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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Por que não me segues?

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Existem "regras de etiqueta", no que respeita a redes sociais?

Nomeadamente, no que respeita a seguir, ou deixar de seguir, alguém?

É tipo, por simpatia?

Ah e tal, eu sigo-te, então deverias seguir-me também?

 

Pois comigo não funciona assim.

Eu sigo quem me apetece, quem quero, quem escolho seguir, quem gosto.

Não sigo por favor, nem por obrigação, nem porque as outras pessoas querem que as siga, ou acham que eu as devo seguir.

Da mesma forma que gosto que o façam comigo. 

Portanto, acho que isso responde à pergunta.

 

E, convenhamos, não vem nenhum mal ao mundo por eu não seguir alguém.

Tenho muito pouca importância para ser assim tão necessário que o faça.

 

 

 

Das partilhas inúteis nas redes sociais

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Ontem o meu marido perguntou-me se eu tinha visto um vídeo que ele tinha partilhado. 

Tinha sido uma pessoa, que ele conhece, a filmar o momento em que uma assistente social, acompanhada de agentes da polícia, retira uma criança à mãe, e que pediu para partilhar o vídeo. Com que objectivo?

Pois...

Ah e tal, devia ser para ajudar. - respondeu o meu marido.

Ajudar? Quem? Como?

Penso que a ideia era condenar, à partida, esta retirada, e o papel dos assistentes sociais. Viralizar o vídeo. Levar as pessoas a comentar, a dar opiniões de algo que não sabem. E tornar famoso quem o filmou.

 

Em primeiro lugar, quem está a partilhar, e quem está a ver de fora, não conhece o contexto. 

Em segundo lugar, não é por as pessoas descarregarem ali o seu ódio, e as suas opiniões sem conhecimento de causa e fundamento, que a criança vai deixar de ser retirada, ou devolvida à mãe.

Até porque as pessoas hoje têm uma opinião e, amanhã, se for preciso, já têm outra. É para o lado que pendem, naquele dia.

Hoje condenam por se tirar uma criança. Amanhã, condenariam por não ter sido tirada, e evitar o pior. 

Portanto, onde é que está a ajuda na partilha no vídeo?

Talvez eu esteja a ver as coisas mal. Mas eu não teria partilhado, nem comentado, sem saber o que levou a essa situação.

Não falo daquilo que não sei. Nem alimento quezílias nem guerras que não são minhas.

 

Esta é só uma de muitas situações e publicações que não percebo porque são publicadas, e tão pouco, partilhadas.

É como aquelas imagens de pessoas, com deformações físicas ou outras, que perguntam se alguém lhes vai dar os parabéns, ou um bom dia.

Qual é a ideia?!

Gerar "pena"?

Porque se é, nem isso conseguem. Têm, precisamente o efeito contrário e, a mim, passam-me ao lado.

 

Gosto de partilhar coisas úteis, engraçadas, importantes, curiosas, que possam ter interesse para mim, e para aqueles com quem estou a partilhar, ou ajudar de alguma forma, quem está do outro lado.

Não apenas porque é moda.

Não quando me pedem, sem razão plausível.

Não porque goste ver o circo pegar fogo e incendiar as redes, gratuitamente.

Ou porque compactue com vitimizações sem sentido, quando a ideia é, precisamente, tratar todos de igual forma, sem fazer discriminações.

 

E por aí, também costumam encontrar partilhas inúteis nas redes sociais? 

Leitura em contexto escolar: prazer ou castigo?

A leitura faz você feliz: 10 boas razões para ler mais - greenMe

 

É certo que, com todas as novas tecnologias, redes sociais e outros entretenimentos mais cativantes, os jovens, e até mesmo os adultos, tendem a ler cada vez menos, deixando a leitura para um quinto ou sexto plano.

Se estiverem a estudar, aí sim, terão que, forçosamente, dedicar algum tempo à literatura, mesmo que não queiram.

Sempre assim foi. E esse era um dos motivos para, ao contrário do que seria a intenção, começarmos desde logo a "odiar" livros.

Porque eram leituras que não compreendíamos. Que  não nos diziam nada. Que eram aborrecidas e maçantes.

A ideia de fomentar a leitura nos mais novos não se tornava um prazer, mas antes um castigo.

 

Em pleno século XXI, continua tudo igual.

No ano passado, a minha filha tinha que escolher, de entre uma lista, um livro para ler, e fazer uma apresentação sobre ele.

Os melhorzitos, 5 ou 6, já tinham sido escolhidos. E tudo o resto não tinha o mínimo interesse. 

Em acordo com a professora, conseguiu fazer o trabalho sobre um livro que não estava na lista, mas que estava dentro dos mesmos temas e contexto.

 

Este ano, a professora de português enviou-lhes uma lista para um trabalho semelhante.

Praticamente, as mesmas obras do ano passado. Muita poesia. Livros que nem eu, ávida leitora, tenho interesse ou vontade de pegar neles. Quanto mais jovens de 17 ou 18 anos, que não fazem da leitura um hábito.

O que vai acontecer é escolherem um livro, por falta de opções, já contrariados, fazerem o trabalho sem o mínimo interesse, não perceberem nada do que leram e jurarem que, quando não forem mais obrigados, não voltam a pegar num livro!

 

De todos, só um sobressaiu. O primeiro da lista. "O Vendedor de Passados", do autor José Eduardo Agualusa.

