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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O verão já não é o que era

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Estranho verão este que, de ano para ano, vamos vivendo...

Em cada verão, vivemos um pouco de cada estação.

Os dias são maiores, mas quase não damos por eles.

Os finais de tarde, antes passados na rua, a apreciar e aproveitar a temperatura amena, são agora passados em casa, porque lá fora faz frio, ou está encoberto.

Raros são os dias em que sentimos o calor de verão.

Levanto-me com vento, céu encoberto e nevoeiro. E a promessa de um dia quente que, se o chega a ser, só mesmo à hora de almoço, e onde nos consigamos abrigar do vento.

Já não existe pôr do sol, nem nascer do sol.

Não sinto que seja verão.

Sinto que estamos a dois passos do outono no qual, com sorte, fará um ou dois dias com temperatura acima do normal. 

Quando o tempo quente deveria ser o normal, e não a excepção.

 

Não existem festivais de verão, acampamentos, festas populares.

Não existem noites quentes, que nos convidam a sair à rua.

 

Estranho verão, este que nos faz desejar um sofá, uma manta e um chá quente, enquanto cai a chuva lá fora.

Que nos lembra os dias de outono, o regresso às rotinas de escola e trabalho, quando ainda existem férias para gozar.

Que quer, à força, fazer-nos esquecer da sua existência.

Que quer, à força, dividir-se em mil pedacinhos, e espalhá-los por todo o ano.

 

O verão parece, cada vez mais, uma estação em vias de extinção, com os dias contados.

E, em breve, será apenas uma memória remota dos verões que, um dia, o foram, e nunca mais voltarão a ser.

Para felicidade daqueles que nunca morreram de amor por ele.

E para desgosto de todos os outros, que ansiavam o ano inteiro pelo reencontro, que agora não haverá, e para aqueles que nunca saberão o que é viver um verão como antigamente.

Cheio de aventuras, memórias, inesquecível...

 

 

Já Te Disse Que Me Fazes Falta?

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Depois de Já Te Disse Que Te Amo e de Já Te Disse Que Preciso de Ti, chega o terceiro e último livro da colecção, da autora Estelle Maskame.

 

No final do último livro, e depois de tudo parecer encaminhar-se para um final tempestuoso, mas feliz, Tyler acaba por ir embora, com a promessa de, um dia, voltar, deixando Eden entregue a si mesma, e a lidar com a confusão que ambos causaram, e com todas as consequências que daí resultaram.

 

Foram vários os meses sem notícias, sem respostas às mensagens, com chamadas ignoradas.

Foram vários meses de rejeição por parte do pai, do meio irmão Jamie, de amigos e de todos, em geral.

Foram vários meses de choro, de raiva, de dúvidas, de incertezas.

 

Hoje, Eden não suporta ver casais felizes, nem nada que esteja relacionado com amor. Hoje, Eden não quer ouvir falar de Tyler, nem tão pouco vê-lo à sua frente, algo que não acredita que aconteça, de qualquer forma.

 

Até ao dia em que ele volta, e ela se vê frente a frente com a pessoa que nos últimos meses passou a odiar.

Ali está ele, como se tivesse apenas ido passar uns dias fora e estivesse de volta, com um sorriso na cara, que depressa desaparece quando se depara com a reacção de Eden.

 

Por onde andou Tyler todo este tempo? O que fez? Como é agora a sua vida? Porque razão deixou Eden sem qualquer explicação durante todos aqueles meses, e volta agora?

Eden diz-lhe que já não o ama, que já desistiu dele há muito tempo, que nada resta e é tarde demais. Que não o quer ver. Será verdade?

 

Mas a sua madrasta, decidida a tentar resolver todos os problemas pendentes que afectam a sua família, desde que os dois largaram a bomba e a fizeram explodir, organiza um fim de semana em família, para finalmente conversarem e entenderem-se.

 

No entanto, as coisas não estão a correr bem para ninguém.

Eden ouve palavras duras do pai, e fica com a certeza de que ele a odeia, e nunca haverá uma relação de pai e filha entre eles.

Tyler não consegue convencer o padrasto de que as coisas mudaram, nem tão pouco ver o seu pedido de desculpas aceite.

