Em dia de "IVA Zero...
... coincidência, ou não, ao comprar, hoje de manhã, o pão para o meu pai, a funcionária informa-me que o preço de cada bola passou dos habituais 26 cêntimos, para 25 cêntimos.
E com IVA a 0%.
Imagens: rr.iva-zero e autora
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... coincidência, ou não, ao comprar, hoje de manhã, o pão para o meu pai, a funcionária informa-me que o preço de cada bola passou dos habituais 26 cêntimos, para 25 cêntimos.
E com IVA a 0%.
Imagens: rr.iva-zero e autora
Quando eu estudava, nós dizíamos que tínhamos aulas de uma hora, quando se tratava de 45/50 minutos, e de duas horas, quando era o dobro.
Entre todas as aulas tínhamos um intervalo, nem que fosse de 5 minutos, para fazer uma pausa e descontrair. A única excepção era a aula de "duas horas" de educação física. Mas, nesse caso, o professor deixava-nos sempre sair mais cedo.
Agora, e tendo como exemplo a minha filha, têm menos intervalos e as aulas de 90 minutos são dadas sem interrupções, sendo o intervalo a seguir.
A propósito da duração das aulas, vem o ex-ministro da educação David Justino defender a sua redução, alertando para a dificuldade que os alunos têm em manter a concentração.
O próprio professor de história da minha filha concorda que, por exemplo, uma aula de 90 minutos de história à tarde é sinónimo de desatenção, conversa e chamadas de atenção. Afinal, é difícil controlar e manter na ordem uma turma de 30 alunos, durante uma hora e meia. E tanto é difícil para os alunos, como para os professores.
Actualmente, são as escolas que decidem a duração de cada aula, entre 45, 60 ou 90 minutos. Mas devem ter em conta que quanto maior a duração, menor a capacidade de concentração, e menor o rendimento.
E pode resultar em casos considerados de indisciplina, quando se começam a distrair, a conversar com os colegas, a brincar. Mas não podemos pedir às crianças que fiquem 90 minutos quietas!
Já basta os currículos extensos e a enorme carga lectiva que recai sobre os alunos, aliada à dimensão exagerada das turmas, que em nada contribui para o sucesso escolar.
Por isso, penso que até podem existir aulas de 90 minutos, mas com intervalos pelo meio, como acontecia antes.
...e à redução ou mesmo isenção do pagamento das taxas moderadoras nas urgências hospitalares!
Para isso, bastará que os utentes tenham ligado primeiro para a Linha Saúde 24, antes de se dirigirem a um serviço de urgência.
Parece que a ideia do Ministério da Saúde é retirar doentes às urgências, que passam assim a ser atendidos pelos operadores da linha Saúde 24. Estes funcionarão, então, como uma espécie de triagem, enviando para os serviços de urgência apenas os utentes que considerem que realmente deverão ir.
Eu aposto que, em tempos de crise, e atendendo ao valor das taxas moderadoras, haverá muita gente a ligar, para tentar obter consultas gratuitas! Retiram-se utentes às urgências para "entupir" a linha Saúde 24!
Mas, se aliarmos à eficácia, por vezes, questionada desta linha, o seu "entupimento", é provável que os utentes desistam, e voltem a recorrer directamente ao hospital.
Pessoalmente, já liguei umas 3 vezes para a Saúde 24 - em duas delas, enviaram a minha filha para o Serviço de Atendimento Permanente da área da residência (que eles insistem em chamar de Centro de Saúde), e numa outra não foi necessário.
Se esta ideia for mesmo avante, pergunto-me se, na dúvida e por "descargo de consciência", a linha não enviará a grande maioria dos utentes para a urgência? Pergunto-me se não haverá muito boa gente a inventar mais sintomas do que os que tem para ser enviada e consultada de borla? Pergunto-me se, para evitar estas situações, irá o Ministério da Saúde inventar multas, para todos aqueles que o tenham feito. E, se fosse a puxar o fio à meada, muitas mais dúvidas me surgiriam, mas é melhor esperar para ver no que vai dar esta ideia, sem grandes divagações...