Disse-lhe para escolher esse. Vamos ver se tem sorte.

Clickbait, na Netflix

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Até que ponto conhecemos (mesmo) as pessoas com quem vivemos?

Até que ponto confiamos nas pessoas que nos são próximas?

Até que ponto aquilo que é publicado nas redes sociais é verdadeiro?

Até que ponto estão, as pessoas, dispostas a ir? Por vingança... Por diversão... Por uns milhões de cliques e visualizações?

 

Nick Brewer é casado com Sophie, e têm dois filhos.

Sempre teve uma ligação especial com a irmã, Pia, mas logo no primeiro episódio dá a impressão contrária. Parece um bom filho, bom marido e pai, mas...

E depois?

Depois surge um vídeo na Internet, de Nick Brewer, sequestrado, ferido, a segurar uns cartazes, onde está escrito "Eu maltrato mulheres", "Eu matei uma mulher", "Aos 5 milhões de visualizações, eu morro".

 

É a partir destes vídeos que se dá início à investigação, à busca pelo assassino, e à descoberta de quem é, realmente, Nick Brewer.

Porque, se é verdade que toda esta situação faz-nos perceber que Sophie traiu o marido, também mostra que Nick tinha vários perfis, com várias identidades diferentes, e relações com várias mulheres diferentes.

E, de repente, o Nick amoroso, carinhoso, meigo, transforma-se num predador, num homem sem escrúpulos, quem sabe, até, violento, e capaz de incentivar um suicídio, sem qualquer piedade.

Até a sua própria mulher, e os filhos, começam a acreditar que não conheciam o marido e pai que tinham.

 

Pia parece ser a única com sérias dúvidas sobre a veracidade de tudo isto mas, enfim, ela é muito intempestiva, inconsequente, impulsiva. Aquela que, conforme dizem "arma cenas infantis", e "destrói tudo aquilo em que toca". Terá ela o discernimento necessário? Será ela a única a ver as coisas de outra forma, que não aquela que é pintada? Ou será culpa? Porque, em determinada altura, até ela parece culpada.

 

Aliás, culpados não irão faltar à medida que vamos assistindo aos episódios seguintes.

O vídeo rapidamente chega aos 5 milhões de visualizações. Será que o assassino cumpre a promessa?

E se cumprir, quem é, afinal, ele, e quais os seus motivos concretos?

 

Ao mesmo tempo, Ethan, um dos filhos, anda a comunicar com alguém que parece demasiado interessado em tudo o que acontece com ele, naquela família, e em relação a tudo o que a polícia vai descobrindo sobre Nick. Com que objectivo? Estará ele a falar com o sequestrador e possível assassino? Estará ele também em perigo?

 

Quem também vê, neste caso, a oportunidade de subir na carreira de jornalista é Ben Park, que irá colocar a sua vida, e relação amorosa em risco, por pistas e provas que ajudem a esclarecer o mistério, e a conseguir o horário nobre. Valerá a pena? Será que ajudou mesmo?

 

A polícia é que não vê com bons olhos o facto de não terem na sua posse, como seria de esperar, as informações divulgadas pela imprensa, o que significa que não estão a fazer um bom trabalho.

 

"Clickbait" é uma série que mostra como as novas tecnologias podem funcionar em dois sentidos: na criação dos problemas, ou na sua resolução; na propagação de mentiras, ou na descoberta da verdade; na concretização de crimes, ou no seu impedimento. 

 

E no fim, depois de desconfiarmos de tudo, e suspeitarmos de todos, e de ficamos a olhar para a chave do mistério e a pensar "A sério?!"!

Mentir é fácil. Mais difícil é repôr a verdade. E quando não se quer que ela venha a lume, outras vítimas podem sofrer as consequências.

 

Se puderem, vejam a série.

Vale a pena!

E dá que pensar...

 

 

 

 

 

 

É possível desligar das redes sociais por uns dias

A importância das redes sociais no mundo empresarial

 

Quando se tem algo para fazer, que nos ocupe o tempo e seja mais útil ou prazeroso.

Em duas semanas de férias, raros foram os momentos em que peguei no telemóvel ou no computador, em que vi notícias ou o que quer que fosse na televisão.

No meio de tudo o que havia para fazer, a prioridade no tempo sobrante era dormir.

 

Mas se senti alguma falta daquela incursão pelas redes, o que mais se destacou foi a falta de escrever.

Não que tivesse muito para escrever.

Mas é um hábito que não se perde (nem quero) facilmente.

E, ao fim de alguns dias, a vontade surge.

Ainda que a falta de assunto continue a travar a escrita.

 

As férias estão a terminar.

Como referi no último post, estando a praia posta de lado, a escolha entre passar os dias sentada num sofá a não fazer nada, ou levar a cabo as pinturas que vinham há anos a ser adiadas, foi fácil.

Trabalho feito, senti que precisava de uns dias para descansar, e assim dei um presente a mim mesma de um dia a mais de férias.

Para pôr a leitura e a escrita em dia. E descansar o corpo.

 

Do que vou mesmo sentir mais falta, é de poder acordar sem despertadores. Naturalmente.

Reparei que acordar cedo e com hora marcada não me dá saúde, mas uma dor de cabeça no resto do dia.

Talvez seja até voltar a habituar-me à rotina.

Amanhã é o último dia em casa.

Setembro marca o regresso.