Jamie não suporta nenhum dos dois - Eden e Tyler - e parece mesmo sentir nojo deles.

E Ella começa a desesperar, no meio de uma batalha entre os próprios filhos, a enteada e o seu marido. Ella tem a sua opinião, e apoia incondicionalmente o filho, mesmo que as suas atitudes não sejam aquelas que o marido gostaria.

 

Esta parte da história, tal como a primeira, acaba por explorar muito a vertente psicológica das várias personagens.

Porque reagem da forma que reagem, o que está por detrás dessas atitudes, o que nunca foi dito e que agora vem à tona.

 

Se tivesse que resumir este livro numa palavra, seria "perdão". 

É um livro sobre perdoar aqueles que nos magoaram, e perdoarmo-nos a nós próprios, pelos erros cometidos.

 

De encontrar um sentido para a nossa vida, de ter um objectivo traçado, de agir por nós, e não pelos outros.

De darmos, a nós e aos outros, uma nova oportunidade de fazer as coisas certas, de forma certa, com maturidade, com certezas, com confiança.

De deixar de recear a opinião dos outros, e preocuparmo-nos mais com o que realmente desejamos.

De tornarmos aquele lugar onde nos sentimos bem, o nosso lar.

 

 

Confesso que fiquei surpreendida por tudo o que fui descobrindo. Depois de tudo, algumas revelações provocam mesmo uma espécie de choque, e levam tempo a compreender e aceitar.

 

De toda a história, destaco a frase "Às vezes, as pessoas têm que ser egoístas. Às vezes, as pessoas têm de se pôr em primeiro lugar."

Mesmo que os outros não compreendam.

 

Se isto significa que Eden e Tyler ficam juntos, ou se seguem, definitivamente, cada um o seu caminho, só o saberão quando lerem a história! 

 

 

 

 

Saudades

 

Na hora da despedida, é bom vermos também a parte boa! Para que uma lágrima se transforme em sorriso, e o aperto no coração dê lugar a pensamentos reconfortantes...Para que a tristeza e o desespero da partida temporária, possam ceder a passagem à força e à alegria do próximo reencontro!

É nestes momentos que confirmamos a importância que a pessoa amada tem para nós! Não porque não lhe damos o devido valor quando está por perto, mas porque a valorizamos ainda mais quando está longe! 

Porque...

...a parte boa de ires embora, é saber que voltas!

...a parte boa de estarmos alguns dias sem nos vermos, é ficarmos com saudades e podermos matá-las quando estamos juntos!

...a parte boa de estar sozinha é poder, nessa altura, parar, estar em sossego, e perceber como é bom ter-te na minha vida, como é bom estar contigo, e como te amo!

Encontros de Ocasião

         

 

Caminhamos pela rua, absorvidos pelos mais variados pensamentos, ou simplesmente a desfrutar da paisagem quando, sem esperarmos, damos de caras com aquela "velha" amiga, ou aquele familiar que há séculos não víamos! 

Por diversas vezes assisti a encontros ocasionais deste género e fiquei sempre com a mesma sensação em relação aos mesmos - que não passam disso mesmo, de encontros de ocasião!

Salvo algumas excepções, que as há, como em tudo na vida, em que os intervenientes se sentem satisfeitos com o reencontro e tentam, efectivamente, retomar a amizade e os laços perdidos, não permitindo que as circunstâncias de outrora os impeçam de manter, daí em diante, o contacto regular, o que acontece é, normalmente,  um pouco diferente.

Depois do primeiro impacto, e já refeitos da surpresa, fazemos uma grande "festa" como se, de um momento para o outro, aquela pessoa que há muito estava esquecida fosse, naquele momento, o nosso melhor amigo!

Falamos da nossa vida actual, das nossas aventuras, recordamos velhos tempos e, entre beijos e abraços, trocamos contactos, prometendo não mais deixar de dar notícias!

O que acontece é que, embora muitas vezes a intenção seja sincera e verdadeira, depois da despedida, cada um segue a sua vida, e o tempo encarrega-se de nos devolver ao baú do esquecimento, até que um próximo reencontro volte a avivar a memória.

E a história torna a repetir-se!