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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Nós E Mais Ninguém", de Laure Van Rensburg

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Esta é uma história de amor.

Que se transforma em vingança.

Uma obsessão que tem que ser travada, antes que mais alguém se magoe.

 

 

Steve, um professor universitário, e Ellie, uma estudante, têm uma relação há seis meses.

Agora, vão passar as suas primeiras férias juntos.

Serão 3 dias, numa cabana na floresta, isolados do resto do mundo, para viver a sua paixão. 

 

Steve é um homem que tem tanto de possessivo, como de protector.

Tanto de dominador, como de romântico.

Sempre muito seguro de si. 

Ellie, perto dele, parece frágil. Desastrada. Ingénua. 

 

As primeiras horas naquela cabana, e naquela floresta, parecem deixar Ellie um tanto assustada. 

São os ruídos, os barulhos estranhos. A sensação de estar a ser observada. De haver ali mais alguém entre eles.

Steven assegura-se de que Ellie não tem nada a temer. Que é apenas a imaginação dela a pregar-lhe partidas.

Se calhar, Steven tem razão.

 

O que é certo é que, quando a polícia chega àquela casa, o cenário conta uma história diferente.

Algo, de muito grave, se passou ali.

Há sangue por todo o lado.

Há uma pessoa viva. A caminho do hospital.

 

Mas eram duas pessoas.

Onde está a outra?

Nesta história, como a sinopse indica, nem Steven é o que parece, nem Ellie é quem diz ser.

E é então, enquanto descobrimos quem é quem, que tudo começa a fazer sentido.

Que percebemos as motivações. Os fantasmas do passado. A verdade ocultada ao longo dos anos.

 

Numa luta pela sobrevivência, de ambas as partes, este é um livro que nos deixa sempre sem saber quem levará a melhor, quando tudo parece dar errado, e ao contrário do planeado.

 

Uma coisa é certa: nenhum dos dois está disposto a morrer.

Mas, dados os últimos acontecimentos,  ambos estão dispostos a matar.

 

Quem vencerá o duelo?

Quem sairá desta história com o objectivo concluído?

E quem perderá a batalha?

 

É legítimo ocultar um erro médico?

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Para salvar a reputação de um membro da equipa médica, quando esse erro, ainda que, de certa forma, desculpável, dadas as condições em que a vítima se encontrava e a grande probabilidade de aquele pormenor escapar aos olhos da maioria, resultou na morte da vítima?

 

Como se sente um médico que tentou tudo para salvar um paciente e fez uma manobra perfeita e complicada de emergência que lhe salvou a vida temporariamente, para depois saber que essa mesma pessoa faleceu porque, embora aquele procedimento tenham sido essencial, houve outro que falhou, por sua culpa? 

 

Como se sentem os familiares da vítima mortal, ao tomar conhecimento de que a mesma faleceu, sem sequer imaginar que, talvez, pudesse ter resistido se não fosse um erro médico? Não terão eles o direito de saber? Ainda que isso não devolva a vida de quem partiu?

 

E quem pode julgar se o médico que cometeu o erro tem desculpa ou não? Terão os responsáveis pelo hospital o direito de esconder/ omitir os erros, para savar a pele e a reputação? Ou o dever de denunciar e apurar responsabilidades, quando existam, para manter a credibilidade e confiança?