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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O amor é como uma série?!

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"O amor, muitas vezes, é como uma série que não renova a temporada."

 

Li esta frase, a propósito da separação da Ana Guiomar e do Diogo Valsassina, juntos há 18 anos.

E fez algum sentido.

 

Na verdade, muitas séries começam com uma temporada muito boa e, por isso, os seus autores decidem criar novas temporadas que, muitas vezes, acabam por ir perdendo a qualidade, à medida que se vão sucedendo, até que chegam ao fim, já sem a glória e o sucesso alcançado no início. 

E, ainda que as temporadas seguintes sejam tão boas como a primeira, chega-se a um ponto em que já não há mais novidades a introduzir, para cativar o público, e acabam por se tornar mais do mesmo, com os riscos a isso inerentes.

Depois, há aquelas mais longas, de uma só temporada, que cumpriu o seu propósito mas, simplesmente, não renova, porque os seus autores querem apostar em caminhos diferentes.

E há as que, logo na primeira temporada, estão condenadas ao fracasso e, como tal, sem hipótese de renovação.

 

Também as relações funcionam um pouco assim.

Quantas vezes não "renovamos" a temporada da nossa relação, na esperança de que os episódios seguintes sejam melhores, e superem os anteriores, na esperança de que o mesmo sucesso de antes continue, na esperança de que, na nova temporada, algo de diferente possa vingar?

E, quantas vezes, não pensamos que, se calhar, a relação está condenada, não importa quantas vezes renovemos as suas temporadas, e que só nos estamos a enganar?

Que, cada temporada renovada, é tempo perdido?

 

Se calhar, o que nos falta, é a ousadia de pôr fim à série. A coragem de não a renovar, de todo... 

 

Séries que terminam sem final

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Se há coisa que me irrita é andar a seguir uma determinada série, por vezes, por mais do que uma temporada, e chegar ao fim como se a série tivesse apenas feito uma pausa temporaria e, por isso, sem final, para depois nunca mais voltar.

Sabemos que o que dita a continuação ou cancelamento de uma série são as audiências e, quando elas baixam, não há quem a salve, mas cabe a quem produz as séries fazer as coisas de forma a que, caso não haja renovação, faça sentido a história acabar ali mas, ao mesmo tempo, deixando algo que faça sentido e que nos deixe curiosos, para o caso de virem novas temporadas.

 

É que até podemos ter uma imaginação muito fértil, e criar nós mesmos o final de acordo com o que gostavamos que acontecesse, mas fica sempre aquela sensação de que gostaríamos de ver como os autores nos surpreenderiam, e de que forma terminariam eles a sua série.

Assim, parece que andámos a perder tempo em vão, e deixa-nos de pé atrás quanto a seguir novas séries. 

Documento Comprovativo do Programa Nacional de Vacinação

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Todos os anos há novidades no que respeita à renovação da matrícula e, este ano, calhou, por conta do surto de sarampo, ter que requerer no Centro de Saúde um documento comprovativo do programa Nacional de Vacinação actualizado, até à data, o qual não pode ser substituído pelo Boletim de Vacinas.

 

Será que a informação que vem num e noutro não é a mesma? Ou, simplesmente, não sabem ler um boletim, e assim fica mais fácil com uma declaração do centro de saúde? 

 

E, no fim, para que serve tudo isso se, de qualquer forma, as vacinas não são obrigatórias?

De que lhes vai servir essa informação?

Será que esperam, com a exigência deste documento, coagir, de alguma forma, os pais a vacinarem os filhos, com receio da não renovação da matrícula dos seus filhos, ou que venham a ser discriminados pela falta de vacinas?

Ou será que as escolas vão mesmo usar essa informação para diferenciar os alunos vacinados e não vacinados? Ou, eventualmente, responsabilizar estes últimos, ou os pais, pelo que possa acontecer na escola, relacionado com vacinas, ou falta delas?

 

É que se não se vão servir dessa informação para nada, e tendo em conta a não obrigatoriedade das vacinas, não percebo a necessidade de fazer os pais perder tempo com estas burocracias.

A mim já me valeu duas idas ao centro de saúde, uma falta ao trabalho para acompanhar a minha filha à primeira dose da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), que me disseram que estava em atraso (embora esteja anotado no boletim que poderia levar entre os 10 e os 13 inclusive), e sabe-se lá o que ainda virá. 

 

Foi nisto que resultou o surto de sarampo dos últimos meses. 

Incêndio

 

Por vezes, somos como um terreno seco que, sujeito a determinadas condições, se torna o “combustível” perfeito para provocar a faísca.

Para que um incêndio espontâneo deflagre são necessários três componentes: calor, combustível e oxigénio.

Da mesma forma, por diversas circunstâncias que nem sempre damos conta, vamo-nos transformando na vegetação seca, no rastilho, na bomba que só precisa de ser accionada para explodir.

Depois, basta uma pequena fonte, um simples “fósforo”, um gesto aparentemente insignificante, para desencadear um fogo capaz de assumir proporções inesperadas.

Assim me senti eu, ontem…

E, embora à partida, um incêndio não seja algo bom, podendo mesmo destruir tudo, também pode ser encarado como uma renovação. O queimar das folhas secas, para que novas folhas verdes nasçam…O encerrar de uma fase menos boa, para ganhar novo ânimo…

Há uma semana que me andava a sentir como uma pilha recarregável viciada – de noite carregava enquanto dormia, levantava-me com a carga completa, mas ao longo do dia ia perdendo, e chegava à noite vazia.

Há uma semana que algumas das minhas “folhas” estavam a ficar secas, que a bomba estava a ser construída, que o rastilho estava a ser meticulosamente colocado…

E ontem, deu-se a combustão, a explosão, o incêndio! Um incêndio que durante pouco mais de uma hora me consumiu com toda a sua força, que só à noite ficou controlado, e talvez hoje se possa considerar extinto.

A pilha foi substituída, não há mais folhas para arder e, por isso mesmo, prevêem-se dias mais serenos e positivos!