está lá.

 

 

Não nos devemos esquecer quem somos

 

Como falei num anterior post, é fundamental termos sonhos e objectivos definidos para a nossa vida. São eles que nos fazem ir à luta, seguir em frente e querer atingir as metas a que nos propusemos.

Mas, atenção: nesse processo, não devemos deixar que os nossos desejos se tornem desmedidos, que passem por cima de tudo e todos, que nos façam esquecer quem somos, de onde viemos, os valores em que nos foram transmitidos. Ter ambição é bom, mas na medida certa. 

Não devemos ignorar as pessoas que sempre estiveram ao nosso lado, ou deixar de ter tempo para o que realmente importa e é mais valioso.

Não nos devemos esquecer que hoje podemos ter tudo mas, amanhã, podemos não ter nada! Na vida, tudo é efémero.

Sonhar, sim! Podemos até deixar que a nossa cabeça viaje pelo desconhecido, por tudo aquilo que gostaríamos que um dia acontecesse. Mas com os pés assentes na terra.

Ter ambição, sim. Mas acompanhada de humildade.

Evoluir e ser bem sucedida, sim. Mas não esquecer as nossas raizes!