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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O bacalhau que, afinal, é frango!

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Comprei uma daquelas refeições que o Intermarché vende à dose, já embalada, cuja etiqueta referia "bacalhau espiritual".

Hoje, aqueci-a, para mim e para a minha filha.

Provei, e estava a achar ali qualquer coisa estranha.

Aquele "bacalhau" não sabia a bacalhau.

Nem tinha aspecto de bacalhau.

Parecia mais frango desfiado.

Era frango desfiado!

Das duas, uma: ou a cozinheira usou frango em vez de bacalhau por ser mais barato, e inventou uma nova receita de "frango espiritual", ou alguém colocou a etiqueta errada, e enganou meio mundo que comprou as ditas refeições.

 

 

Sabem aquele momento...

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... em que começamos a comer,

e temos que interromper para atender o telefone?

... em que pensamos em dar uma dentada, mas fica a meio, porque chegou alguém?

... em que achamos que é, finalmente, desta que vamos poder comer, mas interrompemos de novo, porque alguém nos chama, ou porque é preciso fazer isto ou aquilo?

 

 

E, às tantas, com tantas interrupções, acabamos por nos esquecer que estávamos a comer, e só mais tarde, quando olhamos para o sítio onde deixámos a comida, já sem graça, nos lembramos que era suposto termos comido há muito tempo.

 

 

Lembrei-me disto quando fui à hora de almoço à papelaria, e estava a proprietária da mesma a almoçar, no balcão, ao mesmo tempo que atendia os clientes que iam chegando, eu incluída!

E porque, normalmente, nos trabalhos em que não existe hora ou local específico para fazer as refeições ou lanches, e os funcionários têm de o fazer no local, e ao mesmo tempo que desempenham as funções, isto acontece frequentemente.

Até mesmo, muitas vezes, comigo! 

 

 

 

Cozinhar em casa ou comprar refeições fora?

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Quem não gosta de, em ocasiões especiais, ou em dias em que o tempo escasseia, ou o cansaço é grande demais para cozinhar, ir comer fora?

 

 

Depois, há quem faça as suas refeições fora por sistema, porque a sua vida assim o obriga, ou porque não tem jeito nenhum para cozinhar ou, simplesmente, tem mais com que ocupar o seu tempo que a cozinhar, e tem o capital necessário para sustentar esse hábito.

 

Há quem prefira cozinhar as suas próprias refeições, porque são mais saudáveis e mais saborosas, ou porque não há dinheiro para fazer grandes extravagâncias diárias.

 

Algumas pessoas preferem cozinhar para si próprias, ou para duas ou três pessoas, e evitá-lo quando se trata de grupos maiores, pelo trabalho que isso acarreta.

 

Outras, sentem maior prazer em cozinhar para um grupo de convidados, e preferem optar por algo mais prático quando é só para eles, ou para o casal.

 

 

Eu confesso: cozinho por obrigação. Não é coisa que goste. Cozinho pratos básicos, para o dia a dia, até porque não me posso dar ao luxo de comprar as refeições fora, ou ir comê-las a restaurantes todos os dias. Mas também admito que, à excepção de dois ou três pratos, que prefiro comer fora, a minha preferência vai, sem dúvida, para a comidinha feita em casa.

 

Por isso, mesmo que pudesse manter esse estilo de vida de ir tomar o pequeno almoço, almoçar ou jantar fora frequentemente, não o escolheria para mim.

Mas, para quem gosta e pode, acho bem, e não condeno.

 

 

 

 

Presente envenenado

 

 

Ultimamente, a Índia tem sido notícia em todo o mundo, e sempre por péssimos motivos.

Desta feita estão em causa as refeições escolares envenenadas, distribuidas no âmbito de um programa que tinha por objectivo combater a fome e a má nutrição infantil.

No espaço de uma semana, ocorreram dois casos de intoxicações alimentares das quais resultou a morte de várias crianças, e a hospitalização de todas as outras.

Na primeira situação ocorrida, as crianças, com idades entre os 4 e os 12 anos, terão dito que a comida tinha um gosto e um cheiro estranhos, mas a diretora tê-las-á obrigado a comer, e não as terá socorrido quando se começaram a sentir mal. Os alimentos estariam contaminados com pesticidas.

Ao que tudo indica, já teriam havido queixas anteriores relativamente à segurança alimentar, já que grande parte dos alimentos comprados para estas refeições não são inspeccionados antes de serem servidos.

O programa conseguiu assim parte do seu intuito: pelo menos 23 crianças não mais sofrerão de fome, porque faleceram. É pena que o tenha feito da pior forma. Já quanto ao segundo objectivo foi, obviamente, chumbado! Porque se a ideia era combater a má nutrição, fez precisamente o contrário. Ao não inspeccionar e controlar de forma adequada os alimentos que gratuitamente oferecem às crianças, estão a contribuir para a sua má nutrição.

Por tudo isto, este programa bem intencionado soa mais a um presente, literalmente, envenenado!