A primeira reunião de pais na nova escola
Escola nova, recepção aos novos pais.
No chamado "Jardim de Inverno", um átrio coberto, situado entre pavilhões, onde foi colocado um palco e várias cadeiras para a esperada plateia.
Esta primeira parte adivinhava-se aborrecida. E assim foi.
Pouco depois da hora marcada, a palavra foi da directora da escola que, para não se dispersar e alongar, optou por ler o seu discurso pré preparado. Os restantes colegas de palco, pouco mais fizeram que dar as boas vindas e desejar um bom ano, ficando o resto do tempo a "enfeitar".
Depois, passou a palavra ao presidente da associação de pais, que também vendeu o seu peixe.
Despachada esta primeira parte, chegou o momento de cada encarregado de educação procurar o seu pavilhão/ sala, para a reunião com o respectivo director de turma.
Este ano, calhou ser o professor de educação física. Achei graça ao senhor, pareceu-me simpático, mas pouco dado a falar para o público. Toda a informação que tinha no powerpoint foi, literalmente, lida.
Para além do anúncio da chegada de uma aluna nova, a questão das faltas, e da progressão de ano, pouco mais de relevante foi falado, para além do que já sabíamos.
Felizmente, houve dois voluntários para representar os pais, o que nos poupou à votação, até porque, naquele momento, já nem nos lembrávamos dos nomes dos pais que se apresentaram no início da reunião.
Por último e, mais uma vez, para comprovar como o mundo é pequeno, e nos cruzamos com determinadas pessoas quando menos esperaríamos, fiquei a saber que a mãe de uma das alunas, com quem a minha filha começou a falar ainda antes das aulas começarem, é a funcionária de uma loja que eu frequentei durante anos.
E que a mãe de um colega de turma da minha filha é alguém com quem já me cruzei várias vezes, ao longo da minha vida: no hipermercado onde faço as compras, onde a conheci quando ela lá trabalhava, no Jardim de Infância onde a minha filha andou, quando ela era lá auxiliar, no meu trabalho, enquanto cliente, várias vezes nos mesmos locais de lazer e, agora, de novo, enquanto mães de alunos da mesma turma.
E que, por acaso, foi uma das causas para os problemas que me levaram ao divórcio do meu primeiro marido!
A vida tem destas coisas. Já no ano passado, tinha calhado uma mãe que, nos meus tempos de estudante, nos fazia bullying.
O que vale é que o passado fica lá atrás, e hoje, qualquer uma destas pessoas me é indiferente.